(Enem 2001) Nas conversas diárias, utiliza-se frequentemente a palavra próprio e ela se ajusta a várias situações. Leia os exemplos de diálogos: I. - A Vera se veste diferente! - É mesmo, é que ela tem um estilo PRÓPRIO. II. - A Lena já viu esse filme uma dezena de vezes! Eu não consigo ver o que ele tem de tão maravilhoso assim. - É que ele é PRÓPRIO para adolescente. III. - Dora, o que eu faço? Ando tão preocupada com o Fabinho! Meu filho está impossível! - Relaxa, Tânia! É PRÓPRIO da idade. Com o tempo, ele se acomoda. Nas ocorrências I, II e III, próprio é sinônimo de, respectivamente,
(ENEM) O mundo grande O mundo grande e cabe Nesta janela sobre o mar. O mar grande e cabe Na cama e no colcho de amar. O amor grande e cabe No breve espao de beijar ANDRADE, Carlos Drummond de. Poesia e prosa. Rio de Janeiro. Nova Aguilar 1983. Neste poema, o poeta realizou uma opo estilstica: a reiterao de determinadas construes e expresses lingusticas, como o uso da mesma conjuno para estabelecer a relao entre as frases. Essa conjuno estabelece, entre as ideias relacionadas, um sentido de
(ENEM - 2001) Murilo Mendes, em um de seus poemas, dialoga com a carta de Pero Vaz de Caminha: A terra mui graciosa, To frtil eu nunca vi. A gente vai passear, No cho espeta um canio, No dia seguinte nasce Bengala de casto de oiro. Tem goiabas, melancias, Banana que nem chuchu. Quanto aos bichos, tem-nos muito, De plumagens mui vistosas. Tem macaco at demais Diamantes tem vontade Esmeralda para os trouxas. Reforai, Senhor, a arca, Cruzados no faltaro, Vossa perna encanareis, Salvo o devido respeito. Ficarei muito saudoso Se for embora daqui. MENDES, Murilo. Murilo Mendes - poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994. Arcasmos e termos coloquiais misturam-se nesse poema, criando um efeito de contraste, como ocorre em:
(ENEM 2001) Os textos referem-se integrao do ndio chamada civilizao brasileira. I. Mais uma vez, ns, os povos indgenas, somos vtimas de um pensamento que separa e que tenta nos eliminar cultural, social e at fisicamente.A justificativa a de que somos apenas 250 mil pessoas e o Brasil no pode suportar esse nus.() preciso congelar essas idias colonizadoras, porque elas so irreais e hipcritas e tambm genocidas.() Ns, ndios, queremos falar, mas queremos ser escutados na nossa lngua, nos nossos costumes. Marcos Terena, presidente do Comit Intertribal Articulador dos Direitos Indgenas na ONU e fundador das Naes Indgenas, Folha de S. Paulo, 31 de agosto de 1994. II. O Brasil no ter ndios no final do sculo XXI () E por que isso? Pela razo muito simples que consiste no fato de o ndio brasileiro no ser distinto das demais comunidades primitivas que existiram no mundo. A histria no outra coisa seno um processo civilizatrio, que conduz o homem, por conta prpria ou por difuso da cultura, a passar do paleoltico ao neoltico e do neoltico a um estgio civilizatrio. Hlio Jaguaribe, cientista poltico, Folha de S. Paulo, 2 de setembro de 1994. Pode-se afirmar, segundo os textos, que: