Representantes, características e aspectos fisiológicos dos Anfíbios: Sistema digestório.
Os anfíbios são uma classe de vertebrados que exibem características distintas em seu ciclo de vida, sendo os cordados de transição entre os ambientes aquáticos e terrestres, pois apresentam uma forma de vida larval dependente do meio aquático e uma forma de vida adulta terrestre e tetrápode. Como adaptação para sobrevivência em meio terrestre, os anfíbios apresentam pulmões, mas pouco desenvolvidos, portanto, a respiração cutânea deve complementar o suprimento de gás oxigênio do organismo e para isso a pele deve ser lisa, úmida e permeável, mas também os torna vulneráveis a alterações ambientais. Anfíbios são animais pecilotérmicos, ou seja, a sua temperatura varia conforme a temperatura ambiental e para obtenção de energia térmica devem receber a maior parte do calor de fontes externas, o que caracteriza os anfíbios como ectotérmicos
Os anfíbios são descendentes de sarcopterígeos pulmonados, peixes ósseos que apresentam nadadeiras lobadas, dotadas de musculatura que permitem o apoio no substrato e entre os representantes dos anfíbios estão os sapos, as rãs e pererecas, pertencentes a ordem dos Anuros, as salamandras e os tritões como representantes dos Urodelos e a cobra-cega da ordem dos Apodes. Todos apresentam digestão extracelular, que ocorre no sistema digestório completo, com presença de boca e terminação digestória em cloaca, sendo a maioria dos representantes carnívoros.
Sapos, rãs e pererecas pertencem a ordem dos Anuros.
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Canetoadfemale.jpg
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:North-American-bullfrog1.jpg
https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/b/be/Red_eyed_tree_frog_edit2.jpg
O ordem dos urodelos apresentam as salamandras e os tritões como representantes.
https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/4/49/Notophthalmus_viridescensPCCA20040816-3983A.jpg
Algumas espécies de salamandras passam por um processo chamado de neotenia, onde o indivíduo atinge a idade adulta, mas mantém as característica da fase larval, como o axolotle,
https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/1/15/Axolotl_ambystoma_mexicanum_anfibio_ASAG.jpg
As cobras-cegas pertencem a ordem dos Ápodes.
https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/d/d4/Dermophis_mexicanus.jpg
Aspectos fisiológicos dos Anfíbios: Sistemas respiratório e circulatório.
O sistema respiratório dos anfíbios é altamente adaptado para a vida em ambientes aquáticos e terrestres, pois durante a fase larval, os anfíbios aquáticos respiram principalmente através de brânquias e durante a metamorfose para a fase adulta, muitas espécies desenvolvem pulmões funcionais, permitindo a respiração aérea, além disso, a pele úmida e permeável dos anfíbios desempenha um papel essencial na absorção de oxigênio e na eliminação de dióxido de carbono, apresentando também respiração cutânea.
Os anfíbios apresentam o sistema circulatório fechado, com um coração com três câmaras - dois átrios e um ventrículo parcialmente dividido - que impulsiona o sangue para os pulmões e o corpo. O sangue venoso proveniente dos órgãos e tecidos e o sangue arterial vindo das trocas gasosas realizada pela pele se encontram no átrio direito, ocorrendo uma mistura de sangue venosos e arterial, portanto, a circulação é incompleta e com a presença de dois átrios, o sangue que chega ao coração pelo átrio direito, é distribuído até os pulmões pelo ventrículo e retorna ao coração pelo átrio esquerdo, caracterizando uma circulação dupla. Embora o sistema circulatório dos anfíbios possa ser considerado primitivo em comparação com outros vertebrados, ele é bem adequado para sua complexa transição entre ambientes aquáticos e terrestres.
Aspectos fisiológicos dos Anfíbios: Sistemas excretor, nervoso e reprodução
Os rins desempenham um papel crucial na filtragem do sangue, eliminando resíduos metabólicos, como ureia nos adultos e amônia durante a fase larval, enquanto também regulam o equilíbrio de água e sais no organismo. Os produtos filtrados são direcionados para os ureteres, que conduzem a urina até a cloaca. O sistema nervoso dos anfíbios é composto pelo sistema nervoso central (cérebro e medula espinhal) e o sistema nervoso periférico (nervos que se estendem pelo corpo), possuem sentidos bem desenvolvidos, como visão, com a presença de pálpebras, audição com uma novidade evolutiva, que é a membrana timpânica e olfato com quimiorreceptores denominados órgãos de Jacobson.
A maioria dos anfíbios são dioicos, com fecundação cruzada e externa, pois as fêmeas depositam seus ovos em ambientes aquáticos, como lagoas ou rios e os machos liberam os espermatozoides no meio, onde ocorre a fertilização, formação da célula ovo, que não apresenta casca, e desenvolvimento das larvas aquáticas, como girinos, no caso dos anuros. O processo de metamorfose transforma as larvas em formas adultas, adaptadas à vida terrestre ou semi-aquática. Algumas espécies de anfíbios podem exibir fertilização interna e cuidado parental, como transportar ovos nas costas ou proteger os girinos em bolsas de pele. A diversidade de estratégias reprodutivas nos anfíbios reflete sua adaptação aos diferentes habitats e desafios ambientais.