(FGVRJ 2013) Leia o seguinte texto:
Embora muitos estudos tradicionais tenham afirmado que os mecanismos de mercado favorecem a concentração das atividades econômicas (ao menos nos estágios iniciais do processo de desenvolvimento de um país), e ainda que essa concepção esteja basicamente correta, a tese apriorística de que as reformas dos anos 1990 iriam bloquear ou mesmo reverter o processo de desconcentração por ampliarem o papel das “forças de mercado” nas decisões de localização de investimentos mostrou-se falha. Os dados mais atualizados revelam que o erro dos especialistas ao prever o “esgotamento” ou a “inflexão” do processo de desconcentração industrial brasileira se deveu principalmente à importância excessiva que conferiram a um pequeno número de fatores que intervêm na dinâmica espacial desse setor, sobretudo a crise de planejamento regional e as tendências de aglomeração associadas ao novo paradigma técnico e econômico em construção.
Diniz, L. L. F. Para onde irão as indústrias? A nova geografia da industrialização brasileira. In: Albuquerque, E. S. de (org.) Que país é esse? Pensando o Brasil contemporâneo. São Paulo: Globo, 2005, p. 286-287.
Entre as afirmações abaixo, assinale aquela que é coerente com os argumentos apresentados no texto.
A concentração espacial das atividades industriais é resultado da crise do planejamento regional.
No Brasil, a dinâmica espacial da indústria obedece apenas aos mecanismos de mercado.
Os dados mais atualizados revelam que o processo de desconcentração da atividade industrial brasileira ainda está em curso.
Na década de 1990, ocorreu o esgotamento do processo de desconcentração da atividade industrial brasileira.
As reformas econômicas realizadas na década de 1990 foram decisivas para reverter a tendência de concentração espacial das atividades industriais.