Voc foi estudar para o vestibular na casa de um/a colega de classe em um final de semana. L, em meio a leituras e resoluo de exerccios, voc percebeu a presena de uma empregada domstica trabalhando de dia e de noite. Intrigado/a, perguntou ao seu/sua colega a respeito da funcionria e foi surpreendido/a com a resposta de que ela morava em casa e era considerada parte da famlia. No convencido/a, voc decidiu denunciar aquela situao ao Ministrio Pblico do Trabalho. Elabore uma carta-denncia em cujo texto voc: a) descreva uma situao testemunhada na casa de seu colega que pode ser considerada crime e b) argumente no sentido de defender os direitos daquela empregada domstica. Voc deve, obrigatoriamente, se apropriar de elementos da coletnea a seguir, demonstrando leitura crtica dela na elaborao de seu texto. 1. O Ministrio do Trabalho e Emprego resgatou 1.443 pessoas em condies anlogas escravido no primeiro semestre de 2023. quase o dobro do total de 771 resgates feitos em todo o primeiro semestre de 2022. Os registros cresceram especialmente aps a liberao de trabalhadores encontrados em situao degradante em vincolas no Rio Grande do Sul, em fevereiro. Os dados oficiais sugerem um aumento de casos de escravido contempornea no Brasil, mas a questo : aumentaram os crimes ou as denncias? De fato, a fiscalizao aumentou desde o incio do atual governo. At junho de 2023 foram realizadas 174 aes, contra 63 no mesmo perodo de 2022. Os 1.443 resgates so o maior resultado dos ltimos 12 anos.(Adaptado de: 135 anos aps a Lei urea, trabalho anlogo escravido tem pice em 12 anos. Folha de So Paulo, 03/07/2023.) 2. Sa de Belo Horizonte com 19 anos e fui para o Rio de Janeiro 3. trabalhar como empregada domstica. Fiquei mais de 50 anos com a mesma famlia. A patroa providenciou meus documentos pessoais e carteira de trabalho. A carteira nunca ganhou uma assinatura. Fazia tudo na casa e levava as crianas para a escola. Vi os filhos crescerem, se casarem e at nascer um neto da patroa. Morava num condomnio fechado e passava o tempo todo fazendo o servio da casa. No podia parar para sentar, a patroa reclamava. Na hora de dormir, eu colocava um colchonete no cho do escritrio. No reclamava, porque eu no tinha outro lugar para morar. No comeo, a dona da casa era boa pra mim, comprava minhas roupas. Nunca tirei frias na vida e tambm no tinha salrio. Ela me falava que o meu salrio ajudava nas compras da casa. Quando a patroa bebia, ficava violenta, a me batia sem motivo. Eu j no aguentava mais o sofrimento que estava passando ali. s vezes chorava escondida nos cantos. Um dia falei tudo o que acontecia para a vizinha, que sempre me vigiava e via a patroa me xingando. Fui resgatada em setembro de 2021. (Adaptado de: SANTANA, J.; FLORA, K. Escravido hoje: mulheres afetadas pelo trabalho escravo lutam por indenizao. Depoimento de Vera, 75 anos (nome fictcio). Folha de So Paulo, 02/07/2023.) 3. LOBATO, M. Quitutes da Tia Nastcia. Stio do Picapau Amarelo. Ilustrao do DVD. 4. Uma herana se transfere de gerao em gerao. Exemplo disso a perpetuao da escravido dentro dos homens, o que gera a ral de novos escravos hoje em dia, ainda que, formalmente, no exista mais escravido. O caso atual da explorao da ral brasileira pela classe mdia para poupar tempo de tarefas domsticas, sujas e pesadas que lhe permite utilizar o tempo roubado a preo vil em atividades mais produtivas e mais bem-remuneradas mostra uma funcionalidade da misria. Essa luta de classes silenciosa exime toda uma classe dos cuidados com os filhos e da vida domstica, transformando o tempo poupado em dinheiro e aprendizado qualificador. A classe roubada, no caso, condenada eternamente a desempenhar os mesmos papis secularmente servis. (Adaptado de: SOUZA, J. A criao da ral de novos escravos como continuao da escravido no Brasil moderno. A elite do atraso: da escravido a Bolsonaro. Rio de Janeiro: Estao Brasil, p. 84-85, 2019.) 5. Se voc, leitora amiga, no sabe como transformar sua empregada domstica em auxiliar responsvel e amiga da dona de casa, no sabe como conseguir e manter a to sonhada paz domstica e, sobretudo, como no perder na luta para no ficar fazendo o trabalho da empregada deixando de lado [seus] afazeres normais, eis aqui alguns jeitinhos astutos para amaciar, domesticar, enfim, domar como um bicho bravo a sua empregada. Antes de mais nada, se sua empregada no possuir rdio prprio, fornea-lhe um; d as ordens em tom calmo e firme para no despertar a fera que existe em cada um[a] de ns; use a estimulante frmula Ns. Por exemplo: hoje ns vamos comprar peixe, precisamos fazer faxina aqui na cozinha [...]. Truques como esses e outros mais compem o guia prtico da mulher independente, intitulado A aventura de ser dona-de-casa (dona-de-casa vs. empregada): um assunto srio visto com bom humor, escrito por Tania Kaufmann, em 1975, com o apoio da irm, a escritora Clarice Lispector. (Adaptado de: RONCADOR, S. A domstica imaginria: literatura, testemunhos e a inveno da empregada domstica no Brasil (1889-1999). Braslia: Editora Universidade de Braslia, p. 136, 2008.) 6. Dados recentemente divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica (IBGE), por ocasio dos 10 anos da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) das Domsticas, mostraram que houve retrocessos nos ltimos anos nas garantias dadas categoria de trabalhadores domsticos. Trabalho domstico no favor, uma profisso. Se hoje temos queda do nmero de carteiras assinadas em nossa categoria, porque esto sonegando nossos direitos para burlar a lei. Se a elite brasileira quer ter empregados em casa, ento precisa se conscientizar sobre o cumprimento dos direitos trabalhistas de quem emprega, afirma Maria Izabel Monteiro, presidenta do Sindicato dos Trabalhadores Domsticos do Municpio do Rio de Janeiro. (Adaptado de: MIRANDA, E. PEC das Domsticas completa 10 anos com queda no nmero de vagas com carteira assinada. Brasil de fato. 12/04/2023.)
