Se você é vestibulando e vai fazer o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), um dos vestibulares mais concorridos do país, já deve ter se perguntado como é feita a correção dessa prova ou mesmo ouvido falar sobre a correção TRI.
Muitas pessoas ficam com medo só de ouvir falar em TRI. Porém, se você conhecer como funciona a correção TRI, você vai perceber que ela é um sistema de correção diferente e que não altera o nível de dificuldade da prova. Você vai perceber que pode usa-la a seu favor na hora da prova.
Se não ouviu, não se preocupe, há muitas dúvidas sobre esse tipo de correção, então nesse post vamos explicar para você como funciona a correção TRI e como ela é aplicada no ENEM.
O que é a correção de TRI?
A TRI (Teoria de Resposta ao Item) é o método de correção usado para calcular a pontuação do candidato em cada questão do ENEM.
Esse método é diferente do método clássico usado nas correções de outros vestibulares, que normalmente atribuem um único valor para cada questão da prova e ao final dela soma-se a quantidade de acertos, multiplicando pelo valor dado às respostas corretas.
Então, como funciona a correção TRI? A TRI define a pontuação de cada questão a partir do seu nível de dificuldade, dessa forma as questões mais fáceis têm uma pontuação menor em relação às medianas e difíceis, fazendo com que a pontuação final não seja proporcional ao número de acertos, mas sim variando de acordo com o nível de dificuldade das questões acertadas.
O método TRI utiliza três parâmetros para avaliar o candidato:
- Parâmetro de Discriminação: No qual é avaliado se o candidato domina o assunto abordado na questão.
- Parâmetro de Dificuldade: As questões são divididas em fáceis, médias e difíceis, avaliando o nível de conhecimento do candidato.
- Parâmetro de Acerto Casual: Nesse parâmetro é possível avaliar um possível “chute”, dessa forma a pontuação dada para o acerto ao acaso é menor em comparação aos acertos por conhecimento.
Como é calculada a pontuação de cada questão?
“Tenho um amigo que acertou menos questões do que eu, porém teve uma pontuação final maior do que a minha, por quê? ”.
Bom, essa é a dúvida mais frequente entre os vestibulandos! Isso acontece porque a atribuição de nota para cada questão depende do nível de dificuldade exigido.
O INEP determina o nível de dificuldade das questões a partir do índice de acertos entre os candidatos, ou seja, as questões com maiores índices de acertos terão uma pontuação menor, sendo consideradas como questões mais fáceis e por consequência, as questões menos acertadas terão uma pontuação maior por serem consideradas como difíceis.
O ENEM utiliza esse método de correção, justamente para não haver empates. Como se trata de uma prova feita a nível nacional, ele escolheu esse método de correção para não haver empates, isso porque, com empates, seria necessário criar um método de desempate, o que não daria tempo no calendário anual do ENEM.
Outro motivo do ENEM utilizar o a correção TRI, é para que o candidato evite o famoso chute. O ENEM quer avaliar o real conhecimento de cada candidato. Por isso, com o método TRI, fica fácil detectar os chutes. Veja como isso é possível a seguir:
E os chutes? É possível detectar?
A correção TRI avalia o candidato, principalmente, pelo nível de dificuldade encontrado em cada questão. Dessa forma, o candidato que acertar as questões mais difíceis, logicamente deverá acertar também as mais fáceis.
Se durante a correção for detectado que você teve domínio das questões com um nível de dificuldade maior, porém errou as questões mais fáceis, o sistema de correção entende como chute os acertos nas questões com um grau de dificuldade maior e a pontuação é diminuída.
Isso acontece porque existe uma avaliação das habilidades exigidas do candidato em cada questão.
Se eu acertar mais questões difíceis e erras as questões fáceis, eu ganho mais pontos?
Na verdade, não! As questões difíceis têm uma pontuação maior em relação às fáceis e medianas, porém, o sistema entende que se você acerta uma questão difícil, deveria também acertar uma questão fácil em relação ao nível de conhecimento e habilidade exigida do candidato.
Então, se você acertar mais questões difíceis e errar as fáceis, sua pontuação é diminuída. Por isso, fique muito atento as questões fáceis.
A correção TRI é confiável?
Devemos levar em consideração que esse método de correção é utilizado em diversos exames, inclusive no TOEFL, exame de proficiência em inglês exigido pelas instituições de língua inglesa para alunos estrangeiros.
Sabendo como funciona a correção TRI, podemos notar que ela é muito confiável sim.
Aliás, esse método de correção não torna o ENEM mais difícil, a TRI é simplesmente uma metodologia de correção de prova diferente da metodologia clássica, mas não interfere no desempenho do candidato, que pode se sair bem em qualquer prova, independente da correção, desde que tenha se preparado e estudado bastante!
A correção TRI é aplicada na redação?
O método de correção da redação ENEM segue o modelo tradicional de correção, com notas de 0 a 1000.
Dicas para se sair bem no ENEM:
Agora que você já sabe como funciona a correção TRI, chegou a hora de saber como se dar bem na prova, utilizando esse sistema de avaliação a seu favor.
Nunca deixe uma questão em branco: é melhor acertar uma questão no chute do que deixá-la em branco e acabar perdendo pontos por isso!
- Estude bastante e esteja preparado para qualquer tipo de questão: acertar as questões mais fáceis e errar as difíceis mostram uma coerência em relação as habilidades do candidato no vestibular e isso é bom, mas não significa necessariamente que a sua pontuação será maior do que alguém que demonstre algum tipo de incoerência com as habilidades aplicadas na prova.
Portanto, a melhor maneira de se sair bem no ENEM ou em qualquer outro vestibular, é estudando bastante e estando preparado para qualquer tipo de questão.
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