Desde a Antiguidade, os sistemas que classificam e ordenam os seres vivos são utilizados. Um importante marco para a classificação dos seres vivos foi a nomenclatura binomial de Lineu, esse sistema foi necessário para auxiliar na comunicação entre os cientistas do mundo todo! Neste resumo vamos falar um pouquinho sobre a classificação biológica e assuntos relacionados. Vamos lá?
Devido à enorme biodiversidade, diferentes modos de vida, habitat e diversos mecanismos de adaptação, a classificação dos seres vivos não é uma tarefa fácil, porém ela é essencial para os estudos da Biologia, uma vez que ela facilita o entendimento sobre os diferentes seres que existem.
Entre os critérios usados na classificação estão relacionados morfologia, fisiologia, bioquímicas entre outras características da espécie. Além disso, a tecnologia também é muito importante para desenvolvimento dos sistemas de classificação. O desenvolvimento dos microscópios ajudou muito no surgimento de diferentes formas de classificação.
Antes desse sistema de classificação, vários outros foram propostos, porém o mais aceito foi de Whittaker. No final da década de sessenta, Whittaker (1924-1980) desenvolveu um sistema de classificação dos seres em cinco reinos, criando um reino independente para os fungos, o reino Fungi.
É composto por um reino procariótico – no qual não existe membrana nuclear – Monera, e outros quatro reinos eucarióticos, nos quais há a presença de carioteca.
Dos grupos eucarióticos, acredita-se que o Protista deu origem aos outros três grupos restantes (Plantae, Animalia e Fungi). Esses grupos, na maioria pluricelulares, diferenciam-se principalmente por seu modo nutricional (autótrofos ou heterótrofos).
O reino Monera é composto por seres unicelulares procariontes, coloniais ou não, autótrofos ou heterótrofos. Seus representantes são as bactérias e cianobactérias.
Organismos unicelulares eucariontes, coloniais ou não, compõem o reino Protista. Neste reino, existem métodos nutricionais bastante diversificados, incluindo a fotossíntese, a absorção e a ingestão. Seus representantes são as algas e os protozoários.
O reino Fungi é constituído por organismos eucariotos heterótrofos. Sua nutrição realizada por absorção das substâncias.
Os organismos eucariotos fotossintetizantes – autótrofos – pluricelulares compõem o reino Plantae, seus representantes são as plantas.
O reino Animalia é constituído por seres eucariotos, pluricelulares e heterótrofos. Esse reino engloba desde os poríferos até o ser humano.
Embora com o tempo novas informações acerca dos seres vivos sejam descobertas, o sistema de classificação proposto por Whittaker é, ainda hoje, o mais aceito e utilizado. A figura abaixo mostra um esquema desse sistema de classificação:
Sabemos que seres pertencentes a uma espécie devem apresentar características estruturais e funcionais parecidas, similaridades bioquímicas e mesmo cariótipo, além da capacidade de reprodução entre si.
O conceito biológico de espécie define que organismos pertencem a uma mesma espécie se seu cruzamento produzir uma prole viável e fértil. As espécies são diferenciadas umas das outras por barreiras pré-zigóticas e pós-zigóticas, o que favorece o surgimento de uma prole viável e fértil.
Há casos em que seres de espécies diferentes podem se cruzar e produzir uma prole saudável, mas os descendentes serão inférteis. Um exemplo ocorre quando uma égua e um burro se acasalam, eles produzem descendentes híbridos que são denominadas mulas. Embora esse animal, figura abaixo, possa apresentar uma boa saúde e viver por alguns anos, ela será infértil, uma vez que cavalos e burros são de espécies diferentes.
Fonte: https://revistagloborural.globo.com/Noticias/Videos/noticia/2017/10/saiba-porque-mula-nasce-esteril.html
As espécies estão agrupadas em um conjunto de seres semelhantes, existindo uma hierarquia. Assim, para Lineu, o gênero estava relacionado a um conjunto de espécies muito semelhantes.
Os gêneros parecidos, por sua vez, seriam unidos em uma mesma família;
os de famílias parecidas em uma mesma ordem;
os de ordens semelhantes em uma mesma classe;
os de classes semelhantes em um mesmo filo;
e filos semelhantes no mesmo reino.
A hierarquia desses grupos pode ser vista na figura abaixo:
Fonte: http://biologia.ifsc.usp.br/bio2/apostila/bio2_apostila_zoo_01.pdf