(FUVEST - 2020)(2 FASE) No possvel pr em dvida por mais tempo, ao passar em revista o estado atual dos conhecimentos, ter havido realmente uma guerra de Troia histrica, em que uma coligao de Aqueus ou Micnios, sob um rei cuja suserania era conhecida pelos restantes, combateu o povo de Troia e os seus aliados. A magnitude e durao da luta podem ter sido exageradas pela tradio popular em tempos recentes, e os nmeros dos participantes avaliados muito por cima nos poemas picos. Muitos incidentes, tanto de importncia primria como secundria, foram sem dvida inventados e introduzidos na narrativa durante a sua viagem atravs dos sculos. Mas as provas so suficientes para demonstrar no s que a tradio da expedio contra Troia deve basear-se em fatos histricos, mas ainda que boa parte dos heris individuais mencionados nos poemas foi tirada de personagens reais. Carl W. Blegen. Troia e os troianos. Lisboa, Verbo, 1971. Adaptado. A partir do texto acima, a) identifique ao menos um poema pico inspirado na guerra de Troia e explique seu ttulo; b) explique uma diferena e uma semelhana entre poesia pica e histria para os gregos da Antiguidade.
Nos tempos de So Lus [Lus IX], as hordas que surgiam do leste provocaram terror e angstia no mundo cristo. O medo do estrangeiro oprimia novamente as populaes. No entanto, a Europa soubera digerir e integrar os saqueadores normandos. Essas invases tinham tornado menos claras as fronteiras entre o mundo pago e a cristandade e estimulado o crescimento econmico. A Europa, ento terra juvenil, em plena expanso, estendeu-se aos quatro pontos cardeais, alimentando-se, com voracidade, das culturas exteriores. Uma situao muito diferente da de hoje, em que o Velho Continente se entrincheira contra a misria do mundo para preservar suas riquezas. Georges Duby. Ano 1000 ano 2000. Na pista de nossos medos. So Paulo: Unesp, 1998, p. 50-51. Adaptado. a) Justifique a afirmao do autor de que essas invases tinham (...) estimulado o crescimento econmico da Europa crist. b) Cite um caso do atual entrincheiramento europeu e explique, em que sentido, a Europa quer preservar suas riquezas.
(FUVEST - 2020)(2 FASE) Examine estas imagens, que reproduzem, em preto e branco, dois quadros da pintura brasileira. a) Identifique o movimento artstico a que elas pertencem e aponte uma caracterstica de sua proposta esttica. b) Cite e caracterize um evento brasileiro importante relacionado a esse movimento.
(FUVEST - 2012 - 2a FASE) A formao histrica do atual Estado do Rio Grande do Sul est intrinsecamente relacionada questo fronteiria existente entre os domnios das duas coroas Ibricas na Amrica meridional. Desde o sculo XVIII, esta regio foi cenrio de constantes disputas territoriais entre diferentes agentes sociais. Atritos que no estiveram restritos apenas s lutas travadas entre luso-brasileiros e hispano-americanos pelo domnio do Continente do Rio Grande. Eduardo Santos Neumann, A fronteira tripartida, Luiz Alberto Grij (e outros). Captulos de Histria do Rio Grande do Sul. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2004, p. 25. Adaptado. a) Caracterize a questo fronteiria, mencionada no texto acima. b) Quais so as principais diferenas e semelhanas entre a organizao socioeconmica do Rio Grande colonial e a de regies aucareiras, como Bahia e Pernambuco, na mesma poca?
(FUVEST - 2012)(2 FASE) Considerando os dois grficos acima, a) defina e explique o significado geral de uma balana comercial favorvel ou desfavorvel para um determinado pas; b) compare os papis poltico-econmicos da Frana e da Inglaterra na competio internacional do sculo XVIII, bem como a importncia desses pases para as regies coloniais americanas da poca.
(FUVEST - 2020)(2 FASE) No parece fcil determinar a poca em que os habitantes da Amrica lusitana, dispersos pela distncia, pela dificuldade de comunicao, pela mtua ignorncia, pela diversidade, no raro, de interesses locais, comeam a sentir-se unidos por vnculos mais fortes do que todos os contrastes ou indiferenas que os separam, e a querer associar esse sentimento ao desejo de emancipao poltica. No Brasil, as duas aspiraes a da independncia e a da unidade no nascem juntas e, por longo tempo ainda, no caminham de mos dadas. Srgio Buarque de Holanda, A herana colonial sua desagregao. Histria geral da civilizao brasileira, tomo II, volume 1, 2 ed., So Paulo: DIFEL, 1965, p. 9. a) Explique qual a diferena entre as aspiraes de independncia e de unidade a que o autor se refere. b) Indique e caracterize ao menos um acontecimento histrico relacionado a cada uma das aspiraes mencionadas no item a).
(Fuvest 2012) Leia este texto, que se refere à dominação europeia sobre povos e terras africanas. Desde o século XVI, os portugueses e, trezentos anos mais tarde, os franceses, britânicos e alemães souberam usar os povos [africanos] mais fracos contra os mais fortes que desejavam submeter. Aliaram-se àqueles e somaram os seus grandes números aos contingentes, em geral pequenos, de militares europeus. Alberto da Costa e Silva. A África explicada aos meus filhos. Rio de Janeiro: Agir, 2008, p. 98. a) Diferencie a presença europeia na África nos dois períodos aos quais o texto se refere. b) Indique uma decorrência, para o continente africano, dessa política colonial de estimular conflitos internos.
