Pré-História e Migração do Homo Sapiens

Essa linha do tempo era muito usual nas aulas de História até muito recentemente. Apesar de sua popularidade, é preciso pensar nos problemas que essa divisão trás as análises históricas atuais.
Partia-se do princípio que a história da humanidade só começou com a invenção da escrita. O fato de nomearmos o período anterior de Pré-História comprova isso. Essa noção vem, em geral, de uma corrente do século XIX, chamada Positivismo, que acreditava que a História só era feita a partir da análise de documentos escritos.
Também havia a ideia de que havia um progresso histórico, ou seja, que a história evoluía com o passar do tempo. Essa interpretação atribuía “falta de História” a uma série de povos que estavam à margem da cultura europeia (asiáticos/indígenas/africanos/americanos).

O conceito de “Pré-História” na América e em outros continentes

O conceito de “Pré-História”, quando aplicado ao continente americano, acrescentava outro problema a essa interpretação, uma vez que tem significados diferentes daquele trabalhado em território europeu, africano e asiático.
A definição na América tem como referência tradicional o período anterior à chegada dos europeus no final do século XV, mesmo que hoje já se saiba do uso da escrita na América antes da chegada dos europeus.
Na Europa, o conceito de Pré-História, desde o século XIX, se aplica ao período anterior à invenção da escrita, e se volta às pesquisas sobre comunidades que viveram no continente, e que, em diversos momentos, foram consideradas como seus antepassados.
Já na América, o interesse pela Pré-História surgiu no contexto do estudo do indígena, e refere-se ao período anterior à chegada de Colombo, em 1492.
Para além do problema em classificar determinados grupos como pré-históricos, a visão de Pré-História para América é ainda mais eurocêntrica, uma vez que considera que só há história depois da chegada dos europeus.

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O valor da documentação

A História atualmente considera qualquer vestígio deixado ou produzido pelo homem como um documento que pode nos dar acesso, mesmo que parcial, a um passado.
Sendo assim, várias evidências, como discursos (escritos ou orais), monumentos, pinturas, obras de arte, obras literárias, objetos cotidianos e até mesmo corpos preservados são considerados documentos e são usados pela pesquisa histórica.
A tradicional visão eurocêntrica escolheu temas, datas e fatos que precisam ser discutidos e questionados, uma vez que refletiam interesses e poderes expresso em discursos, datas e encaminhamentos.
As novas fontes “trouxeram vozes” do passado, que os  historiadores atuais procuram analisar para ter acesso ao passado. Essa prática vem definindo novos enfoques que buscam sempre considerar a existência do outro.

Povoamento

A teoria científica para o surgimento do universo mais aceita atualmente é a do Big Bang. Nela, o universo teria surgido em decorrência de uma explosão a cerca de 13,8 milhões de anos e originou galáxias, sistemas solares e a Terra, que tem cerca de 4,5 bilhões de anos.
Os continentes, no planeta Terra, eram a princípio uma única porção de terra: a Pangea, que posteriormente se separou. Os primeiros seres vivos teriam surgido há 3,5 milhões de anos. O Homo Sapiens teria surgido há 150 mil anos no continente africano. Em seguida se espalhou pelos demais por meio de grandes movimentos migratórios há 70 mil anos.
Esse período inicial da evolução humana ficou conhecido como Paleolítico (ou Idade da Pedra Lascada). Isso porque os principais instrumentos usados pelos homens eram lascas de pedra, ossos e madeiras. Sabemos disso principalmente por meio de pinturas rupestres, encontradas principalmente em cavernas.
Eles eram nômades e viviam, em geral, da caça e pesca. Com o fim da última era glacial, há 18 mil anos surgiram novas formas de sobrevivência.
Há 10 mil anos houve a domesticação dos animais e o cultivo de plantas, período que ficou conhecido como Neolítico (ou Idade da Pedra Polida). Caracterizado por uma vida mais sedentária, o Neolítico se estendeu até 4 mil anos a. C., quando surgiu a escrita e o desenvolvimento do uso de metais.

Migração do Homo Sapiens

O fóssil mais antigo de um hominídeo foi encontrado nas florestas tropicais do Chade há 6 ou 7 milhões de anos.
Já fosseis do homem moderno, o Homo Sapiens Sapiens, têm sido encontrados na África há cerca de 160 mil anos, ao passo que os demais datam de 100 mil.
Admitindo-se a origem africana dos homens, acredita-se que há 100 mil anos eles empreenderam uma nova migração para todas as partes do planeta, suplantando ou incorporando novas linhagens.
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