Quando olhamos um jardim florido com a sua diversidade de cores e perfumes, muitas vezes não pensamos na variedade de estruturas que compõem os vegetais e como as plantas são capazes de responder aos diversos estímulos do ambiente. Neste texto vamos conhecer um pouco mais sobre histologia e fisiologia vegetal. Vem com a gente!
Histologia é a área da Biologia que estuda a composição e função dos tecidos. Denominam-se tecidos um conjunto de células especializadas e com função importante para o ser vivo.
Nas plantas, os principais tecidos são:
Todos os tecidos que estão presentes em uma planta tiveram sua origem no meristema. As células meristemáticas se multiplicam e realizam diferenciação em tecidos que irão compor as estruturas vegetais. Os meristemas são divididos em:
Primário: que está relacionado com o crescimento primário (em comprimento). Esse tipo de meristema está presente no ápice do caule e nas raízes.
Secundário: esse tipo de meristema surge a partir de células diferenciadas, como por exemplo, as que estão presentes no parênquima. Um exemplo é felogênio, que produz células para a parte interna (feloderma) e externa da planta (súber).
São aqueles que protegem o vegetal. O tecido mais externo com essa função é chamado de epiderme, a qual é composta por uma única camada de células. A epiderme pode apresentar diversas estruturas como, por exemplo:
Estômatos: importante para a realização da fotossíntese e transpiração. É responsável por fazer as trocas gasosas entre a planta e o ambiente;
Cutícula: reveste a folha e a torna impermeável;
Tricomas: função de proteção das folhas contra a perda de água pelo tecido e ataque de herbívoros
A periderme é o tecido que substitui a epiderme em caules e raízes que apresentam crescimento secundário, ou seja, naquelas plantas que apresentam crescimento em diâmetro.
Esses tecidos também são denominados de parênquimas, apresentam como característica preencher os espaços internos da planta.
A função desse tecido pode variar de acordo com o local em que está presente o tecido.
Ex: o parênquima paliçádico é rico em cloroplastos e por isso é muito importante durante a fotossíntese.
São responsáveis pela estrutura da planta. Podem ser compostos por células mortas impregnadas por lignina (é impermeável e dá resistência ao tecido) como o esclerênquima; ou podem ser impregnados por celulose e composto por células vivas como o colênquima.
São responsáveis pelo transporte de seiva. Podem ser de dois tipos:
Xilema ou lenho que é composto por células mortas impregnadas de lignina, esse tecido faz o transporte de seiva bruta.
Já o floema ou líber transporta a seiva elaborada, também conhecida como seiva orgânica.
As imagens abaixo mostram um pouco dos tecidos vegetais:
Figura 1: Esquema mostrando as células dos diferentes tecidos vegetais. Fonte: www.sobiologia.com.br
Figura 2: Tecidos vegetais. Fonte: www.sobiologia.com.br
A fisiologia vegetal estuda o funcionamento das plantas. No nosso texto, vamos abordar mais o tema da transpiração e condução de seiva nas plantas, visto que são muito cobrados nas principais provas.
Porém, existem a respiração, a nutrição, a fotossíntese e outros que são importantes processos fisiológicos dos vegetais.
A transpiração é um importante processo fisiológico dos vegetais, visto que ele está intimamente ligado ao transporte de seiva bruta – seiva inorgânica – pelo xilema.
É um processo que ocorre principalmente através dos estômatos, embora ele também possa ocorrer através da cutícula. A transpiração estomática ocorre quando há abertura dos estômatos – quando as células guarda ficam túrgidas.
Isso permite que haja trocas gasosas com o meio, junto com os gases ocorre também a perda de água pelo processo de transpiração. O fechamento dos estômatos é gerado pela flacidez das células-guarda.
Entre os fatores que podem influenciar a abertura e fechamento dos estômatos estão: a intensidade da luz, concentração de gás carbônico e quantidade de água presente dos tecidos da planta.
A seiva bruta é formada principalmente por água e sais minerais e é transportada pelo xilema das raízes até as folhas.
Isso é possível pela teoria de Dixon (tensão-coesão): a ascensão da seiva ocorre devido à coesão entre as moléculas de água e a sucção gerada pela transpiração que ocorre nas folhas.
A seiva elaborada é produzida nas folhas através da fotossíntese, é rica em matéria orgânica e é transportada pelo floema. É levada das folhas em direção à raiz.