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VestibularEdição do vestibular
Disciplina

(ENEM PPL - 2013) Histria da mquina que faz o mund

(ENEM PPL - 2013)

 

 

História da máquina que faz o mundo rodar

  Cego, aleijado e moleque,
  Padre, doutor e soldado,
  Inspetor, juiz de direito,
  Comandante e delegado,
  Tudo, tudo joga o dinheiro
  Esperando bom resultado.
   
  Matuto, senhor de engenho,
  Praciano e mandioqueiro,
  Do agreste ao sertão
  Todos jogam seu dinheiro
  Se um diz que é mentiroso
  Outro diz que é verdadeiro.
   
  Na opinião do povo
  Não tem quem possa mandar
  Faça ou não faça a máquina
  O povo tem que esperar
  Por que quem joga dinheiro
  Só espera mesmo é ganhar.
   
  Assim é que muitos pensam
  Que no abismo não cai
  Que quem não for no Juazeiro
  Depois de morto ainda vai,
  Assim também é crença
  Que a dita máquina sai.
   
  Quando um diz: ele não faz,
  Já outro fica zangado
  Dizendo: assim como Cristo
  Morreu e foi ressuscitado
  Ele também faz a máquina
  E seu dinheiro é lucrado.
  CRUZ, A. F. Disponível em: www.jangadabrasil.org. Acesso em: 5 ago. 2012 (fragmento).

 

No fragmento, as escolhas lexicais remetem às origens geográficas e sociais da literatura de cordel. Exemplifica essa remissão o uso de palavras como

A

cego, aleijado, moleque, soldado, juiz de direito.

B

agreste, sertão, Juazeiro, matuto, senhor de engenho.

C

comandante, delegado, dinheiro, resultado, praciano.

D

mentiroso, verdadeiro, joga, ganhar.

E

morto, crença, zangado, Cristo.