CARGA ELÉTRICA E A NATUREZA ELÉTRICA DA MATÉRIA:
Alguns corpos têm uma estrutura interna que possibilita o aparecimento de forças elétricas de atração e repulsão; fala-se, então, que tais corpos possuem CARGA ELÉTRICA.
Possuem carga elétrica livre as partículas elementares atômicas do modelo mais usado em geral, que são: elétrons negativos (leves e lépidos, dando origem à eletrosfera) e prótons positivos (pesados e fixos fortemente aos núcleos atômicos, juntamente com os nêutrons, que não possuem carga elétrica livre).
A carga elétrica é conservativa (a soma total das cargas é sempre a mesma para qualquer instante em um sistema). A carga elétrica é quantizada, isto é, tem sempre valor múltiplo inteiro da menor carga, chamada carga elementar, e, que é a carga mínima, do elétron e do próton, que foi calculada por Robert Millikan e vale:
onde C é Coulomb, unidade internacional de carga elétrica. A carga livre total (Q) será o número de cargas livres que vale: vezes a carga elementar (e), logo: , com n sendo um número inteiro absoluto. |
PROCESSOS DE ELETRIZAÇÃO:
ELETRIZAÇÃO POR CONTATO:
Os elétrons, que têm carga negativa, buscam espontaneamente regiões mais positivas, isto é, vão para o maior potencial até que o equilíbrio eletrostático, que é tensão nula entre os corpos, o que ocorre com cargas e potenciais iguais (corpos condutores idênticos envolvidos) ou com potenciais iguais e cargas diferentes (corpos com dimensões diferentes).
A carga final dos corpos é encontrada por média aritmética para corpos de mesma dimensão ou ponderada para corpos de dimensões diferentes, onde os pesos são os raios das esferas, isto é, quanto maior o raio da esfera, maior a carga elétrica final.
No fim do processo sempre ocorre repulsão, a não ser que as cargas finais sejam nulas.
PARA CORPOS IGUAIS, CARGA FINAL É MÉDIA ARITMÉTICA; PARA CORPOS DIFERENTES FAZER A CONSERVAÇÃO DE CARGA E A CARGA TOTAL PROPORCIONAL AO RAIO OU DIMENSÃO CARACTERÍSTICA. |
PROCESSOS DE ELETRIZAÇÃO:
ELETRIZAÇÃO POR ATRITO:
A energia cinética do movimento relativo entre os corpos gera energia de fricção que se torna calor, isto é, onda eletromagnética infravermelha, que pode arrancar elétrons de um corpo para o outro se a energia for suficiente.
Os corpos ficam com cargas opostas e se atraem no final do processo, pois um perde elétrons ficando positivo-oxidação e outro ganha elétrons ficando negativo-redução.
Uma série (chamada tribo-elétrica) informa quem ganha e quem perde elétrons em função da afinidade e da estrutura eletroquímica desses elementos.