INSTRUES PARA A REDAO 1. O rascunho da redao deve ser feito no espao apropriado. 2. O texto definitivo deve ser escrito tinta preta, na folha prpria, em at 30 (trinta) linhas. 3. A redao que apresentar cpia dos textos da Proposta de Redao ou do Caderno de Questes ter o nmero de linhas copiadas desconsiderado para a contagem de linhas. 4. Receber nota zero, em qualquer das situaes expressas a seguir, a redao que: 4.1. tiver at 7 (sete) linhas escritas, sendo considerada texto insuficiente; 4.2. fugir ao tema ou no atender ao tipo dissertativoargumentativo; 4.3. apresentar parte do texto deliberada mente desco - nectada do tema proposto; 4.4. apresentar nome, assinatura, rubrica ou outras formas de identificao no espao destinado ao texto. TEXTO I O trabalho de cuidado no remunerado e mal pago e a crise global da desigualdade O trabalho de cuidado essencial para nossas sociedades e para a economia. Ele inclui o trabalho de cuidar de crianas, idosos e pessoas com doenas e deficincias fsicas e mentais, bem como o trabalho domstico dirio que inclui cozinhar, limpar, lavar, consertar coisas e buscar gua e lenha. Se ningum investisse tempo, esforos e recursos nessas tarefas dirias essenciais comunidades, locais de trabalho e economias inteiras ficariam estagnados. Em todo o mundo, o trabalho de cuidado no remunerado e mal pago despropor cionalmente assumido por mulheres e meninas em situao de pobreza, especialmente por aquelas que pertencem a grupos que, alm da discriminao de gnero, sofrem preconceito em decorrncia de sua raa, etnia, nacionalidade e sexualidade. As mulheres so responsveis por mais de trs quartos do cuidado no remunerado e compem dois teros da fora de trabalho envolvida em atividades de cuidado remuneradas. Documento Informativo Tempo de cuidar. Disponvel em: hitps://www.oxfam.org.br. Acesso em: 18 de jul. de 2023 (adaptado). TEXTO II Mdia de horas dedicadas pelas pessoas de 14 anos ou mais de idade aos afazeres domsticos e/ou s tarefas de cuidado de pessoas, por sexo Fonte: IBGE Pnad contnua anual Disponvel em: https://agenciadenoticias.ibge.gov.br. Acesso em: 18 de jul. 2023 (adaptado). TEXTO III A sociedade brasileira tem passado por inmeras transformaes sociais ao longo das ltimas dcadas. Entre elas, as percepes sociais a respeito dos valores e das convenes de gnero e a forma como mulheres tm se inserido na sociedade. Algumas permanncias, porm, chamam a ateno, como a delegao quase que exclusiva s famlias e, nestas, s mulheres de atividades relacionadas reproduo da vida e da sociedade, usualmente nominadas trabalho de cuidado. Disponvel em: https://repositorio.ipea.gov.br. Acesso em: 24 maio 2023 (adaptado). TEXTO IV Capa da revista Pesquisa. Disponvel em: https:// revistapesquisa.fapesp.br. Acesso em: 23 maio 2023 (adaptado). PROPOSTA DE REDAO A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construdos ao longo de sua formao, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da lngua portuguesa sobre o tema Desafios para o enfrentamento da invisibilidade do trabalho de cuidado realizado pela mulher no Brasil, apresentando proposta de interveno que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para a defesa de seu ponto de vista.
