Ciclos reprodutivos: haplobionte haplonte, haplobionte diplonte e diplonte (haplodiplobionte)
Os ciclos de vida haplobionte haplonte, haplobionte diplonte e diplobionte são três padrões distintos encontrados em organismos que se reproduzem sexualmente. No ciclo haplobionte haplonte, há um único organismo adulto haploide (possui apenas um conjunto de cromossomos), que geram gametas também haploides e após a fecundação origina um zigoto diploide, o qual se desenvolve rapidamente em organismos haploide. Nesse ciclo, a meiose ocorre após a formação do zigoto, sendo também chamada de meiose inicial ou meiose zigótica, sendo comum em algumas algas e fungos.
No ciclo haplobionte diplonte, o organismo adulto é diploide (com dois conjuntos de cromossomos) e a reprodução ocorre por meio da formação de gametas haploides, que se fundem para formar um zigoto diploide, originando o organismo diploide, através de divisões mitóticas. Esse ciclo é característico de animais, como nós, seres humanos, que realizam a meiose para formação de gametas, que também pode ser chamado de meiose final ou meiose gamética.
Por fim, no ciclo diplobionte, também conhecido como ciclo haplodiplobionte, ou metagênese, ou ainda, alternância de gerações, as fases haploide e diploide são igualmente dominantes e distintas, ou seja, ocorrem dois organismos adultos em um ciclo, um haploide e outro diploide. O organismo adulto diploide realiza a meiose para formar esporos haploides, que germinam e por mitose geram o organismo haploide, que também por mitose, geram os gametas e após a fecundação, formam o zigoto diploide, originando o organismo adulto também diploide, por mitoses. Esse ciclo é característico de algumas algas e plantas e como a meiose é responsável por formar esporos, podemos também chamar esse processo de meiose espórica ou meiose intermediária.
Reino Metaphyta (Vegetal) Características e representantes
O Reino Metaphyta, também conhecido como Reino Plantae, é um dos cinco principais reinos da classificação biológica e engloba organismos eucarióticos, multicelulares e autotróficos fotossintetizantes. As características distintivas desse reino incluem a presença de cloroplastos contendo clorofila a e b, responsáveis pela realização da fotossíntese, parede celular composta principalmente de celulose, reserva energética primária formada por amido e embriões pluricelulares nutridos pelo tecido materno. Além disso, possuem um ciclo de vida com alternância de gerações, com duas formas de vida adultas, o esporófito diploide, que por meiose origina esporos e o gametófito haploide, proveniente de esporos que germinam no meio e originam gametas também haploides. Os representantes do Reino Metaphyta estão agrupados em quatro grupos: Briófitas, Pteridófitas Gimnospermas e Angiospermas.
As Briófitas são representadas pelos musgos, hepáticas e antóceros, foram as primeiras representantes do Reino Metaphyta a surgir no planeta, derivados de algas verdes pluricelulares, mas ainda sem tecidos condutores, que surgiu no grupo das Pteridófitas, como a samambaia e a avenca. Nas Gimnospermas temos os pinheiros e araucárias, primeiras plantas Espermatófitas, ou seja, produzem semente com casca, característica que junto a outras, permitiu que as Gimnospermas conquistassem definitivamente o meio terrestre. Nas Angiospermas surgem as flores e os frutos, estruturas que permitem diversos tipos de polinizações e dispersão das sementes, contribuindo muito para que essas plantas formassem o grande número de espécies existentes.
Aspectos evolutivos do Reino Vegetal
Os vegetais apresentam duas formas de vida adultas, o esporófito diploide e o gametófito haploide, característica que acompanha os vegetais desde seus ancestrais, que são as algas verdes, mas durante a formação dos grupos do Reino Metaphyta, houve uma mudança na geração predominante nos organismos, já que nas Briófitas, o gametófito é a geração duradoura enquanto o esporófito é transitório e depende do gametófito. Isso mudou a partir das Pteridófitas que apresentam o esporófito como geração permanente e e o gametófito sendo transitório, sem dependência do esporófito. A partir das Gimnospermas, o gametófito foi regredindo cada vez mais, se tornando dependente do esporófito e se transformando no grão-de-pólen, estrutura que formará o tubo polínico, que conduz as células espermáticas (gameta masculino) até a oosfera (gameta feminino) presente no gametófito feminino denominado saco embrionário.
Outra característica interessante nos vegetais é o aumento das estruturas reprodutoras, que são escondidos nas Briófitas e Pteridófitas, sendo denominadas plantas criptógamas, e com o surgimento dos estróbilos, ou cones, nas Gimnospermas e flores nas Angiospermas, sendo denominadas de fanerógamas, com essas estruturas reprodutivas, as plantas conseguem independência do meio aquático para o processo reprodutivo, característica essencial para a conquista definitiva dessas plantas ao meio terrestre.