(ENEM PPL - 2014)
Estranha neve:
espuma, espuma apenas
que o vento espalha, bolha em baile no ar,
vinda do Tietê alvoroçado ao abrir de comportas,
espuma de dodecilbenzeno irredutível,
emergindo das águas profanadas do rio-bandeirante,
hoje rio-despejo
de mil imundícies do progresso.
ANDRADE, C. D. Poesia e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1992 (fragmento).
Nesse poema, o autor faz referência à
disseminação de doenças nas áreas atingidas por inundações.
contaminação do lençol freático pela eliminação de lixo nos rios.
ocorrência de enchente causada pela impermeabilização dos solos.
presença de detergentes sintéticos como agentes poluentes de águas.
destruição de fauna e flora pela contaminação de bacias hidrográficas.