(FUVEST - 2014 - 2 FASE) Leia o seguinte texto, que trata das diferenas entre fala e escrita: Talvez ainda mais digno de ateno seja o desaparecimento [na escrita] da mmica e das inflexes ou variaes do tom da voz. A sua falta tem de ser suprida por outros recursos. , neste sentido, que se torna altamente instrutiva a velha anedota, que nos conta a indignao de um rico fazendeiro ao receber de seu filho um telegrama com a frase singela mande-me dinheiro, que ele lia e relia emprestando-lhe um tom rude e imperativo. O bom homem no era to nscio quanto a anedota d a entender: estava no direito de exigir da formulao verbal uma qualidade que lhe fizesse sentir a atitude filial de carinho e respeito e de refugar uma frase que, sem a ajuda de gestos e entoao adequada, soa leitura espontaneamente como rspida e seca. J. Mattoso Cmara Jr., Manual de expresso oral e escrita. Adaptado. a) Considerando-se que o verbo da frase do telegrama est no imperativo, se essa mesma frase fosse dita em uma conversa telefnica, haveria possibilidade de o pai entend-la de modo diferente? Explique. b) Reescreva a frase do telegrama, acrescentando-lhe, no mximo, trs palavras e a pontuao adequada, de modo a atender a exigncia do pai, mencionada no texto.
(FUVEST 2014 - 2 fase)Avalie a redao das seguintes frases: I. O futebol conquistou um papel na sociedade tanto culturalmente como econmico e poltico. II. Os clubes buscam a expanso do nmero de associados bem como reduzir gastos com publicidade. III. Doravante tais fatos, fica claro que o futebol exerce uma grande influncia no cotidiano do brasileiro. IV. O tcnico declarou aos jornalistas que, para o prximo jogo, ele tem uma carta na manga do colete. a) Reescreva as frases I e II, corrigindo a falta de paralelismo nelas presente. b) Reescreva as frases III e IV, eliminando a inadequao vocabular que elas apresentam
(FUVEST 2014 - 2 fase)Considere o seguinte texto, para atender ao que se pede: O orgulho a conscincia (certa ou errada) do nosso prprio mrito; a vaidade, a conscincia (certa ou errada) da evidncia do nosso prprio mrito para os outros. Um homem pode ser orgulhoso sem ser vaidoso, pode ser ambas as coisas, vaidoso e orgulhoso, pode ser pois tal a natureza humana vaidoso sem ser orgulhoso. difcil primeira vista compreender como podemos ter conscincia da evidncia do nosso mrito para os outros, sem a conscincia do nosso prprio mrito. Se a natureza humana fosse racional, no haveria explicao alguma. Contudo, o homem vive a princpio uma vida exterior, e mais tarde uma interior; a noo de efeito precede, na evoluo da mente, a noo de causa interior desse mesmo efeito. O homem prefere ser exaltado por aquilo que no , a ser tido em menor conta por aquilo que . a vaidade em ao. Fernando Pessoa, Da literatura europeia. a) Considerando-a no contexto em que ocorre, explique a frase o homem vive a princpio uma vida exterior, e mais tarde uma interior. b) Reescreva a frase O homem prefere ser exaltado por aquilo que no , a ser tido em menor conta por aquilo que , substituindo por sinnimos as expresses sublinhadas.
(FUVEST 2014 - 2 fase) Entrevistado por Clarice Lispector, para a pergunta Como voc encara o problema da maturidade?, Tom Jobim deu a seguinte resposta: Tem um verso do Drummond que diz: A madureza, esta horrvel prenda... No sei, Clarice, a gente fica mais capaz, mas tambm mais exigente. Nota: O verso citado por Tom Jobim o incio do poema A ingaia cincia, de Carlos Drummond de Andrade, e sua verso correta : A madureza, essa terrvel prenda. a) Aponte dois recursos expressivos empregados pelo poeta na expresso terrvel prenda. b) Reescreva a resposta de Tom Jobim, eliminando as marcas de coloquialidade que ela apresenta e fazendo as alteraes necessrias.
(FUVEST 2014 - 2 fase) Leia o seguinte texto, para atender ao que se pede: Conversa de abril abril, me perdoareis. Estou completamente cansado. Retorno aldeia depois de trs dias de galope de jipe pelas estradas confusas de caminhes e poeira e exploses. Tenho no bolso um caderno de notas. Quereis que vos descreva essas montanhas e vales, e o que fazem os seres humanos neste tempo de primavera? Deixai-me estirar o corpo na cama; depois tiro as botas. Ouvi-me. As montanhas, j vos descreverei as montanhas. Rubem Braga* *Rubem Braga foi correspondente de guerra junto FEB, Fora Expedicionria Brasileira, durante a Segunda Guerra Mundial. O fragmento acima pertence a uma de suas crnicas desse perodo. a) Reescreva o seguinte trecho, dando-lhe caractersticas narrativas e empregando a terceira pessoa do plural, em lugar da segunda: Tenho no bolso um caderno de notas. Quereis que vos descreva essas montanhas e vales, e o que fazem os seres humanos neste tempo de primavera? b) Tendo em vista as informaes contidas no excerto, o incio do texto abril coerente com o emprego do pronome este, em neste tempo de primavera? Explique.
