Resumo de biologia: Cordados: Mamíferos



Representantes, características e aspectos fisiológicos dos Mamíferos

Os mamíferos compõem uma classe diversificada de animais vertebrados caracterizados por apresentarem  pelos, que auxiliam na manutenção da temperatura corporal, e glândulas mamárias, que produzem leite para alimentar seus filhotes, além de outras glândulas espalhadas pela pele em alguns grupos, como as glândulas sebáceas e sudoríparas. Os mamíferos foram os últimos animais vertebrados a surgirem no planeta, derivados de pequenos répteis arborícolas, fato que explica a existência de características importantes para o desenvolvimento em meio terrestre, como epiderme impermeável com presença de queratina, respiração pulmonar, fecundação interna e presença de âmnio para proteção dos filhotes. Assim como as aves, os mamíferos são animais endotérmicos.

Os mamíferos são divididos em três principais subclasses: Monotremados, Marsupiais e Placentários. Os monotremados, representados pelo ornitorrinco e pelos equidnas, são conhecidos por serem ovíparos, ou seja, põem ovos em vez de dar à luz filhotes vivos. Os marsupiais, como os cangurus, coalas e gambás, são caracterizados por terem placentas rudimentares e dar à luz filhotes subdesenvolvidos que completam seu desenvolvimento dentro de uma bolsa (marsúpio). Os placentários apresentam desenvolvimento completo no interior do útero materno, conferindo alta capacidade de nutrição e proteção dos filhotes, constituem a maior e mais diversificada subclassificação, incluindo animais como cães, gatos, elefantes, baleias, morcegos e humanos.

O sistema digestório dos mamíferos é completo, com alimentação variada entre os organismos, e geralmente apresentam dentição, que é adaptada ao tipo de alimento de cada espécie, exceto em monotremados. Os filhotes se alimentam de leite materno nos seus primeiros dias de vida. 

Uma imagem contendo animal, grama, comida, comendo

Descrição gerada automaticamente
O ornitorrinco é um mamífero ovíparo, do grupo dos Monotremados.
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Animal em gramado seco

Descrição gerada automaticamente com confiança média
Os filhotes de canguru começam seu desenvolvimento no útero, mas terminam no marsúpio, bolsa que dá o nome do grupo (Marsupiais)
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Leopardo deitado na grama

Descrição gerada automaticamente
A onça-pintada é um representante dos mamíferos Placentários.
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Aspectos fisiológicos dos mamíferos: Sistemas respiratório, circulatório, excretor, nervoso e reprodução

O sistema respiratório dos mamíferos é exclusivamente pulmonar e conta com uma ampla superfície interna para trocas gasosas e oxigenação de maneira eficiente dos órgãos e tecidos, inclusive com presença de diafragma, músculo que auxilia na expansão dos pulmões e hemácias anucleadas que permitem maior aporte de oxigênio ao organismo. O sistema circulatório é semelhante ao das aves, com coração tetracavitário (2 átrios e 2 ventrículos) completamente separados, circulação fechada, dupla e completa. O sangue venoso que vem dos órgãos e tecidos é recebido pelo átrio direito cardíaco, segue para o ventrículo direito e é distribuído aos pulmões para hematose (trocas gasosas), retornando ao átrio esquerdo do coração completamente oxigenado (átrio esquerdo) e do ventrículo esquerdo é bombeado através da artéria aorta, que se curva a esquerda do coração, levando sangue aos órgãos e tecidos.

O sistema nervoso dos mamíferos é o mais desenvolvido dos cordados, com desenvolvimento dos órgãos sensoriais ao máximo e alta capacidade de memória e aprendizado, quando comparado com outros vertebrados. Em relação a excreção, mamíferos são animais ureotélicos, eliminando, como maior parte das excretas nitrogenadas, a ureia substância que é solúvel no plasma sanguíneo e é filtrada pelos rins. 

Os mamíferos são animais dioicos, que apresentam fecundação cruzada, interna e desenvolvimento direto, variando o local em que o filhote se desenvolve. Nos Prototérios ou Monotremados, o desenvolvimento do filhote ocorre no interior de ovos com casca, portanto são animais ovíparos, enquanto os Marsupiais ou Metatérios apresentam útero rudimentar onde se inicia o desenvolvimento do feto e se completa no interior do marsúpio e os Placentários ou Eutérios apresentam desenvolvimento completo do filhote no interior do útero materno. Marsupiais e Placentários são considerados seres vivíparos.
 

Fisiologia comparada dos vertebrados

Ao longo do processo evolutivo dos cordados, os sistemas sofreram séries de modificações, apresentando adaptações significativas para atender às demandas específicas de cada grupo. Importante ressaltar que não podemos dizer que os organismos foram ficando mais evoluídos, e sim ficando mais complexos conforme a seleção natural foi agindo, pois para sobrevivência em diferentes ambientes é imprescindível a existência de estruturas específicas para determinadas funções. Nos primeiros cordados aquáticos, como os peixes, as brânquias eram estruturas essenciais para a troca gasosa, permitindo a extração de oxigênio diretamente da água e com o surgimento dos vertebrados terrestres, os pulmões surgiram como estruturas responsáveis pela captura de gás oxigênio atmosférico, assim, os anfíbios foram os primeiros vertebrados a desenvolver pulmões primitivos, mas ainda dependem de suas peles úmidas e mucosas para auxiliar nas trocas gasosas e suas larvas ainda são aquáticas, mantendo as brânquias como estrutura de hematose.

A partir dos répteis, os pulmões se tornaram mais eficientes, complementando todo o gás oxigênio que a respiração cutânea agora não permitia, pois são animais de pele impermeável, característica compartilhada entre as aves e mamíferos. 

Em relação as excretas nitrogenadas, osteíctes e larvas de anfíbios eliminam principalmente amônia, diretamente na água circundante, enquanto condrictes, anfíbios e mamíferos liberam ureia, mas para um organismo viver em meio terrestre, a economia de água é essencial para manter o indivíduo sempre hidratado, com o máximo de economia possível, assim os répteis e aves liberam ácido úrico, substância insolúvel em água.

Outro aspecto evolutivo importante dos cordados é o aumento da complexidade do sistema circulatório, que passou de circulação simples nos peixes, para dupla nos demais cordados, e de incompleta nos anfíbios e répteis, para completa nas aves e mamíferos, além do coração que nos peixes é composto por duas câmaras, um átrio e um ventrículo, e com a transição para o ambiente terrestre, os anfíbios evoluíram para três câmaras cardíacas, dois átrios e um ventrículo parcialmente divididos, assim como os répteis, exceto os crocodilianos que já apresentam coração semelhante ao das aves, com a presença de quatro cavidades, sendo dois átrios e dois ventrículos, assim como os mamíferos.