(Fgv 2005)
Este poema integra a obra poética de Fernando Pessoa. Seu autor é um homem simples, que viveu em contato direto com a Natureza; é o poeta do real sensível. Para ele, as coisas são como são, pois pensa com os sentidos. Pode-se dizer que, assim, manifesta uma forma de pensar apenas diferente e não ausência de reflexão. É autor dos versos:
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Que pensará isto de aquilo?
Nada pensa nada.
Terá a terra consciência das pedras e plantas que tem?
Se ela a tiver, que a tenha...
Que me importa isso a mim?
Se eu pensasse nessas coisas,
Deixaria de ver as árvores e as plantas
E deixaria de ver a Terra,
Para ver só os meus pensamentos...
Entristecia e ficava às escuras.
E assim, sem pensar tenho a Terra e o Céu.
Trata-se de:
Alberto Caeiro.
Ricardo Reis.
Bernardo Soares.
Fernando Pessoa, ele mesmo.
Álvaro de Campos.