Pode ter certeza, se uma universidade ou faculdade oferece o curso de medicina, ele vai ser o mais concorrido. E isso não é coisa recente, vem já de um bom tempo. Afinal, o mercado é favorável e dá a possibilidade dos alunos conseguirem salvar vidas. Então é lógico: o vestibular de medicina vai ser sempre o com o maior número de candidatos.
Mas quais as instituições de ensino superior no Brasil tem a maior relação candidato vaga? Para responder essa dúvida, decidimos analisar os dados das 6 principais instituições de ensino na área segundo Guia Folha 2017. Assim a gente tem uma noção de qual universidade é mais difícil de entrar.
Vestibulares de Medicina por Universidade:
UNICAMP
O curso de Medicina é o mais concorrido de todo o processo seletivo da Unicamp já há um bom tempo. No vestibular de 2016 a relação candidato vaga já tinha sido grande. Para passar no curso você tinha de ir melhor que outros 220 candidatos. Já para o processo seletivo de 2017, esse número aumentou um pouquinho, subindo para 221.
O crescimento para o vestibular de 2018 foi bem maior em relação aos últimos dois anos Para cada uma das 110 vagas disponíveis existem 278,9 candidatos concorrendo. Para se ter uma noção, o segundo curso mais concorrido é o de Arquitetura e Urbanismo com 97,6 candidatos por vaga. Ou seja, medicina tem uma relação candidato/vaga quase 3 vezes maior!
USP
A USP oferece o curso de medicina em três campi: Bauru, Ribeirão Preto e São Paulo. O primeiro terá a sua primeira turma no ano que vem, então ainda não estão disponíveis dados que permitam avaliar a relação candidato/vaga. Mas se for seguir a tendência dos outros dois campi, tenha uma certeza: a concorrência será alta.
Em São Paulo, o número foi de 51,18 em 2012, 56,43 em 2013, 58,57 em 2014, 55,02 em 2015, 58,75 em 2016 e 63,04 em 2017. Até o vestibular de 2013 era o curso mais concorrido do vestibular.
Esse posto passou a ser de medicina em Ribeirão Preto. O curso tinha relação candidato/vaga em 2012 de 40,61; em 2013 de 45,45; em 2014 de 62,91; em 2015 de 50,51; em 2016 de 71,93 e em 2017 de 75,58.
UFMG
A UFMG utiliza o ENEM como forma de aprovação para o seu vestibular. Pela nota de corte ser a mais alta do processo seletivo, dá para ter uma noção de que medicina era o curso mais difícil de entrar.
Em 2017, na ampla concorrência – ou seja, sem vagas reservadas – a pontuação mínima exigida era de 802,74. Ao todo eram oferecidas 160 vagas nesta modalidade com 6.358 inscritos. Isso dá aproximadamente 40 candidatos por vaga.
As vagas reservadas pela Lei de Cotas eram as mesmas 160. Só que o número de inscritos era um pouco maior com 6.726. A concorrência sobe então para 42 candidatos por vaga.
UNIFESP
O curso de medicina da UNIFESP se localiza no campus de São Paulo – o maior da universidade. Mais uma vez, seguindo a tendência das outras universidades mencionadas, é o mais concorrido de lá. No vestibular de 2016 eram 125,74 concorrentes para cada vaga disponível (121 ao todo).
O número é ligeiramente maior do que foi no ano anterior. Em 2015, para passar no processo seletivo você precisava vencer a concorrência de 125 candidatos.
UNESP
A UNESP é a mais paulista de todas as universidades do Estado de São Paulo. Isso porque ela têm campi espalhados por 23 cidades em todo o território. O curso de medicina, que fica no campus de Botucatu, é o mais concorrido – mais uma vez – da instituição.
E mesmo já sendo alta, a concorrência do curso vem subindo ao longo dos anos. Em 2016, para cada vaga (90 ao todo) existiam 243,8 candidatos. Esse número aumentou em mais de 20 em 2017, chegando a 266,2.
UFRGS
O curso de medicina da UFRGS (único fora do Sudeste dessa lista) oferece 98 vagas. Destas, 49 são para ampla concorrência, 12 para ensino público, 12 para ensino público autodeclarado preto/pardo/índio, 12 para ensino público com renda inferior a 1,5 salário mínimo per capita e 12 para ensino público com renda inferior a 1,5 salário mínimo per capta autodeclarado preto/pardo/índio.
A concorrência no vestibular de 2017 foi de 74,26 candidatos por vaga. Esse número foi ligeiramente menor que o de 2016, onde para cada vaga tinham 79,82 concorrentes.
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