Métodos
Em relação ao método utilizado pelos historiadores é importante ter em mente os seguintes conceitos: fonte, recortes e rupturas/continuidades
A história não existe sem fontes históricas. Toda pesquisa parte de fontes. As fontes históricas são os vestígios de determinadas épocas. Exemplos: objetos, relatos, fósseis, documentos… As fontes são coisas que levam a uma determinada época. Todo e qualquer vestígio deixado é uma fonte. Não existe fonte perfeita ou fonte desprezível. Toda fonte pode ou não ser utilizada, isto é definido por uma escolha do historiador
A seleção das fontes não é a única escolha que o historiador realiza. O historiador trabalha com recortes históricos. Ou seja, o historiador não estuda toda a história, há uma seleção dentro da cronologia. Estuda-se um período específico. A escolha das fontes está relacionada ao recorte. Cada período histórico deixa os seus tipos específicos de foto. Exemplo: Ao estudar a pré história, a foto não é uma opção de fonte visto que não existia.
Uma questão que se insere neste ponto é a subjetividade da história. A história é subjetiva e não uma ciência exata. A história formula discursos sobre o passado. Exemplo: Ao se estudar o período da Ditadura Militar no Brasil de forma crítica o historiador utiliza de fontes que realizam críticas a este período. Já ao estudar a Ditadura Militar a partir da visão do governo não se utiliza estas fontes críticas, caso utilize será contestando-as. Isto não significa que uma pesquisa seja mais correta do que a outra. Há apenas visões diferentes sobre o mesmo fato.
Quando falamos de história é importante diferenciar o passado do relato do passado. A história não é o passado propriamente e sim o conjunto de relatos a respeito do passado. A função do historiador é olhar para os acontecimentos do passado dentro de suas especificidades e abrangências e informar as diversas visões sobre. A história como ciência está relacionada com a problematização do passado e não apenas com a repetição deste. A história procura entender o que aconteceu a partir das fontes e reconstruir o passado da forma mais abrangente possível e este processo é subjetivo, parte da vontade do historiador.
Por fim, o historiador trabalhar a partir de duas coisas: rupturas e continuidades. A história é compreendida por meio de processos, nunca é algo rápido de apenas um fato que veio pronto. A história é uma sequência que é avaliada por meio de rupturas e continuidades. Um exemplo destas rupturas e continuidades é a linha do tempo. Esta é uma grande continuidade, entretanto, estabelecemos alguns marcos, como a queda do Império Romano do Ocidente, estes marcos são as rupturas.