(ENEM PPL - 2019)
Para dar conta do movimento histórico do processo de inserção dos povos indígenas em contextos urbanos, cuja memória reside na fala dos seus sujeitos, foi necessário construir um método de investigação, baseado na História Oral, que desvelasse essas vivências ainda não estudadas pela historiografia, bem como as conflitivas relações de fronteira daí decorrentes. A partir da história oral foi possível entender a dinâmica de deslocamento e inserção dos índios urbanos no contexto da sociedade nacional, bem como perceber os entrelugares construídos por estes grupos étnicos na luta pela sobrevivência e no enfrentamento da sua condição de invisibilidade.
MUSSI, P. L. V. Tronco velho ou ponta da rama? A mulher indígena terena nos entrelugares da fronteira urbana. Patrimônio e Memória, n. 1, 2008.
O uso desse método para compreender as condições dos povos indígenas nas áreas urbanas brasileiras justifica-se por
focalizar a empregabilidade de indivíduos carentes de especialização técnica.
permitir o recenseamento de cidadãos ausentes das estatísticas oficiais.
neutralizar as ideologias de observadores imbuídos de viés acadêmico.
promover o retorno de grupos apartados de suas nações de origem.
registrar as trajetórias de sujeitos distantes das práticas de escrita.