(ENEM PPL - 2013)
TEXTO I
Dois quadros |
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Na seca inclemente do nosso Nordeste | |
O sol é mais quente e o céu mais azul | |
E o povo se achando sem pão e sem veste, | |
Viaja à procura das terras do Sul. | |
De nuvem no espaço, não há um farrapo, | |
Se acaba a esperança da gente roceira, | |
Na mesma lagoa da festa do sapo, | |
Agita-se o vento levando a poeira. |
TEXTO II
ABC do Nordeste flagelado |
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O – Outro tem opinião | |
de deixar mãe, deixar pai, | |
porém para o Sul não vai, | |
procura outra direção. | |
Vai bater no Maranhão | |
onde nunca falta inverno; | |
outro com grande consterno | |
deixa o casebre e a mobília | |
e leva a sua família | |
pra construção do governo. | |
Disponível em: www.revista.agulha.com.br. Acesso em: 23 abr. 2010 (fragmento). |
Os Textos I e II são de autoria do escritor nordestino Patativa do Assaré, que, em sua obra, retrata de forma bastante peculiar os problemas de sua região. Esses textos têm em comum o fato de abordarem
a falta de esperança do povo nordestino, que se deixa vencer pela seca.
a dúvida de que a ajuda do governo chegará ao povo nordestino.
o êxodo do homem nordestino à procura de melhores condições de vida.
o sentimento de tristeza do povo nordestino devido à falta de chuva.
o sofrimento dos animais durante os longos períodos de estiagem.