(FUVEST - 2020)(2 FASE) O cartaz abaixo, parte de uma campanha sindical pela reduo da jornada diria de trabalho, foi divulgado em 1919 pela Unio Interdepartamental da Confederao Geral dos Trabalhadores da Regio do Sena, na Frana. Traduo dos escritos do cartaz: Unio dos Sindicatos de Trabalhadores do Sena. As 8 horas. Operrio, a regra foi aprovada, mas apenas sua ao a far ser aplicada. a) Identifique um elemento visual no cartaz que caracterize a principal reivindicao dos sindicatos e o explique. b) Identifique e analise a viso de luta social que a cena principal do cartaz apresenta.
(FUVEST - 2012)(2 FASE) Considerando-se a atual diviso administrativa do Brasil e sobrepondo-se a ela representaes esquemticas da gnese do territrio brasileiro, entre os sculos XVI e XIX, a) relacione os focos econmicos em ascenso (coluna I) com os novos centros econmicos e suas respectivas zonas de atrao (coluna II); b) analise os principais avanos territoriais (coluna III).
(FUVEST - 2012)(2 FASE) Obras clebres da literatura brasileira foram ambientadas em regies assinaladas neste mapa: Com base nas indicaes do mapa e em seus conhecimentos, identifique a) uma causa da depresso econmica sofrida pela Zona do Cacau na segunda metade do sculo XX. Explique; b) a cidade que polarizou a Zona do Cacau e aponte o nome do escritor que tratou dessa regio em um conjunto de obras, chamado de ciclo do cacau; c) o escritor mineiro que ambientou, principalmente na regio denominada Gerais, o grande romance que marca sua obra. Indique tambm o nome do romance em questo.
(FUVEST 2012) No era e no podia o pequeno reino lusitano seruma potncia colonizadora feio da antiga Grcia. Osurto martimo que enche sua histria do sculo XV no resultara do extravasamento de nenhum excesso depopulao, mas fora apenas provocado por umaburguesia comercial sedenta de lucros, e que noencontrava no reduzido territrio ptrio satisfao suadesmedida ambio. A ascenso do fundador da Casade Avis ao trono portugus trouxe esta burguesia paraum primeiro plano. Fora ela quem, para se livrar daameaa castelhana e do poder da nobreza,representado pela Rainha Leonor Teles, cingira oMestre de Avis com a coroa lusitana. Era ela, portanto,quem devia merecer do novo rei o melhor das suasatenes. Esgotadas as possibilidades do reino com asprdigas ddivas reais, restou apenas o recurso daexpanso externa para contentar os insaciveiscompanheiros de D. Joo I. Caio Prado Jnior, Evoluo poltica do Brasil. Adaptado. Infere-se da leitura desse texto que Portugal no foiuma potncia colonizadora como a antiga Grcia,porque seu
(FUVEST -2012) H cerca de 2000 anos, os stios superficiais e sem cermica dos caadores antigos foram substitudos por conjuntos que evidenciam uma forte mudana na tecnologia e nos hbitos. Ao mesmo tempo que aparecem a cermica chamada itarar (no Paran) ou taquara (no Rio Grande do Sul) e o consumo de vegetais cultivados, encontram-se novas estruturas de habitaes. Andr Prous. O Brasil antes dos brasileiros. A pr-histria do nosso pas. Rio de Janeiro: Zahar, 2007, p. 49. Adaptado. O texto associa o desenvolvimento da agricultura com o da cermica entre os habitantes do atual territrio do Brasil, h 2000 anos. Isso se deve ao fato de que a agricultura
(FUVEST - 2012)A palavra feudalismo carrega consigo vários sentidos. Dentre eles, podem-se apontar aqueles ligados a
(FUVEST - 2012)Deve-se notar que a nfase dada faceta cruzadstica da expanso portuguesa no implica, de modo algum, que os interesses comerciais estivessem dela ausentes como tampouco o haviam estado das cruzadas do Levante, em boa parte manejadas e financiadas pela burguesia das repblicas martimas da Itlia. To mesclados andavam os desejos de dilatar o territrio cristo com as aspiraes por lucro mercantil que, na sua orao de obedincia ao pontfice romano, D. Joo II no hesitava em mencionar entre os servios prestados por Portugal cristandade o trato do ouro da Mina, comrcio to santo, to seguro e to ativo que o nome do Salvador, nunca antes nem de ouvir dizer conhecido, ressoava agora nas plagas africanas Luiz Felipe Thomaz, D. Manuel, a ndia e o Brasil. Revista de Histria (USP), 161, 2 Semestre de 2009, p.16-17. Adaptado. Com base na afirmao do autor, pode-se dizer que a expanso portuguesa dos sculos XV e XVI foi um empreendimento
(FUVEST - 2012)Fui terra fazer compras com Glennie. H muitas casas inglesas, tais como celeiros e armazns no diferentes do que chamamos na Inglaterra de armazns italianos, de secos e molhados, mas, em geral, os ingleses aqui vendem suas mercadorias em grosso a retalhistas nativos ou franceses. (...) As ruas esto, em geral, repletas de mercadorias inglesas. A cada porta as palavras Superfino de Londres saltam aos olhos: algodo estampado, panos largos, loua de barro, mas, acima de tudo, ferragens de Birmingham, podem-se obter um pouco mais caro do que em nossa terra nas lojas do Brasil. Maria Graham. Dirio de uma viagem ao Brasil. So Paulo, Edusp, 1990, p. 230 (publicado originalmente em 1824). Adaptado. Esse trecho do dirio da inglesa Maria Graham refere-se sua estada no Rio de Janeiro em 1822 e foi escrito em 21 de janeiro deste mesmo ano. Essas anotaes mostram alguns efeitos