Neste post falaremos sobre as características do Iluminismo e sua importância para a sociedade da época!
A partir do século XVIII, o Antigo Regime, modelo que havia existo na Europa até então começa a entrar em crise. Suas duas bases de sustentação, o absolutismo e o mercantilismo passaram a ser fortemente contestados.
Duas mudanças foram essenciais para o fim das práticas da Idade Moderna: A Revolução Industrial, que colocou em prática novas formas de produção econômica e o Iluminismo, que consistia em um conjunto de ideias, no campo intelectual.
O Iluminismo foi um movimento intelectual que construiu as bases teóricas para o novo período que se desenhava e que posteriormente ficou conhecida como Idade Contemporânea. O absolutismo e os poderes exercidos pelos monarcas, a Igreja e as práticas mercantilistas eram os principais focos de críticas dos iluministas.
As ideias iluministas baseavam-se no princípio da Razão, tornando-a a forma de explicação para a natureza, a filosofia, a história e o momento político pelo qual passava a Europa.
O Iluminismo tinha como pressupostos a defesa da liberdade e do progresso que só poderiam ser obtidos racionalmente.
Apesar de ser muito amplo e de atuar de maneiras diferentes em cada lugar, duas características eram comuns a esse pensamento: a defesa da liberdade econômica, com menor intervenção do estado na economia; e o Antropocentrismo, ou seja, o avanço da ciência e do pensamento racional em detrimento da religião e da fé para explicar os fenômenos.
A classe que mais apoiou e se beneficiou desse movimento foi a burguesia. Isto pois, apesar do poderio econômico que haviam adquirido, de forma geral, tinham pouca participação política.
O século XVIII ficou conhecido como Século das Luzes, ou século da ilustração, por conta desse movimento. O iluminismo teve seu apogeu na França, onde influenciou de forma significava a Revolução Francesa, cujo lema era: “Liberdade, Igualdade e Fraternidade”.
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Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, escrita em 1789, na França.
Um importante marco do Iluminismo francês foi a publicação “Enciclopédia ou Dicionário Razoado das Ciências, Artes e Ofícios”. Publicada entre 1751 e 1772, a obra tinha 35 volumes e foi organizada por Diderot e D’Alembert.
Essa obra foi importante, pois ajudou a difundir as ideias iluministas por toda a Europa, chegando inclusive no continente americano.
Capa da Encyclopédie, organizada por Diderot e D’Alembert.
O movimento iluminista alemão teve como seu principal representando o filósofo Immanuel Kant.
Como já dissemos a França foi o “berço do iluminsmo” e responsável pelos seus representantes mais conhecidos.
Voltaire foi um crítico ferrenho da monarquia e da Igreja.
Montesquieu defendeu a divisão dos três poderes: executivo, legislativo e judiciário.
Rousseau, em sua famosa obra “O contrato social” criticava a noção de representação política.
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Nomes importantes do iluminismo britânico foram John Locke, como sua obra “Do Espírito das Leis” e Adam Smith, pai do liberalismo, que escreveu a “Riqueza das Nações”
O pensamento iluminista exerceu grande influência nos pensadores das colônias britânicas onde se formariam o futuro Estados Unidos.
As ideias, importadas da metrópole influenciaram o pensamento político dos chamados Founding Fathers, que proclamaram a independência norte americana.
Entre eles estavam: John Adams, Thomas Jefferson e Benjamin Franklin.
Com o avanço das ideias iluministas, alguns representantes de Estado passaram a incorporá-las e ficaram conhecidos como Déspotas Esclarecidos.
Em geral, eram monarcas que, embora continuassem a exercer o poder de forma absoluta, adotaram algumas medidas que visavam a racionalização administrativa.
Com isso iam diminuindo alguns privilégios da nobreza e a influência da Igreja, defendendo o ensino laico.
Entre os mais famosos depostas esclarecidos estavam: Catarina da Rússia, Marquês de Pombal em Portugal, Frederico II da Prússia, Felipe V da Espanha e José II do Sacro Império Romano-Germânico.