Briófitas: Representantes, características e ciclo de vida
As briófitas são um grupo de plantas terrestres avasculares (sem xilema floema) o que significa que não possuem raízes, caules e folhas verdadeiros, tendo estruturas simples para a absorção de água e nutrientes, como rizoides, que também servem de fixação, cauloides e filoides, que realizam fotossíntese. São plantas que possuem habitat em meio terrestre úmido, com alguns representantes aquáticos de água doce e alguns ainda em ambiente mais seco, mas dependem do ambiente aquático para reprodução, pois apresentam gametas flagelados e como seus órgãos reprodutivos não são facilmente visíveis são classificadas como plantas criptógamas. São classificados no grupo das briófitas os musgos, hepáticas e antóceros.
Nas briófitas, o gametófito, organismo haploide, é a fase predominante, formado a partir de esporos liberados pelos esporângios presentes na estrutura reprodutiva chamada cápsula, situada na região terminal do esporófito. Os gametófitos produzem órgãos sexuais, chamados arquegônios (femininos) e anterídeos (masculinos), onde ocorre a formação de gametas haploides (oosferas e anterozoides). A fertilização ocorre quando um anterozoide flagelado nada até o arquegônio, contendo a oosfera, dando origem a um zigoto diploide, que se desenvolve em um esporófito também diploide e dependente do gametófito. Os esporófitos apresentam os esporângios, contendo as células-mães dos esporos (esporócitos) que por meiose, originam novos esporos, capazes de germinar e originar novos gametófitos, fechando o ciclo de vida das briófitas.
Musgos
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Hepáticas
ttps://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/a/ae/Umbrella_Liverwort_%2828270174800%29.jpg
Antóceros.
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Pteridófitas: Representantes, características e ciclo de vida
As pteridófitas representadas pelas samambaias, avencas, cavalinhas, licopódios e selaginelas, são as primeiras plantas vasculares a habitar o ambiente terrestre e a presença de tecidos vasculares especializados, xilema e floema, lhes confere maior capacidade de transporte de água e nutrientes. São plantas de ambiente terrestre, mas precisam de meio úmido para a reprodução pois seus gametas ainda são flagelados, além de serem criptógamas, com os órgãos reprodutores não vistos a olho nu. O esporófito é a geração duradoura, já apresenta raízes, caules e folhas, e o gametófito se apresenta reduzido e é independente do esporófito durante seu desenvolvimento.
A reprodução das pteridófitas se inicia com a produção de esporos nas folhas, em regiões denominadas de soros, estruturas que apresentam os esporângios. Os esporos liberados germinam e se desenvolvem em gametófitos haploides, também chamados de prótalos, organismos onde encontramos os órgãos reprodutores arquegônio, que contém a oosfera e os anterídeos, que geram os anterozoides. A partir da fertilização, um zigoto diploide é formado e se desenvolve em um novo esporófito, que permanecerá conectado ao gametófito até se tornar independente.
Avencas
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Cavalinha
https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/9/99/Equisetum_arvense_117578516.jpg
Licopódios
https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/2/27/Lycopodiaceae_%2844487233795%29.jpg
Selaginela
https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/d/d5/Selaginella_braunii_7204.jpg
Resolução de exercícios: Briófitas e Pteridófitas
As briófitas e pteridófitas apresentam semelhanças em seus ciclos de vida, com os gametófitos contendo os arquegônios e anterídeos, órgãos reprodutores responsáveis pela produção da oosfera e dos anterozoides, respectivamente. Em ambos, os anterozoides são gametas flagelados, portanto necessitam de meio úmido para que a fertilização da oosfera aconteça. Nas briófitas, a fase gametofítica é a predominante e independente, e se forma a partir da germinação dos esporos, formando filamentos denominados protonemas, enquanto nas pteridófitas, os gametófitos também são independentes do esporófito, mas se apresentam reduzidos, sendo são denominados de protalos.
A evolução das briófitas e pteridófitas está intimamente ligada ao processo de colonização do ambiente terrestre pelas plantas. As briófitas, consideradas os primeiros vegetais a habitar a terra firme, provavelmente evoluíram a partir de algas verdes ancestrais. Suas características simples, como a ausência de tecidos vasculares especializados, contribuíram para sua adaptação a ambientes úmidos e sombreados. Já as pteridófitas surgiram posteriormente, com o desenvolvimento de tecidos vasculares mais eficientes, permitindo maior transporte de água e nutrientes, e apresentando frondes altamente ramificadas. Com essas características, as pteridófitas puderam ocupar uma variedade de habitats, desde ambientes úmidos até terrenos mais secos. A evolução desses grupos de plantas foi fundamental para a formação e estabilização dos ecossistemas terrestres, além de serem importantes para a formação e preservação de solos e para a regulação do clima global.