Mesopotâmia: A terra entre rios
O significado de Mesopotâmia nada mais é do que sua designação geográfica: uma terra “entre rios” (Tigre e Eufrates).
Localiza-se onde hoje é o Iraque, na região que ficou conhecida como crescente fértil, e foi o berço de diversas civilizações que se instalaram nas margens desses rios ao longo da antiguidade. Esses povos se desenvolveram, por conta dos rios e pela extensa área fértil, em torno da agricultura e do comércio.
Há cerca de 4 mil anos a. C., a região mesopotâmica abrigava uma série de núcleos urbanos, de povos vindos da Ásia Central e de regiões montanhosas da Eurásia.
O surgimento dessas cidades foi gradativamente alterando a paisagem com construções e a vida em sociedade foi se modificando, já que as pessoas passaram a se dedicar a serviços especializados, como artesãos, comerciantes, sacerdotes e guerreiros.
Características da civilização
Diferentemente do Egito e de outras civilizações da antiguidade, a Mesopotâmia não era um Estado unificado e, por conta, de seu território fértil, havia uma série povos que disputavam a região, como: os sumérios, acádios, assírios e babilônios.
Os sumérios teriam sido a primeira civilização mesopotâmica, e os responsáveis pelo surgimento das primeiras cidades e da escrita (cuneiforme), além dos sistemas de drenagem dos pântanos, canais de irrigação, diques e barragens. Esse grupo não era originário da região, provavelmente migraram da Ásia Central e se fixaram na parte sul da Mesopotâmia.
Mais ao norte, outro grupo se fixou: os acádios. Eles tinham origem semita, e se organizavam, geralmente, em núcleos familiares formados de camponeses, artesãos e pastores.
Disputas militares
Esses dois povos viviam em disputas militares pelo domínio da região fértil, tornando a situação política instável. Por volta do ano 2350 a. C., ouve a unificação dos dois povos sob o domínio dos Acádios, dando origem ao primeiro império.
Esse período é marcado por riquíssimas contribuições: uma ampla rede comercial, código jurídicos, escolas, conhecimentos matemáticos, princípio médicos e a construção de grandes templos religiosos (Zigurates).
O território mesopotâmico passou a ser dividido em uma série de cidades-estado. Por volta de 1595 a. C., ocorreu a ascensão da cidade da Babilônia, sob o domínio de Hamurábi, que unificou o território mesopotâmico.
A unificação deu origem ao Primeiro Império da Babilônia. Os babilônicos destacaram-se pelo desenvolvimento de um sistema de código jurídico conhecido como Código de Hamurábi.
Os babilônicos foram dominados pelos assírios em 729 a. C.. Houve grande resistência por partes de outros povos como caldeus, medos, elamitas e babilônios que se uniram para derrubar os assírios em 612 a. C.
Os medos e babilônios repartiram o domínio do território e dessa forma surgiu o Segundo Império da Babilônia. O principal rei desse período foi Nabucodonosor, que murou a cidade da Babilônia para protegê-la bem como seus jardins suspensos.
De forma geral, as cidades-estado da Mesopotâmia possuíam um rei que era chefe militar e sacerdote religioso. Abaixo dele estavam os escribas, sacerdotes e militares, e a base da pirâmide social era composta por agricultores, pastores e escravos.
A partir de 539 a. C. a região da Babilônia foi invadida e dominada pelos persas e iniciou-se o período de dominação helenística (grega), dando fim, ao que chamamos de Mesopotâmia.
Povos mediterrâneos: Os Hebreus
Três importantes povos se estabeleceram na região oriental do Mar Mediterrâneo: hebreus, fenícios e persas. Dentre eles, é importante destacar os hebreus, já que eles deixaram uma importante contribuição para o mundo ocidental: o monoteísmo.
Os hebreus, vindos da região da mesopotâmia, se estabeleceram na Palestina, onde hoje se localiza parte do estado de Israel. A principal fonte de conhecimento sobre esse povo que chegou até nós é o Antigo Testamento, da Bíblia.
Ao contrário das civilizações anteriores, essa civilização não dispunha de grandes recursos hídricos ou terras férteis. Por isso, suas principais fontes econômicas eram o comércio, artesanato e pastoreio. A sociedade era estruturada em torno de núcleos familiares de tipo patriarcal.
Os hebreus foram escravos no Egito (libertados por Moisés em 1250 a. C.) e. Após esse período, conhecido como Êxodo, Deus, no Monte Sinai, teria dado a Moisés as Tábuas da Lei, código moral também conhecido como Dez Mandamentos.
O apogeu desse povo aconteceu sob a liderança de Salomão, que estimulou as atividades econômicas e completou a construção do templo de Jerusalém.
Após sua morte o reino se dividiu em dois: Israel e Judá, enfraquecendo-se. Foram subjugados pelos assírios e levados cativos por Nabucodonosor. Depois de dominados pelos persas, foram também cativos dos macedônicos e romanos, que destruíram seu templo e reprimiram seu movimento religioso.
Os hebreus, que depois ficaram conhecidos como judeus, dispersaram-se pelo mundo, mas mantiveram sua história, cultura e costumes religiosos. Apenas em 1948 foi criado o estado de Israel, com intuito de abrigá-los após perseguições e crimes cometidos contra eles, sendo o principal deles o Holocausto.
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