Utiliza-se a Equação de Taylor para determinar a velocidade (v) de propagação de uma onda em uma corda. Tal equação é dada pela seguinte expressão:
Onde:
T = intensidade da força de tração (em N) que está agindo na corda
μ = densidade linear de uma corda (no SI em kg/m)
A densidade linear de uma corda é dada pela seguinte expressão:
m = massa da corda (em kg)
L = comprimento útil da corda (em m)
Ao se vibrar uma corda, nem sempre se produz um som perfeito, pois tal som depende do formato da onda estacionária formada. Os sons harmoniosos são formados quando o comprimento total da corda é separado em intervalos inteiros de meios comprimentos de onda, conforme pode ser observado na figura a seguir:
Harmônicos em cordas vibrantes
Observação: De modo prático, para saber o harmônico formado basta contar a quantidade de ventres existentes na onda estacionária.
O cálculo da frequência de cada harmônico é dado pela seguinte expressão:
Onde:
n = número do harmônico que se deseja calcular a frequência (adimensional)
v = velocidade de propagação do som na corda em questão (m/s)
L = comprimento da corda (m)
Existem vários exemplos de instrumentos musicais que utilizam o princípio das cordas vibrantes para produzir sons, entre eles tem-se o violão.
Violão – Exemplo de cordas vibrantes
Os primeiros harmônicos produzidos em tubos sonoros abertos são apresentados na figura a seguir:
Harmônicos em tubos sonoros abertos nas duas extremidades
Observação: De modo prático, para saber o harmônico formado basta contar a quantidade de nós existentes na onda estacionária.
O cálculo da frequência de cada harmônico é dado pela seguinte expressão:
Onde:
n = número do harmônico que se deseja calcular a frequência (adimensional)
v = velocidade de propagação do som no ar (m/s)
L = comprimento do tubo (m)
Existem vários exemplos de instrumentos musicais que utilizam tubos sonoros abertos para produzir sons, entre eles tem-se a flauta andina.
Flauta Andina – Exemplo de Tubo Aberto
Nos tubos sonoros aberto em uma extremidade e fechado na outra extremidade, os sons harmoniosos são formados quando existe um nó na extremidade fechada e um ventre na extremidade aberta, isso significa que a onda estacionária é dividida em um quarto do comprimento de onda original. A figura a seguir apresenta os primeiros harmônicos desse tipo de instrumento:
Harmônicos em tubos sonoros aberto em uma extremidade e fechado na outra extremidade
Observação: Note que nesse tipo de tubo só se forma harmônicos ímpares, pois, quando forma um harmônico par, tal configuração produz um nó (interferência destrutiva) na extremidade aberta e assim não permite escutar tal som.
O cálculo da frequência de cada harmônico é dado pela seguinte expressão:
Onde:
n = número do harmônico que se deseja calcular a frequência (adimensional), nesse tipo de tubo ‘n’ sempre será um número ímpar.
v = velocidade de propagação do som no ar (m/s)
L = comprimento do tubo (m)
Existem vários exemplos de instrumentos musicais que utilizam tubos sonoros aberto em uma extremidade e fechado na outra para produzir sons, entre eles tem-se a bongô (um tipo de tambor).
Bongô – Exemplo de tubo aberto em uma extremidade e fechado na outra
Independentemente de você ser músico ou não, certamente você sabe identificar o que é um instrumento ou uma voz afinada. A afinação ocorre quando os instrumentos ou as vozes (mesmo possuindo diferentes timbres) emitem, simultaneamente, frequências iguais e produzem o mesmo harmônico.
Para afinar um determinado instrumento, faz-se necessário a comparação entre ondas estacionárias. Um músico sabe quando atingiu a afinação quando o som emitido por sua voz ou pelo seu instrumento entra em ressonância com o som produzido por um instrumento padrão (pode ser um diapasão, um afinador eletrônico ou algum outro instrumento musical já afinado).