COLISÕES MECÂNICAS COM SUPERFÍCIES PLANAS
• Quando a colisão é perpendicular à superfície plana, a variação de velocidade acaba sendo uma soma modular dos valores das velocidades inicial e final.
A variação da velocidade é a velocidade final menos a velocidade inicial, mas como essas duas velocidades têm a mesma direção e sentidos opostos, fica: “a variação da velocidade é a final menos menos a inicial, o que dá final mais inicial. Por exemplo, a bola da figura chega com 4m/s e volta depois de bater na parede com 2m/s, o que gera uma variação de velocidade nessa direção de 6m/s!! Lembrar que no caso o sistema bola não é isolado, então devemos usar o teorema do impulso para calcular forças médias e tempos de interação da bola com a parede:
• Cálculo do coeficiente de restituição: o coeficiente de restituição de velocidade relativa é a intensidade da velocidade relativa após a colisão pela intensidade da velocidade relativa antes da colisão. No caso acima, por exemplo, teríamos para a colisão horizontal da bola de futebol com a parede:
isto é, houve restituição de 50% da velocidade relativa.
• Para uma bola que é abandonada de uma altura h 1 , colide com o chão e retorna para uma altura menor h 2 , temos para a descida:
logo
e podemos fazer o mesmo para a subida imediatamente depois da colisão, o que resulta
Logo o coeficiente de restituição será
COLISÕES OBLÍQUAS COM SUPERFÍCIES PLANAS
Quando temos uma colisão diagonal de uma bolinha de massa m em uma parede plana de massa infinita devemos perceber que na direção do eixo x, perpendicular à parede não há conservação de quantidade de movimento, e:
E na direção y, paralela à parede, não há forças trocadas, portanto, há conservação da quantidade de movimento.
Claro que nesse caso, estamos desprezando forças de atrito da bolinha com a parede.
Na direção do eixo x:
Na direção do eixo y:
logo
o que nos leva a
supondo que a massa seja sempre constante.
COLISÕES ELÁSTICAS BIDIMENSIONAIS
Quando temos uma colisão elástica bidimensional devemos decompor o problema em duas direções perpendiculares, x e y da figura. O sistema é isolado, isto é, não há a ação de forças externas, logo o momento linear ou quantidade de movimento se conservam antes e depois da colisão, e a energia cinética total antes e depois da colisão se conserva também.
Conservação da quantidade de movimento:
Na direção x:
mas
logo:
Na direção y não há quantidade de movimento no início na mvertical, logo:
o que nos leva a:
E conservando a energia cinética temos:
o que nos leva a:
A solução do sistema formado pelas equações I, II e III nos permite calcular as velocidades e energias desconhecidas.
CENTRO DE MASSA: SISTEMA MECANICAMENTE ISOLADO
Em sistemas mecanicamente isolados, isto é, sem a atuação de forças externas e impulsos externos, tais como explosões e colisões, a quantidade de movimento se conserva, a aceleração do centro de massa é nula, a variação da velocidade do centro de massa é nula, isto é, a velocidade do centro de massa é constante, não se altera. Se além disso o centro de massa estiver inicialmente parado isso significa que sua velocidade é nula e continuará nula, mantendo o centro de massa imóvel na ausência de forças externas.
Lembrar que o centro de massa é o ponto do espaço que possui propriedades mecânicas como se toda a matéria e a massa do corpo estivessem concentradas ali.
Ex1: Quando um canhão atira uma bala para a frente e recua com uma velocidade menor que a bala, na medida que sua massa é maior que a da bala, isso ocorre pois o sistema é isolado e o centro de massa deve ser imóvel, o que significa deslocamento menor para a maior massa e maior para a menor massa. Isto é, a conservação da posição e velocidade do centro de massa de um sistema de partículas pode ser explicado ou por ação e reação, ou por conservação do momento linear.
Ex2: Uma pessoa de massa m percorre de uma ponta a outra uma prancha horizontal de massa M que pode se mover sobre o chão sem atrito. O tamanho da prancha é L e a velocidade da pessoa em relação à prancha é u. Qual o deslocamento da pessoa em relação ao chão?
• Pela conservação da quantidade de movimento temos:
logo
e portanto:
o que dá um deslocamento da prancha x, oposto ao da pessoa tal que:
o deslocamento da pessoa em relação ao chão, d, vale:
• Pela conservação da posição do centro de massa: