(FGV)
Já é tempo de se atentar nestas preciosas matas, nestas amenas selvas que o cultivador do Brasil, com o machado em uma mão e o tição em outra, ameaça-as de total incêndio e desolação. (...) O agricultor olha ao redor de si para duas ou mais léguas de matas como para um nada, e ainda não as tem bem reduzido a cinzas já estende ao longe a vista para levar a destruição a outras partes.
(José Vieira Couto, 1799, Nossa História, abril de 2004)
O texto, escrito há mais de duzentos anos, faz referência ao manejo irracional da mata
Atlântica, mostrando que a preocupação com a biodiversidade já existia no período colonial, embora a pressão sobre a necessidade de organizar o espaço nacional fosse maior.
Atlântica, cuja derrubada foi um processo contínuo que a fez desaparecer em vários pontos do país, restando, atualmente, pouco mais de 7% da cobertura original.
da Araucária, sendo os índios seus grandes predadores que, por meio de métodos arcaicos de cultivo, abriam clareiras para o plantio de gêneros de subsistência.
da Araucária, que foi sendo rapidamente substituída por extensas ondas verdes de café, cuja produção era fundamental para a economia brasileira naquele momento.
Amazônica, cuja derrubada foi realizada nas proximidades das missões jesuíticas que, além de extrair as drogas do sertão, ainda praticavam a agricultura.