Termodinâmica - Máquinas térmicas, Motor e Rendimento
SEGUNDA LEI DA TERMODINÂMICA SEGUNDO CLAUSIUS E KELVIN-PLANCK:
1. SEGUNDA LEI DA TERMODINÂMICA SEGUNDO KELVIN-PLANCK:
É impossível retirar calor de uma fonte quente e ter como único resultado a realização de trabalho, isto é, sempre haverá energia rejeitada para a fonte fria, em geral o meio ambiente.
2. SEGUNDA LEI DA TERMODINÂMICA SEGUNDO CLAUSIUS:
É impossível retirar calor da fonte fria e transferir esse calor para a fonte quente através de uma única operação, isto é, teremos que forçar o processo através da realização de trabalho sobre o gás.
Para as geladeiras, falamos em coeficientes de eficácia, que dão uma ideia de quanto calor consegue-se transferir por unidade de trabalho, energia elétrica gasta, logo:
ou sendo que os sempre são maiores que um.
Quanto maior o coeficiente de eficácia, melhor o refrigerador.
Termodinâmica — Ciclo de Carnot
SEGUNDA LEI DA TERMODINÂMICA: USINAS E MÁQUINAS TÉRMICAS:
MÁQUINAS TÉRMICAS OU USINAS SÃO ARRANJOS E ENGENHOS QUE RETIRAM CALOR DE UMA FONTE QUENTE, REJEITAM PARTE DESSE CALOR E O RESTANTE É CONVERTIDO EM TRABALHO, EM GERAL, EM ELETRICIDADE PARA AS CIDADES.
FONTES TÉRMICAS SÃO LOCAIS COM CAPACIDADE TÉRMICA INFINITA, ISTO É, MESMO GANHANDO OU PERDENDO CALOR A TEMPERATURA DAS FONTES PERMANECE CONSTANTE.
É impossível retirar calor de uma fonte quente e ter como único resultado a realização de trabalho, isto é, sempre haverá energia rejeitada para a fonte fria, em geral o meio ambiente.
As máquinas de Carnot são compostas de quatro processos: uma expansão isotérmica, uma expansão adiabática, uma contração isotérmica e outra contração adiabática.
São as melhores máquinas realizáveis possíveis.
Termodinâmica - Segunda lei da termodinâmica e Clausius
SEGUNDA LEI DA TERMODINÂMICA: REFRIGERADORES
Nas geladeiras temos o ciclo de refrigeração básico; é um ciclo, no diagrama P x V anti-horário, forçado, temos que introduzir energia sob forma de trabalho elétrico no compressor.
O fluido de trabalho, que circula pela geladeira, ao passar pelo evaporador, que concentra todo calor retirado dos alimentos e da geladeira (Qf), evapora, vaporiza com o calor recebido da fonte fria, que são os alimentos. Ao vaporizar, o fluido expande-se, diminuindo a densidade e gerando uma corrente de convecção para cima. Depois o fluido passa pelo condensador irradiativo, onde cede calor para o meio externo (Qq). Ao ceder calor o fluido se liquefaz, passando pelo compressor, recebendo mais energia (W) e voltando para repetir o ciclo anterior. O compressor, que é o núcleo que mais consome energia elétrica e trabalho externo, tem as funções de liquefazer o fluido e fornecer energia cinética para auxiliar na circulação do mesmo (W).
Na geladeira temos então, de forma bem clara, uma fonte fria, os alimentos, uma fonte quente, a cozinha onde está a geladeira, e o calor é retirado do mais frio e dirigido para o mais quente: processo forçado, que deve ser alimentado pelo trabalho elétrico sobre o compressor.
Em geladeira não falamos muito em rendimento ou eficiência, e sim em EFICÁCIA, que é uma razão que pode ser o calor total retirado dos alimentos pelo trabalho elétrico ou gasto de energia externa ou pode ser também o calor total pelo trabalho. Isto é, dá uma noção de quanto calor é bombeado pela energia gasta.
EFICÁCIA: temos dois tipos como referência para testar geladeira:
ou , quanto maiores as eficácias, melhores as geladeiras.
Termodinâmica - Refrigeradores
CICLO DE CARNOT:
Sadi Carnot, em 1824, pensou em um ciclo que diminuísse as perdas e as dissipações. Conseguiu seu intento quando alternou duas isotérmicas e duas adiabáticas. Primeiro, a vaporização do fluido na caldeira, transformação latente, isotérmica, onde a fonte quente (o combustível queimando) fornece o calor para a vaporização. Depois, enquanto vapor, o mesmo atravessa a turbina, expansão adiabática, onde não deve haver troca de calor e onde é retirado trabalho do ciclo, primeiro na forma de energia rotacional da turbina, depois energia elétrica por indução de Faraday.
Depois de passar pela turbina, o vapor, a pressão menor, passa pelo condensador, cede calor para o meio externo e se torna líquido, transformação isotérmica novamente.
Finalmente o fluido passa pelo compressor adiabático, onde não troca calor mas tem aumento de pressão, ficando pronto para ser injetado, líquido comprimido, na caldeira novamente.
No ciclo de Carnot a variação de entropia é nula, pois nas adiabáticas não há troca de calor, o que leva e a entropia constante, e nas isotérmicas há variação de entropia igual em módulo, mas opostas em sinal (variação positiva para recebimento de calor, caldeira e negativa para perda de calor, condensador). Quando somamos tudo, resulta zero. E como a entropia é constante globalmente, o calor trocado é proporcional à temperatura da fonte, o que nos leva a substituir os calores na equação original do rendimento, o que dá a equação acima, isto é, o rendimento é 1 menos temperatura mínima sobre a máxima. O calor cedido nunca é nulo, portanto, não é POSSÍVEL RENDIMENTO DE 100%, OU SEJA, NÃO EXISTEM MÁQUINAS PERFEITAS. A de Carnot é a melhor máquina realizável possível. Nenhuma máquina, entre as mesmas temperaturas, pode ter rendimento maior que a de Carnot.