(ENEM - 2022) Texto I Voc sabe quais so as comunidades e os povos tradicionais brasileiros? Talvez indgenas e quilombolas sejam os primeiros que passam pela cabea, mas, na verdade, alm deles, existem 26 reconhecidos oficialmente e muitos outros que ainda no foram includos na legislao. So pescadores artesanais, quebradeiras de coco babau, apanhadores de flores sempre-vivas, caatingueiros, extrativistas, para citar alguns, todos considerados culturalmente diferenciados, capazes de se reconhecerem entre si. Para uma pesquisadora da UnB, essas populaes consideram a terra como uma me, e h uma relao de reciprocidade com a natureza. Nessa troca, a natureza fornece alimento, um lugar saudvel para habitar, para ter gua. E elas se responsabilizam por cuidar dela, por tirar dela apenas o suficiente para viver bem e respeitam o tempo de regenerao da prpria natureza, diz. Disponvel em:https://g1.globo.comAcesso em 17 jun. 2022 (Adaptado). Texto II Texto III Povos e comunidades tradicionais O Ministrio do Desenvolvimento Social (MDS) preside, desde 2007, a Comisso Nacional de Desenvolvimento Sustentvel dos Povos e Comunidades Tradicionais (CNPCT), criada em 2006. Fruto dos trabalhos da CNPCT, foi instituda, por meio do Decreto n 6.040, de 7 de fevereiro de 2017, a Poltica Nacional de Desenvolvimento Sustentvel dos Povos e Comunidades Tradicionais (PNPCT). A PNPCT foi criada em um contexto de busca de reconhecimento e preservao de outras formas de organizao social por parte do Estado. Disponvel em:http://mds.gov.brAcesso em 17 jun. 2022 (Adaptado) Texto IV Carta da Amaznia 2021 Aos participantes da 26 Conferncia das Naes Unidas sobre Mudanas Climticas (COP26) No podia ser mais estratgico para ns, Povos Indgenas, Populaes e Comunidades Tradicionais brasileiras, reafirmarmos a defesa da sociobiodiversidade amaznica nesse momento em que o mundo volta a debater a crise climtica da COP26. Uma crise que atinge, em todos os contextos, os viventes da Terra! Nossos territrios protegidos e direitos respeitados so as reivindicaes dos movimentos sociais e ambientais brasileiros. No compactuamos com qualquer tentativa e estratgia baseada somente na lgica do mercado, com empresas que apoiam legislaes ambientais que ameaam nossos direitos e com mecanismos de financiamento que no condizem com a realidade dos nossos territrios. Propomos o que temos de melhor: a experincia das nossas sociedades e culturas histricas, construdas com base em nossos saberes tradicionais e ancestrais, alm de nosso profundo conhecimento da natureza. Inovao, para ns, no pode resultar em processos que venham a ameaar nossos territrios, nossas formas tradicionais e harmnicas de viver e produzir. Amaznia, Brasil, 20 de outubro de 2021. Entidades signatrias:CNS; Coiab; Conaq; MIQCB; Coica; ANA Amaznia e Confrem Disponvel em:https://s3.amazonaws.com. Acesso em: 17 jun. 2022 (adaptado) PROPOSTA DE REDAO A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construdos ao longo de sua formao, redija um texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da lngua portuguesa sobre o tema Desafios para a valorizao de comunidades e povos tradicionais no Brasil, apresentando proposta de interveno que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para a defesa de seu ponto de vista.
(ENEM - 2021) TEXTOS MOTIVADORES TEXTO I Toda sexta-feira, o nibus azul e branco estacionadono ptio da Vara da Infncia e da Juventude, na Praa Onze, Centro do Rio, sacoleja com o entra e sai de gente a partir das 9h. Do lado de fora, nunca menos de 50 pessoas, todas pobres ou muito pobres, quase todas negras, cercam o veculo, perguntam, sentam e levantam, perguntam de novo e esperam sem reclamar o tempo que for preciso. Adultos, velhos e crianas esto ali para conseguir o que, no Brasil, oficialmente reconhecido como o primeiro documento da vida - a certido de nascimento. [...] Ao longo do discurso desses entrevistados, fica clara a forma como os usurios se definem: zero esquerda, cachorro, um nada, a pessoa que no existe, entre outras, todas so expresses que conformam claramente a ideia da pessoa sem registro de nascimento sobre si mesma como uma pessoa sem valor, cuja existncia nunca foi oficialmente reconhecida pelo estado. ESCSSIA, F. M.Invisveis:uma etnografia sobre identidade, direitos e cidadania nas trajetrias de brasileiros sem documento. Tese (Doutorado em Histria, Poltica e Bens Culturais). Fundao Getlio Vargas. Rio de Janeiro, 2019. TEXTO II A lei N 9 534 DE 1997 tornou o registro de nascimento gratuito no Brasil. S que o problema persiste, mostrando que a excluso complexa e no se explica apenas pela dificuldade financeira em pagar pelo registro, por exemplo. Fonte: IBGE (Dados de 2015) Disponvel em: https://estudio.r7.com/ Acesso em: jul. 2021 (Adaptado) TEXTO III A certido de nascimento o primeiro e mais importante documento do cidado. Com ele, a pessoa existe oficialmente para o Estado e a sociedade. S de posse da certido possvel retirar outros documentos civis, como a carteira de trabalho, a carteira de identidade, o ttulo de eleitor e o Cadastro de Pessoa Fsica (CPF). Alm disso, para matricular uma criana na escola e ter acesso a benefcios sociais, a apresentao do documento obrigatria. Dsiponvel em: https://senado.leg.br// Acesso em: 21 jul. 2021 TEXTO IV PROPOSTA DE REDAO A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construdos ao longo da sua formao, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da lngua portuguesa sobre o tema Invisibilidade e registro civil: garantia de acesso cidadania no Brasil, apresentando proposta de interveno que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para a defesa de seu ponto de vista.
(ENEM - 2020) TEXTOS MOTIVADORES TEXTO I A maior parte das pessoas, quando ouve falar em sade mental, pensa em doena mental. Mas a sade mental implica muito mais que a ausncia de doenas mentais. Pessoas mentalmente saudveis compreendem que ningum perfeito, que todos possuem limites e que no se pode ser tudo para todos. Elas vivenciam diariamente uma srie de emoes como alegria, amor, satisfao, tristeza, raiva e frustrao. So capazes de enfrentar os desafios e as mudanas da vida cotidiana com equilbrio e sabem procurar ajuda quando tm dificuldades em lidar com conflitos, perturbaes, traumas ou transies importantes nos diferentes ciclos da vida. A sade mental de uma pessoa est relacionada forma como ela reage s exigncias da vida e ao modo como harmoniza seus desejos, capacidades, ambies, ideias e emoes. Todas as pessoas podem apresentar sinais de sofrimento psquico em alguma fase da vida. Disponvel em: http://www.saude.pr.gov.br. Acesso em: 27 jul. 2020 (adaptado). TEXTO II A origem da palavra estigma aponta para marcas ou cicatrizes deixadas por feridas. Por extenso em um perodo que remonta a Grcia Antiga passou a designar tambm as marcas feitas com ferros em brasa em criminosos escravos e outras pessoas que se desejava separar da sociedade correta e honrada. Essa mesma palavra muitas vezes est presente no universo das doenas psiquitricas. No lugar da marca de ferro relegamos preconceito,falta de informao e tratamentos precrios a pessoas que sofrem de depresso,ansiedade, transtorno bipolar e outros transtornos mentais graves. Achar que a manifestao de um transtorno mental frescura est relacionado a um ideal de felicidade que nao igual para todo mundo. A tentativa de se encaixar nesse modelo cria distncia dos sentimentos reais e quem os demonstra rotulado o que progressivamente dificulta a inteno social. aqui que redes sociais de enorme popularidade mostram uma face cruel desempenhando um papel de validao da vida perfeita e criando um ambiente em tudo que deve ser mostrado em seu melhor ngulo. Fora dos holofotes da internet, porm, transtornos mentais mostram-se mais presentes do que se imagina. http://www.abrata.obg.br. Acesso em: 27 jul. 2020 (adaptado). TEXTO III Disponvel em: https://zenklub.com.br Acesso em: 27 jul. 2020 (adaptado). PROPOSTA DE REDAO A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construdos ao longo de sua formao, redija um texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da lngua portuguesa sobre o tema O estigma associado s doenas mentais na sociedade brasileira, apresentando proposta de interveno que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
(ENEM - 2019) TEXTO I No dia da primeira exibio pblica de cinema - 28 de dezembro de 1895, em Paris -, um homem de teatro que trabalhava com mgicas, Georges Mlies, foi falar com Lumire, um dos inventores do cinema; queria adquirir um aparelho, e Lumire desencorajou-o, disse-lhe que o Cinematgrapho no tinha o menor futuro como espetculo, era um instrumento cientfico para reproduzir o movimento e s poderia servir para pesquisas. Mesmo que o pblico, no incio, se divertisse com ele, seria uma novidade de vida breve, logo cansaria. Lumire enganou-se. Como essa estranha mquina da austeros cientistas virou uma mquina de contar estrias para enormes plateias, de gerao em gerao, durante j quase um sculo. BERNARDET, Jean-Claude. O que cinema. In BERNARDET, Jean-Clause; ROSSI, Clvis. O que Jornalismo, O que Editora, O que Cinema. So Paulo: Brasilense, 1993. TEXTO II Edgar Morin define o cinema como uma mquina que registra a existncia e restitui como tal, porm levando em considerao o indivduo, ou seja, o cinema seria um meio de transpor para a tela o universo pessoal, solicitando a participao do espectador. GUTFREIND,C. F. O filme e a representao do real. E-Comps, v.6, 11, 2006(adaptado). TEXTO III Disponvel em: www.meioemensagem.com. Acesso em 12 jun. 2019(adaptado). TEXTO IV O Brasil j teve um parque exibidor vigoroso e descentralizado: quase 3.300 salas em 1975, uma para cada 30.00 habitantes, 80% em cidades do interior. Desde ento, o pas mudou. Quase 120 milhes de pessoas a mais passaram a viver nas cidades. A urbanizao acelerada, a falta de investimento em infraestrutura urbana, a baixa capitalizao das empresas exibidoras, as mudanas tecnolgicas, entre outros fatores, alteraram a geografia do cinema. Em 1997, chegamos a pouco mais de 1.000 salas. com a expanso dos shopping centers, a atividade de exibio se reorganizou. O nmero de cinemas duplicou, at chegas s atuais 2.200 salas. Esse crescimento porm,, alm de insuficiente (o Brasil apenas o 60 pas na relao habitantes por sala), ocorreu de forma concentrada. Foram privilegiadas as reas de renda mais alta das grandes cidades. Populaes inteiras foram excludas do universo do cinema ou continuam mal atendidas: o Norte e o Nordeste, as periferias urbanas, as cidades pequenas e mdias do interior. Disponvel em: https://cinemapertodevoce.ancine.gov.br. Acesso em: 12 jun. 2019 (fragmento). A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construdos ao longo de sua formao, redija um texto dissertativo-argumentativo em norma padro da lngua portuguesa sobre o temaA democratizao do acesso ao cinema no Brasil apresentando proposta de interveno que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
