No resumo anterior analisamos as características gerais do Renascimento. Neste focaremos em sua difusão pela Europa e pelas diversas áreas de conhecimento. Uma de suas principais características é o movimento do homem como o centro do universo. Vamos estudar Renascimento e Humanismo?
Humanismo
O movimento intelectual, filosófico e artístico que vigorou durante o Renascimento e que se difundiu pela Europa recebeu o nome de Humanismo. Ele ofereceu novas formas de reflexão sobre as artes, a ciência e a política. Os estudiosos dedicados a ele chamavam-se humanistas.
Houve, nesse período, a defesa do uso do próprio idioma para se expressar, em oposição do uso do latim. Isso porque o latim era a língua oficial da cristandade, que vigorava até então. Essa forma de pensar fez com que se retomassem dois campos de estudos valorizados na Antiguidade: o vernacular (a língua do próprio lugar) e a prática da retórica.
Os humanistas colocaram em circulação novos campos de estudo e interpretações, redescobrindo autores antigos que ficaram no ostracismo durante o período medieval, como Platão ou Cícero.
Itália: o berço do Renascimento
O movimento renascentista floresceu primeiro na região do norte da Itália, local do predomínio das atividades comerciais. Por isso, garantiu-se um maior contato com as tradições greco-romanas. Além disso, com a tomada de Constantinopla, pelos turcos, muitos estudiosos migraram para essa região, levando com eles seu conhecimento das culturas clássicas.
Não havia ainda, nessa região, a Itália como estado centralizado. Nas principais cidades, Florença e Veneza, vigoravam o regime republicano.
Devido ao interesse dos governantes dessas regiões pelas artes ou por áreas específicas, surgiram as práticas de patrocínio, conhecidas como mecenato. Os mecenas podiam ser príncipes, negociantes abastados, o Estado, cooperações de ofício ou até mesmo a Igreja. Eles patrocinavam as artes e a cultura e atraiam artistas e estudiosos. Entre os mecenas mais famosos estavam a família Medici, de Florença.
As Artes no Renascimento
Pinturas e esculturas
Nas artes, houve mudanças significativas nas características das obras. Entre as maiores inovações estavam: os traços humanos, a representação da natureza, e a introdução da noção de perspectiva.
As pinturas e esculturas eram vistas, nesse período, como o “livro dos ignorantes”. Devido a alta taxa de analfabetismo da população, as imagens serviam como narrativas. Na Igreja, mostravam passagens bíblicas e estimulavam a devoção. Na política, as cenas de batalhas serviam para fortalecer o poder de um monarca ou de uma república.
Os principais nomes do renascimento italiano foram:
- Sandro Botticelli: um dos artistas favoritos da família Medici, pintava elemento pagãos inspirado por relatos literários da antiguidade;
- Leonardo da Vinci: o maior nome de todo o Renascimento, dedicou-se a diversas áreas do conhecimento, como ciência, urbanismo, artes, invenções. Suas obras mais significativas foram a “Última Ceia” (1495–1498) e “La Gioconda” (1503), a famosa Mona Lisa;
- Michelângelo, que pintou o teto da Capela Sistina com “A Criação de Adão” (meados de 1503) e esculpiu em mármore “Davi” (1504), sua escultura mais famosa.
Literatura
O principal nome da literatura italiana foi Nicolau Maquiavel, que em obras como “O Príncipe”, redefiniu o pensamento político moderno.
Países Baixos
O desenvolvimento econômico da região dos países baixos se assemelhava muito a do norte da Itália. Baseava-se no comércio e na urbanização, o que influenciou a produção artística da região.
Entre os representantes mais famosos estavam:
- Peter Bruegel, que pintava temas cotidianos;
- Hieronymus Bosch, que retratava as paixões humanas em obras como “Jardim das Delícias”;
- Erasmo de Roterdã, literato que criticava a corrupção da Igreja Católica, cujo texto mais famoso foi “Elogio da Loucura”.
Renascimento e Humanismo em outras regiões
Na Espanha, o principal pintor foi El Greco e o principal escritor foi Miguel de Cervantes, com a famosa obra “Dom Quixote”.
Na Inglaterra, destacaram-se os escritores Thomas More (com a “Utopia”, livro fundamental para o pensamento político moderno) e William Shakespeare, que entre tantas obras e peças, estavam “Hamlet” e “Romeu e Julieta”.
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