Início da Colonização na América Portuguesa

Como vimos no resumo sobre Navegações e Descobrimentos, o mundo ficou “dividido”, por meio do Tratado de Tordesilhas, entre Portugal e Espanha, as maiores potências marítimas do período moderno. A partir desse resumo, começaremos um percurso pelas principais áreas colonizadas por esses dois países. Hoje, partiremos do início da colonização na América Portuguesa, território que conhecemos hoje como Brasil.

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Colonização na América Portuguesa: a chegada

Dia 9 de março de 1500 partiu de Lisboa uma expedição, com cerca de 1500 homens, navegadores experientes, cosmógrafos, frades franciscanos e funcionários reais com destino às Índias. O comando da empreitada estava nas mãos do fidalgo português Pedro Álvares Cabral.

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Em 22 de abril, os portugueses pisaram pela primeira vez em terras brasileiras, na região do atual estado da Bahia. Ao desembarcarem, os portugueses encontraram-se com os nativos. O primeiro contato foi amistoso. Foi rezada ali uma missa e depois o comandante mandou uma mensagem ao rei de Portugal relatando o ocorrido.

“Primeira Missa no Brasil”, quadro pintado por Victor Meirelles em 1860.
“Primeira Missa no Brasil”, quadro pintado por Victor Meirelles em 1860.

Os habitantes da Terra de Vera Cruz

O rei D. Manuel recebeu uma carta de Pero Vaz de Caminha com notícias da Ilha de Vera Cruz (como eram chamados os territórios portugueses na América). A “Carta de Caminha” é um dos documentos mais conhecidos da história brasileira, já que é considerado o primeiro registro oficial sobre o Brasil.

Carta de Pero Vaz de Caminha
Carta de Pero Vaz de Caminha


Nas 27 páginas manuscritas, Pero Vaz descreve os que os portugueses encontraram aqui: a natureza exuberante, a abundância de águas, pessoas amistosas, mas que “não tinham nenhuma crença, não lavravam, nem criavam animais”.
Esse último trecho descreve o ponto de vista que um português tinha dos indígenas que aqui encontrou. Pela lógica cristã europeia, se eles não tinham crença era preciso cristianizá-los e se não praticavam agricultura, pecuária ou trocas comerciais nos moldes mercantilistas, podiam ter suas terras dominadas.
O termo “índio” empregado pelos portugueses era genérico e servia para se referir a todas as populações que habitam o território das Américas.
Só no Brasil havia mais de 1000 grupos indígenas, entre eles estavam guaranis, tupinambás, os potiguaras, os caetés, chavantes e aimorés. Populações diferentes entre si, tanto linguística quanto culturalmente. Alguns viam de caças, outros de pescas ou coletas dependendo das regiões que habitavam.

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O Pau-brasil

Logo que chegaram, os portugueses não encontrar ouro, prata ou qualquer outro metal precioso e nem mesmo especiarias. Assim a atividade econômica mais lucrativa nos primeiros anos de colonização foi a exploração e comercialização de madeira. A tinta extraída do pau-brasil servia como corante, que eram raros na época.
Os portugueses fundaram as feitorias, guarnições rústicas que abrigavam os homens que serviam de intermediários entre os comerciantes e os índios, que eram utilizados como mão-de-obra na extração do pau-brasil.
Os indígenas eram pagos com pequenos objetos, como espelhos, facas ou miçangas. Esse tipo de troca com os europeus recebia o nome de escambo.

As Capitanias Hereditárias

O primeiro projeto político e econômico da Coroa Portuguesa para colonização de suas terras na América foi o Sistema de Capitanias Hereditárias.

Mapa das Capitanias Hereditárias. Fonte: Rodrigo Trespach
Mapa das Capitanias Hereditárias. Fonte: Rodrigo Trespach


Os territórios pertencentes a Portugal, segundo o Tratado de Tordesilhas, foram divididos em 15 lotes destinados a 12 donatários (nome daqueles que recebiam as terras).
Os donatários eram, em geral, pequenos membros da nobreza ou funcionários da coroa. O rei doava as capitanias por meio da Carta de Doação, editada junto com o Foral. Dessa forma era permitido aos capitães doar lotes de terras (as sesmarias) para serem exploradas e cultivadas, desde que o beneficiado professasse a religião católica.
Cada donatário era responsável por sua jurisdição e cabia a ele recolher os impostos que seriam repassados à coroa.
O sistema de Capitanias Hereditárias, no entanto, fracassou. Com exceção de São Vicente, Porto Seguro, Ilhéus e Pernambuco que prosperaram, todas as demais sucumbiram.
Com isso, passou a existir, em conjunto com as capitanias que sobreviveram, o Governo-Geral, que de certa forma, dava início a centralização do poder na colônia.

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