(ENEM -2018) INSTRUES PARA A REDAO: 1. O rascunho da redao deve ser feito no espao apropriado. 2. O texto deve ser escrito tinta, na folha prpria, em at 30 linhas? 3. A redao que apresentar cpia dos textos da Proposta de Redao ou do Caderno de Questes ter o nmero de linhas copiadas desconsiderado para efeito de correo. 4. Receber nota zero, em qualquer das situaes expressas a seguir, a redao que: 4.1 tiver at 7 (sete) linhas escritas, sendo considerada texto insuficiente. 4.2 fugir ao tema ou que no atender ao tipo dissertativo-argumentativo. 4.3 apresentar parte do texto deliberadamente desconectada do tema proposto. TEXTOS MOTIVADORES TEXTO I s segundas-feiras pela manh, os usurios de um servio de msica digital recebem uma lista personalizada de msicas que lhes permite descobrir novidades. Assim como os sistemas de outros aplicativos e redes sociais, este crebro artificial consegue traar um retrato automatizado do gosto de seus assinantes e constri uma mquina de sugestes que no costuma falhar. O sistema se baseia em um algoritmo cuja evoluo e usos aplicados ao consumo cultural so infinitos. De fato, plataformas de transmisso de vdeo on-line comeam a desenhar suas sries de sucesso rastreando o banco de dados gerado por todos os movimentos dos usurios para analisar o que os satisfaz. O algoritmo constri assim um universo cultural adequado e complacente com o gosto do consumidor, que pode avanar at chegar sempre a lugares reconhecveis. Dessa forma, a filtragem de informao feita pelas redes sociais ou pelos sistemas de busca pode moldar nossa maneira de pensar. E esse o problema principal: a iluso de liberdade de escolha que muitas vezes gerada pelos algoritmos. VERD, Daniel. O gosto na era do algoritmo. Disponvel em: https://brasil.elpais.com. Acesso em: 11 jun. 2018 (adaptado). TEXTO II Nos sistemas dos gigantes da internet, a filtragem de dados transferida para um exrcito de moderadores em empresas localizadas do Oriente Mdio ao Sul da sia, que tm um papel importante no controle daquilo que deve ser eliminado da rede social, a partir de sinalizaes dos usurios. Mas a informao ento processada por um algoritmo, que tem a deciso final. Os algoritmos so literais. Em poucas palavras, so uma opinio embrulhada em cdigo. E estamos caminhando para umestgio em que a mquina que decide qual notcia deve ou no ser lida. PEPE ESCOBAR. A silenciosa ditadura do algoritmo. Disponvel em: http://outraspalavras.net. Acesso em: 5 jun. 2017 (adaptado). TEXTO III Internet no Brasil em 2016. Disponvel em: www.ibge.gov.br. Acesso em: 18 jun. 2018 (adaptado). TEXTO IV Mudanas sutis nas informaes s quais somos expostos podem transformar nosso comportamento. As redes tm selecionado as notcias sob ttulos chamativos como trending topics ou critrios como relevncia. Mas ns praticamente no sabemos como isso tudo filtrado. Quanto mais informaes relevantes tivermos nas pontas dos dedos, melhor equipados estamos para tomar decises. No entanto, surgem algumas tenses fundamentais: entre a convenincia e a deliberao; entre o que o usurio deseja e o que melhor para ele; entre a transparncia e o lado comercial. Quanto mais os sistemas souberem de sobre voc em comparao ao que voc sabe sobre eles, h mais riscos de suas escolhas se tornarem apenas uma srie de reaes a cutucadas invisveis. O que est em jogo no tanto a questo homem versus mquina, mas sim a disputa deciso informada versusobedincia influenciada. CHATFIELD, Tom. Como a internet influencia secretamente nossas escolhas. Disponvel em: www.bbc.com. Acesso em: 3 jun. 2017 (adaptado). PROPOSTA DE REDAO A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construdos ao longo de sua formao, redija um texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da lngua portuguesa sobre o tema Manipulao do comportamento do usurio pelo controle de dados na internet, apresentando proposta de interveno que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construdos ao longo de sua formao, redija um texto dissertativo-argumentativo em norma padro da lngua portuguesa sobre o temaDesafios para a formao educacional de surdos no Brasil apresentando proposta de interveno que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista. TEXTO I A educao constitui direito da pessoa com deficincia, assegurados sistema educacional inclusivo em todos os nveis e aprendizado ao longo de toda a vida, de forma a alcanar o mximo desenvolvimento possvel de seus talentos e habilidades fsicas, sensoriais, intelectuais e sociais, segundo suas caractersticas, interesses e necessidades de aprendizagem. Pargrafo nico. dever do Estado, da famlia, da comunidade escolar e da sociedade assegurar educao de qualidade pessoa com deficincia, colocando-a a salvo de toda forma de violncia, negligncia e discriminao. Art. 28. Incumbe ao poder pblico assegurar, criar, desenvolver, implementar, incentivar, acompanhar e avaliar: IV oferta de educao bilngue, em Libras como primeira lngua e na modalidade escrita da lngua portuguesa como segunda lngua, em escolas e classes bilngues e em escolas inclusivas; XII oferta de ensino da Libras, do Sistema Braille e de uso de recursos de tecnologia assistiva, de forma a ampliar habilidades funcionais dos estudantes, promovendo sua autonomia e participao; BRASIL. Lei n 13.146, de 6 de julho de 2015. Disponvel em:www.planalto.gov.brAcesso em: 9 de jun. 2017 (adaptado) TEXTOII (Enem/Inep) TEXTO IV No Brasil, os surdos s comearam a ter acesso educao durante o Imprio, no governo de Dom Pedro II, que criou a primeira escola de educao de meninos surdos, em 26 de setembro de 1857, na antiga capital do Pas, o Rio de Janeiro. Hoje, no lugar da escola funciona o Instituto Nacional de Educao de Surdos (Ines). Por isso, a data foi escolhida como Dia do Surdo. Contudo, foi somente em 2002, por meio da sano daLei n 10.436, que a Lngua Brasileira de Sinais (Libras) foi reconhecida comomeio legal de comunicao e expressono Pas. A legislao determinou tambm que deve ser garantido, por parte do poder pblico em geral e empresas concessionrias de servios pblicos, formas institucionalizadas de apoiar o uso e difuso de Libras como meio de comunicao objetiva. Disponvel em:www.brasil.gov.brAcesso em: 9 de jun 2017 (adaptado)
