Por: Isabela Nunes
Carboidratos Cn(H2O)n
Os carboidratos, açúcares ou glicídios, são moléculas primariamente relacionadas às reações metabólicas para obtenção de energia. Podemos classificá-los da seguinte forma:
Monossacarídeos
São carboidratos representados por apenas uma molécula de glicídio, essas moléculas podem conter um número variado de carbonos (trioses, pentoses, hexoses). Dentre estes, a ribose e a desoxirribose, pentoses representadas respectivamente por C5H10O5 e C5H10O4, são carboidratos estruturais que compõem os ácidos nucleicos, RNA e DNA.
Além dos carboidratos citados anteriormente, as hexoses apresentam grande importância biológica como fonte energética, podemos citar a glicose, a frutose e a galactose. Todos esses monossacarídeos são representados pela seguinte fórmula química C6H12O6 variando apenas quanto suas respectivas estruturas:
Figura 2: estruturas químicas de monossacarídeos, glicose, galactose e frutose
Dissacarídeos
Os dissacarídeos são carboidratos formados por dois monossacarídeos a partir de uma reação de desidratação.
Figura 3: síntese de dissacarídeo, lactose, por desidratação
Dentre os dissacarídeos mais comuns, podemos citar:
Maltose: resultante da união de duas glicoses;
Sacarose: resultante da união de uma glicose e uma frutose;
Lactose: resultante da união de uma galactose e uma glicose.
Para que um dissacarídeo seja efetivamente utilizados como fonte energética, é necessário que passem por um processo de digestão e hidrólise, liberando, assim, os monossacarídeos que os compõem. Apenas um monossacarídeo pode ser incorporado às vias metabólicas de obtenção de energia.
Polissacarídeos
São carboidratos estruturais e de reserva resultantes da união de diversos monossacarídeos. Podemos citar dois polissacarídeos de maior importância:
Amido: polissacarídeo de reserva energética encontrado em organismos vegetais e algumas algas;
Glicogênio: polissacarídeo de reserva energética encontrado em células animais e em fungos.
Os monossacarídeos são os carboidratos utilizados diretamente para a obtenção de energia, como uma alternativa para garantir o aporte energético mesmo em momentos de jejum, isto é, mesmo quando não existem monossacarídeos sendo absorvidos pelo sistema gastrointestinal, é feita a síntese glicogênio. O fígado é o órgão responsável por capturar monossacarídeos e sintetizar o polissacarídeo de reserva, o glicogênio, em momentos de excesso de carboidratos circulante. De forma contrária, o fígado é responsável também por catabolizar o glicogênio e disponibilizar, novamente, glicose na corrente sanguínea.
Além desses dois carboidratos de reserva, existem carboidratos estruturais como a celulose, presente em parede celular vegetal e de algumas algas, e a quitina, presente na parede celular de fungos e no exoesqueleto de artrópodes.
Quando há ingestão de amido, enzimas específicas hidrolisam esse polissacarídeo e disponibilizam os monossacarídeos para o organismo. O mesmo não ocorre quando há ingestão de celulose e quitina, pois o sistema gastrointestinal humano não possui enzimas que hidrolisam esses compostos.
Oligossacarídeos são moléculas de carboidrato com menos de 30 monômeros. De forma contrária, polissacarídeos são moléculas de carboidrato compostas por muitos monômeros de carboidrato.