O Renascimento foi o movimento artístico, cultural e social que prevaleceu durante o início da Idade Moderna. Nesse resumo trabalharemos com suas principais características.
Oficialmente, os historiadores consideram que a Idade Média acabou no ano de 1453, com a queda da cidade de Constantinopla, que marca o fim do Império Romano do Oriente.
O período que começou nessa data e se estendeu até o fim do século XVIII (1789) recebeu o nome de “Moderno”. Obviamente, não há uma ruptura em uma data específica que determina o fim ou o começo de um sistema.
Como vimos no resumos sobre Baixa Idade Média, a Europa já vinha passando por um processo de transição. Esse processo construiu bases e abriu espaços para as mudanças culturais, sociais, políticas e econômicas que ocorreram na Idade Moderna.
Nesse período, o olhar que os europeus tinham sobre o mundo e sobre eles mesmos mudou, graças a uma série de acontecimentos vivenciados.
As conquistas marítimas, a descoberta do Novo Mundo, o contato com outros povos, as reformas religiosas, os regimes políticos centralizados e a presença de novos atores sociais (como a burguesia) trouxeram uma nova perspectiva de mundo e é sobre ela que falaremos nesse texto.
Essa mudança de perspectiva que marca o início da Idade Moderna ficou conhecida como Renascimento. Como já mencionado, ele não foi um fenômeno de ruptura radical e definitiva com a Idade Média. Vários elementos da cultura cristã e da cultura clássica (greco-romana) se encontraram nesse movimento.
O Renascimento possuía algumas características específicas que o diferenciava de movimentos anteriores. Essas características influenciaram e alcançaram diversos aspectos da vida das pessoas e das sociedade europeias:
A visão teocêntrica (em que Deus era o centro do universo), que prevaleceu durante a Idade Média, passou a ser antropocêntrica (o homem passa a ser o centro). Ele deveria ser o condutor do seu caminho.
Isso não significou o fim da crença religiosa em Deus, mas sim uma mudança de visão de mundo que glorificava os feitos humanos e sua capacidade inventiva. Essa concepção enaltecia, principalmente, a liberdade e mobilidade experimentada pelos ideais do homem burguês.
Outra característica, atrelada à noção de Antropocentrismo, era o racionalismo. Essa teoria pressupõe a utilização da razão para construir suas conclusões, ao invés da fé.
A utilização da razão para explicar os fenômenos passou a ser um grande atributo humano. Os princípios explicados pela razão, que utilizavam a lógica, proporcionaram uma série de mudanças e descobertas nas ciências modernas.
Nesse período passaram a ser muito valorizados os estudos sobre a natureza. Esses trabalhos procurava entender o funcionamento da Terra, do sistema solar e desenvolver leis gerais para o funcionamento da natureza.
Também valorizavam os estudos de anatomia e das representações dos humanos, como pode ser observado na obra “O Homem Vitruviano”, de Leonardo Da Vinci. O desenho foi feito por volta de 1420.
É o principal valor da sociedade burguesa e moderna. Ele era acentuado na competição de um mundo comercial. Nas artes, isso influenciou a propagação de retratos.
Para os renascentistas, os antigos (gregos e romanos) desenvolveram instituições e saberes e por isso foram grandiosos. Eles procuravam estabelecer um vínculo entre o homem antigo e o moderno.