(ENEM - 2016 - 2 aplicao) TEXTOS MOTIVADORES TEXTO I Ascendendo condio de trabalhador livre, antes ou depois da abolio, o negro se via jungido a novas formas de explorao que, embora melhores que a escravido, s lhe permitiam integrar-se na sociedade e no mundo cultural, que se tornaram seus, na condio de um subproletariado compelido ao exerccio de seu antigo papel, que continuava sendo principalmente o de animal de servio. [] As taxas de analfabetismo, de criminalidade e de mortalidade dos negros so, por isso, as mais elevadas, refletindo o fracasso da sociedade brasileira em cumprir, na prtica, seu ideal professado de uma democracia racial que integrasse o negro na condio de cidado indiferenciado dos demais. RIBEIRO, D. O povo brasileiro: a formao e o sentido do Brasil. So Paulo: Companhia das Letras. 1995 (fragmento) TEXTO II LEI N 7.716, DE 5 DE JANEIRO DE 1989 Define os crimes de resultantes de preconceito de raa ou de cor Art 1 Sero punidos, na forma desta Lei, os crimes resultantes de discriminalizao ou preconceito de raa, cor, etnia, religio ou procedncia nacional. Disponvel em www.planalto.gov.br. Acesso em 25 de maio de 2016 (fragmento) TEXTO III Disponvel em: www12.senado.leg.br. Acesso em: 25 maio 2016. TEXTO IV O que so aes afirmativas Aes afirmativas so polticas pblicas feitas pelo governo ou pela iniciativa privada com o objetivo de corrigir desigualdades raciais presentes na sociedade, acumuladas ao longo de anos. Uma ao afirmativa busca oferecer igualdade de oportunidades a todos. As aes afirmativas podem ser de trs tipos: com o objetivo de reverter a representao negativa; para promover igualdade de oportunidades; e para combater o preconceito e o racismo. Em 2012, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu por unanimidade que as aes afirmativas so constitucionais e polticas essenciais para a reduo de desigualdades e discriminaes existentes no pas No Brasil, as aes afirmativas integram uma agenda de combate herana histrica de escravido, segregao racial e racismo contra a populao negra. Disponvel em www.seppir.gov.br. Acesso em 25 de maio de 2016 (fragmento) PROPOSTA DE REDAO A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construdos ao longo de sua formao, redija um texto dissertativo-argumentativo em norma padro da lngua portuguesa sobre o tema Caminhos para combater o racismo no Brasil, apresentando proposta de interveno que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista. Instrues: 1. Sua redao deve ser escrita mo em uma folha padro do Me Salva! ou em uma folha de caderno comum 2. O texto definitivo deve ser escrito em at 30 linhas. 3. A redao que apresentar cpia dos textos da Proposta de Redao ou do Caderno de Questes ter o nmero de linhas copiadas descontado para efeito de correo. Receber nota zero, em qualquer das situaes expressas a seguir, a redao que: - tiver at 7 (sete) linhas escritas, sendo considerada insuficiente. - fugir ao tema ou que no atender ao tipo dissertativo-argumentativo. - apresentar parte do texto deliberadamente desconectada com o tema proposto.
(Enem-2016) Proposta de Redação Texto I Em consonância com a Constituição da República Federativa do Brasil e com toda a legislação que assegura a liberdade de crença religiosa às pessoas, além de proteção e respeito às manifestações religiosas, a laicidade do Estado deve ser buscada, afastando a possibilidade de interferência de correntes religiosas em matérias sociais, políticas, culturais etc. Disponível em: www.mprj.mp.br. Acesso em: 21 maio 2015 (fragmento). Texto II O direito de criticar dogmas e encaminhamentos é assegurado como liberdade de expressão, mas atitudes agressivas, ofensas e tratamento diferenciado a alguém em função de crença ou de não ter religião são crimes inafiançáveis e imprescritíveis. STECK, J. Intolerância religiosa é crime de ódio e fere a dignidade. Jornal do Senado. Acesso em: 21 maio 2016 (fragmento). Texto III CAPÍTULO I Dos Crimes Contra o Sentimento Religioso Ultraje a culto e impedimento ou perturbação de ato a ele relativo. Art. 208 Escarnecer de alguém publicamente, por motivo de crença ou função religiosa; impedir ou perturbar cerimônia ou prática de culto religioso; vilipendiar publicamente ato ou objeto de culto religioso: Pena detenção, de um mês a um ano, ou multa. Parágrafo único Se há emprego de violência, a pena é aumentada de um terço, sem prejuízo da correspondente à violência. BRASIL. Código Penal. Disponível em: www.planalto.gov.br. Acesso em: 21 maio 2016 (fragmento). Texto IV A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema Caminhos para combater a intolerância religiosa no Brasil, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
(ENEM 2015) A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “A persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista. TEXTO I Nos 30 anos decorridos entre 1980 e 2010 foram assassinadas no país acima de 92 mil mulheres, 43,7 mil só na última década. O número de mortes nesse período passou de 1.353 para 4.465, que representa um aumento de 230%, mais que triplicando o quantitativo de mulheres vítimas de assassinato no país. WALSELFISZ, J. J. Mapa da Violência 2012. Atualização: Homicídio de mulheres no Brasil. Disponível em: www.mapadaviolencia.org.br. Acesso em: 8 jun. 2015. TEXTO II TEXTO III TEXTO IV INSTRUÇÕES: O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado. O texto definitivo deve ser escrito à tinta, na folha própria, em até 30 linhas. A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação ou do Caderno de Questões terá o número de linhas copiadas desconsiderado para efeito de correção. Receberá nota zero, em qualquer das situações expressas a seguir, a redação que: Tiver até 7 (sete) linhas escritas, sendo considerada "texto insuficiente". Fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentativo. Apresentar proposta de intervenção que desrespeite os direitos humanos. Apresentar parte do texto deliberadamente desconectada do tema proposto.
