(ENEM PPL - 2016)
Lisboa: aventuras
tomei um expresso
cheguei de foguete
subi num bonde
desci de um elétrico
pedi um cafezinho
serviram-me uma bica
quis comprar meias
só vendiam peúgas
fui dar a descarga
disparei um autoclisma
gritei “ó c a r a!”
responderam-me «ó pá»
positivamente
as aves que aqui gorjeiam nao gorjeiam
[como lá.
PAES, J. P. A poesia está morta mas juro que não fui eu. São Paulo: Duas Cidades, 1988
No texto, a diversidade linguística é apresentada pela ótica de um observador que entra em contato com uma comunidade linguística diferente da sua. Esse observador é um
falante do português brasileiro relatando o seu contato na Europa com o português lusitano.
imigrante em Lisboa com domínio dos registros formal e informal do português europeu.
turista europeu com domínio de duas variedades do português em visita a Lisboa.
português com domínio da variedade coloquial da língua falada no Brasil.
poeta brasileiro defensor do uso padrão da língua falada em Portugal.