Desmatamento: Importância das florestas
A manutenção das florestas é de extrema importância para o equilíbrio ecológico, o bem-estar das comunidades humanas e a preservação da biodiversidade, pois exercem múltiplas funções, contribuindo para proteção do solo, dos corpos d´água e manutenção dos ciclos biogeoquímicos e clima de várias regiões. A vegetação protege o solo da erosão causada pelas chuvas e pelo vento, graças as copas das árvores que diminuem os impactos da chuva e do sol diretamente no solo, assim como a mata ciliar, essencial para retenção de partículas, evitando o acúmulo de sedimentos em rios e lagos.
As florestas são importantes no ciclo de carbono da Terra, capturando dióxido de carbono (CO2) durante a fotossíntese e armazenando-o na biomassa das árvores e no solo, isso ajuda a mitigar o aquecimento global, pois reduz a concentração de CO2 na atmosfera, um dos principais gases causadores do efeito estufa, tendo um papel essencial na regulação do clima local e global. A vegetação também influencia a temperatura, a umidade e os padrões de chuvas, o que é vital para o abastecimento de água doce em muitas regiões.
Diversos recursos naturais presentes em regiões das florestas são essenciais para a subsistência humana, como madeira, alimentos, medicamentos, óleos, resinas, frutas, cogumelos e fibras naturais, além de abrigar uma grande variedade de espécies de plantas, animais e microrganismos, fornecendo habitats cruciais para muitas espécies, incluindo aquelas ameaçadas de extinção. A perda de florestas pode levar à extinção de inúmeras espécies, afetando negativamente a diversidade biológica do planeta.
Motivos e consequências do desmatamento
O desmatamento é um problema ambiental sério que tem várias causas complexas e interligadas e tem como principais motivos a agricultura e pecuária, o extrativismo de madeira e minerais e a urbanização. A expansão agrícola e a criação de gado levam a retirada de florestas nativas para dar lugar a plantações comerciais, como soja, cana-de-açúcar, cultivos de grãos e para a criação de pastagens para gado. A exploração madeireira, legal e ilegal, ocorre devido a demanda por madeira para a indústria de construção, móveis, papel e celulose, entre outros produtos, e leva à exploração excessiva e muitas vezes insustentável de florestas, assim como a expansão urbana ou a necessidade de maior infraestrutura em regiões de mata, que acabam tendo a floresta comprometida para construção de estradas, barragens e hidrelétricas, ou seja, a necessidade de desenvolvimento econômico e a urbanização descontrolada contribuem para a destruição de habitats naturais.
Como consequência do desmatamento, o solo empobrece, resseca, fica mais susceptível a erosão, a lixiviação e a compactação, prejudicando a absorção de água para os lençóis freáticos e o ciclo da matéria, como ciclo da água, do carbono e do nitrogênio, além de favorecer o assoreamento de corpos d´água aumentando o risco de enchentes. O processo de evapotranspiração da floresta é essencial para formação do regime de chuva de várias regiões e com o desmatamento, há uma mudança nas frequências de chuvas, além de uma interferência direta no clima, com aumento da temperatura devido a perda da umidade que era gerada pela floresta e menor absorção de gás carbônico, contribuindo para o aquecimento global.
O desmatamento também provoca a destruição do habitat de muitas espécies, interferindo seriamente nas cadeias tróficas, provocando a morte de organismos e a migração de outros, causando desequilíbrios ecológicos que afetam negativamente a dinâmica natural das populações e comunidades, resultando em impactos em cascata, como prejuízos econômicos significativos para setores como agricultura, pesca, turismo e indústria farmacêutica, entre outros.
Medidas contra o desmatamento e extinções de espécies
Existem várias medidas e estratégias que podem ser adotadas para evitar o desmatamento e promover a conservação das florestas, como a implementação de leis e regulamentações, para áreas protegidas, reservas naturais e parques nacionais e sobretudo, amentar o poder de fiscalização e combate à exploração ilegal de madeira e outras atividades prejudiciais às florestas, que requer a atuação de agências governamentais, a cooperação com a sociedade civil e o uso de tecnologias avançadas de monitoramento.
Criar incentivos econômicos para práticas de manejo florestal sustentável e desenvolvimento de sistemas agroflorestais, incluindo programas de compensação por serviços ecossistêmicos, subsídios para práticas sustentáveis de produção agrícola, apoio a iniciativas de eco turismo e combinar a agricultura com o plantio de árvores nativas. Podemos citar também o incentivo a certificação de produtos florestais, como madeira e papel, que garantam práticas de manejo sustentável e a rastreabilidade das matérias-primas, além de investimentos em tecnologias sustentáveis. Por fim, devemos promover a educação ambiental, a conscientização sobre a importância das florestas e dos serviços ecossistêmicos que elas fornecem e o fortalecimento de comunidade locais para que possam viver da floresta.
A conservação das espécies também é uma pauta ambiental, social e econômica muito importante, pois o desequilíbrio nas teias alimentar trazer inúmeros problemas para a sociedade como um todo. As espécies estão entrando em extinção devido a uma combinação de fatores, muitos dos quais são causados por atividades humanas, como a poluição e o desmatamento, que provocam a perda e fragmentação dos habitats, a sobre-exploração, comercio ou tráfico ilegais e a introdução de espécies exóticas, que competem de maneira desigual com espécies nativas.