(Enem-2014) PROPOSTA DE REDAÇÃO A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em normapadrão da língua portuguesa sobre o tema Publicidade infantil em questão no Brasil, apresentando proposta de intervenção, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista. TEXTO I A aprovação, em abril de 2014, de uma resolução que considera abusiva a publicidade infantil, emitida pelo Conselho Nacional de Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda), deu início a um verdadeiro cabo de guerra envolvendo ONGs de defesa dos direitos das crianças e setores interessados na continuidade das propagandas dirigidas a esse público. Elogiada por pais, ativistas e entidades, a resolução estabelece como abusiva toda propaganda dirigida à criança que tem a intenção de persuadi-la para o consumo de qualquer produto ou serviço e que utilize aspectos como desenhos animados, bonecos, linguagem infantil, trilhas sonoras com temas infantis, oferta de prêmios, brindes ou artigos colecionáveis que tenham apelo às crianças. Ainda há dúvidas, porém, sobre como será a aplicação prática da resolução. E associações de anunciantes, emissoras, revistas e de empresas de licenciamento e fabricantes de produtos infantis criticam a medida e dizem não reconhecer a legitimidade constitucional do Conanda para legislar sobre publicidade e para impor a resolução tanto às famílias quanto ao mercado publicitário. Além disso, defendem que a autorregulamentação pelo Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar) já seria uma forma de controlar e evitar abusos. IDOETA, P. A.; BARBA, M. D. A publicidade infantil deve ser proibida? Disponível em: www.bbc.co.uk. Acesso em: 23 maio 2014 (adaptado). TEXTO II TEXTO III Precisamos preparar a criança, desde pequena, para receber as informações do mundo exterior, para compreender o que está por trás da divulgação de produtos. Só assim ela se tornará o consumidor do futuro, aquele capaz de saber o que, como e por que comprar, ciente de suas reais necessidades e consciente de suas responsabilidades consigo mesma e com o mundo. SILVA, A. M. D.; VASCONCELOS, L. R. A criança e o marketing: informações essenciais para proteger as crianças dos apelos do marketing infantil. São Paulo: Summus, 2012 (adaptado).
(ENEM -2013) PROPOSTA DE REDAO A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construdos ao longo de suaformao, redija texto dissertativo-argumentativo na modalidade escrita formal da lngua portuguesa sobre o temaEfeitos da implantao da Lei Seca no Brasil, apresentando proposta de interveno, que respeite os direitoshumanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu pontode vista. Qual o objetivo da Lei Seca ao volante? De acordo com a Associao Brasileira de Medicina de Trfego (Abramet), a utilizao de bebidas alcolicas responsvel por 30% dos acidentes de trnsito. E metade das mortes, segundo o Ministrio da Sade, est relacionadaao uso do lcool por motoristas. Diante deste cenrio preocupante, a Lei 11.705/2008 surgiu com uma enorme misso:alertar a sociedade para os perigos do lcool associado direo. Para estancar a tendncia de crescimento de mortes no trnsito, era necessria uma ao enrgica. E coubeao Governo Federal o primeiro passo, desde a proposta da nova legislao aquisio de milhares de etilmetros.Mas para que todos ganhem, indispensvel a participao de estados, municpios e sociedade em geral.Porque para atingir o bem comum, o desafio deve ser de todos. Repulso magntica a beber e dirigir A lei da fsica que comprova que dois polos opostos se atraem em um campo magntico um dos conceitosmais populares desse ramo do conhecimento. Tulipas de chope e bolachas de papelo no servem, em condiesnormais, como objetos de experimento para confirmar essa proposta. A ideia de uma agncia de comunicao emBelo Horizonte foi bem simples. ms foram inseridos em bolachas utilizadas para descansar os copos, de formaimperceptvel para o consumidor. Em cada lado, h uma opo para o cliente: dirigir ou chamar um txi depois debeber. Ao mesmo tempo, tulipas de chope tambm receberam pequenos pedaos de metal mascarados com umapequena rodela de papel na base do copo. Durante um fim de semana, todas as bebidas servidas passaram a pregaruma pea no cliente. Ao tentar descansar seu copo com a opo dirigir virada para cima, os ms presentavam amesma polaridade e, portanto, causando repulso, fazendo com que o descanso fugisse do copo; se estivesse viradamostrando o lado com o desenho de um txi, ela rapidamente grudava na base do copo. A ideia surgiu da necessidadede passar a mensagem de uma forma leve e no exato momento do consumo.
(ENEM 2012) Acre sofre com invasão de imigrantes do Haiti Nos últimos três dias de 2011, uma leva de 500 haitianos entrou ilegalmente no Brasil pelo Acre, elevando para 1 400 a quantidade de imigrantes daquele país no município de Brasileia (AC). Segundo o secretário-adjunto de Justiça e Direitos Humanos do Acre, José Henrique Corinto, os haitianos ocuparam a praça da cidade. A Defesa Civil do estado enviou galões de água potável e alimentos, mas ainda não providenciou abrigo. A imigração ocorre porque o Haiti ainda não se recuperou dos estragos causados pelo terremoto de janeiro de 2010. O primeiro grande grupo de haitianos chegou a Brasileia no dia 14 de janeiro de 2011. Desde então, a entrada ilegal continua, mas eles não são expulsos: obtêm visto humanitário e conseguem tirar carteira de trabalho e CPF para morar e trabalhar no Brasil. Segundo Corinto, ao contrário do que se imagina, não são haitianos miseráveis que buscam o Brasil para viver, mas pessoas da classe média do Haiti e profissionais qualificados, como engenheiros, professores, advogados, pedreiros, mestres de obras e carpinteiros. Porém, a maioria chega sem dinheiro. Os brasileiros sempre criticaram a forma como os países europeus tratavam os imigrantes. Agora, chegou a nossa vez — afirma Corinto. _______________________________________________________________________________________________________________________________ Trilha da Costura Os imigrantes bolivianos, pelo último censo, são mais de 3 milhões, com população de aproximadamente 9,119 milhões de pessoas. A Bolívia em termos de IDH ocupa a posição de 114º de acordo com os parâmetros estabelecidos pela ONU. O país está no centro da América do Sul e é o mais pobre, sendo 70% da população considerada miserável. Os principais países para onde os bolivianos imigrantes dirigem-se são: Argentina, Brasil, Espanha e Estados Unidos. Assim sendo, este é o quadro social em que se encontra a maioria da população da Bolívia, estes dados já demonstram que as motivações do fluxo de imigração não são políticas, mas econômicas. Como a maioria da população tem baixa qualificação, os trabalhos artesanais, culturais, de campo e de costura são os de mais fácil acesso. OLIVEIRA, R.T. Disponível em: http://www.ipea.gov.br. Acesso em: 19 jul. 2012 (adaptado). INSTRUÇÕES: • O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado. • O texto definitivo deve ser escrito à tinta, na folha própria, em até 30 linhas. • A redação com até 7 (sete) linhas escritas será considerada “insuficiente” e receberá nota zero. • A redação que fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentativo receberá nota zero. • A redação que apresentar proposta de intervenção que desrespeite os direitos humanos receberá nota zero. • A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação ou do Caderno de Questões terá o número de linhas copiadas desconsiderado para efeito de correção.
(ENEM 2013)Com base na leitura dos textos motivadores seguintes e nos conhecimentos construdos ao longo de sua formao, redija texto dissertativo-argumentativo em norma padro da lngua portuguesa sobre o tema VIVER EM REDE NO SCULO XXI: OS LIMITES ENTRE O PBLICO E O PRIVADO, apresentando proposta de conscientizao social que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista. Liberdade sem fio A ONU acaba de declarar o acesso rede um direito fundamental do ser humano assim como sade, moradia e educao. No mundo todo, pessoas comeam a abrir seus sinais privados dewi-fi, organizaes e governos se mobilizam para expandir a rede para espaos pblicos e regies onde ela ainda no chega, com acesso livre e gratuito. ROSA, G.; SANTOS, P. Galileu. N 240, jul. 2011 (fragmento). A internet tem ouvidos e memria Uma pesquisa da consultoria Forrester Research revela que, nos Estados Unidos, a populao j passou mais tempo conectada internet do que em frente televiso. Os hbitos esto mudando. No Brasil, as pessoas j gastam cerca de 20% de seu tempoon-lineem redes sociais. A grande maioria dos internautas (72%, de acordo com o Ibope Mdia) pretende criar, acessar e manter um perfil na rede. Faz parte da prpria socializao do indivduo do sculo XXI estar numa rede social. No estar equivale a no ter uma identidade ou um nmero de telefone no passado, acredita Alessandro Barbosa Lima, CEO da e.Life, empresa de monitorao e anlise de mdias. As redes sociais so timas para disseminar ideias, tornar algum popular e tambm arruinar reputaes. Um dos maiores desafios dos usurios de internet saber ponderar o que se publica nela. Especialistas recomendam que no se deve publicar o que no se fala em pblico, pois a internet um ambiente social e, ao contrrio do que se pensa, a rede no acoberta anonimato, uma vez que mesmo quem se esconde atrs de um pseudnimo pode se rastreado e identificado. Aqueles que, por impulso, se exaltam e comentem gafes podem pagar caro. Disponvel em: http://www.terra.com.br. Acesso em: 30 jun. 2011 (adaptado). DAHMER, A. Disponvel em: http://malvados.wordpress.com. Acesso em: 30 jun. 2011.