(FUVEST 2014 - 2 fase) Leia o seguinte trecho de uma reportagem, para em seguida atender ao que se pede: Cantoria de sabi-laranjeira na madrugada divide ouvidos paulistanos Diz uma antiga lenda indgena que, durante as madrugadas, no incio da primavera, quando uma criana ouve o canto de um sabi-laranjeira, ela abenoada com amor, felicidade e paz. Isso l na floresta. Na selva urbana, a histria outra: tem gente se revirando na cama com a sinfonia que chega a durar duas horas seguidas antes mesmo de clarear o dia. Morei 35 anos no interior paulista e nunca fui acordada por passarinho algum, conta uma moradora do Brooklin (zona sul). Agora, em plena So Paulo barulhenta e catica, minhas madrugadas tm sido bem diferentes. Folha de S. Paulo, 16/09/2013. Adaptado. a) Tendo em vista o contexto, possvel concluir, de modo irrefutvel, que a citada moradora do Brooklin faz parte dos paulistanos que no apreciam o canto do sabi-laranjeira? Justifique com base no texto. b) Reescreva os trechos do texto que se encontram em discurso direto, empregando o discurso indireto e fazendo as modificaes necessrias.
(FUVEST 2014 - 2 fase) No breve Prlogo da 3 edio das Memrias pstumas de Brs Cubas, assinado pelo autor, Machado de Assis, constava o seguinte trecho: Capistrano de Abreu, noticiando a publicao do livro, perguntava: As Memrias pstumas de Brs Cubas so um romance? Macedo Soares, em carta que me escreveu por esse tempo, recordava amigamente as Viagens na minha terra. Ao primeiro respondia j o defunto Brs Cubas (como o leitor viu e ver no prlogo dele que vai adiante) que sim e que no, que era romance para uns e no o era para outros. Quanto ao segundo, assim se explicou o finado: Trata-se de uma obra difusa, na qual eu, Brs Cubas, se adotei a forma livre de um Sterne ou de um Xavier de Maistre, no sei se lhe meti algumas rabugens de pessimismo. Toda essa gente viajou: Xavier de Maistre roda do quarto, Garrett na terra dele, Sterne na terra dos outros. De Brs Cubas se pode talvez dizer que viajou roda da vida. O que faz do meu Brs Cubas um autor particular o que ele chama rabugens de pessimismo. H na alma deste livro, por mais risonho que parea, um sentimento amargo e spero, que est longe de vir dos seus modelos. taa que pode ter lavores de igual escola, mas leva outro vinho. Machado de Assis Considerando esse trecho no contexto da obra qual se incorpora, atenda ao que se pede. a) Identifique um aspecto das Memrias pstumas de Brs Cubas capaz de ter suscitado a dvida expressa por Capistrano de Abreu. Explique resumidamente. b) Em que consistem os lavores de igual escola, a que se refere o autor, no final do trecho? Explique sucintamente.
(FUVEST 2014 - 2 fase) Considere o excerto abaixo, no qual o narrador de A cidade e as serras, de Ea de Queirs, contempla a cidade de Paris. (...) E por aquela doce tarde de maio eu sa para tomar no terrao um caf cor de chapu-coco, que sabia a fava. Com o charuto aceso contemplei o Boulevard, quela hora em toda a pressa e estridor da sua grossa sociabilidade. A densa torrente dos nibus, calhambeques, carroas, parelhas de luxo, rolava vivamente, com toda uma escura humanidade formigando entre patas e rodas, numa pressa inquieta. Aquele movimento indescontinuado e rude depressa entonteceu este esprito, por cinco quietos anos afeito quietao das serras imutveis. Tentava ento, puerilmente, repousar nalguma forma imvel, nibus que parara, fiacre que estacara num brusco escorregar da pileca; mas logo algum dorso apressado se encafuava pela portinhola da tipoia, ou um cacho de figuras escuras trepava sofregamente para o nibus e, rpido, recomeava o rolar retumbante. a) No trecho com toda uma escura humanidade formigando entre patas e rodas, pode-se reconhecer a marca de qual escola literria? Justifique sucintamente sua resposta. b) Tendo em vista que contemplar significa fixar o olhar em (algum, algo ou si mesmo), com encantamento, com admirao (Dicionrio Houaiss) ou olhar, observar, atenta ou embevecidamente (Dicionrio Aurlio), qual a experincia vivida pelo narrador, no excerto, e que sentido ela tem no contexto da poca em que se passa a histria narrada no romance?
(FUVEST 2014 - 2 fase) Observe o seguinte trecho de Til, de Jos de Alencar, no qual o narrador caracteriza a personagem Berta: Contradio viva, seu gnio o ser e o no ser. Busquem nela a graa da moa e encontraro o estouvamento do menino; porm mal se apercebam da iluso, que j a imagem da mulher despontar em toda sua esplndida fascinao. A anttese banal do anjo-demnio torna-se realidade nela, em quem se cambiam no sorriso ou no olhar a serenidade celeste com os fulvos lampejos da paixo, semelhana do firmamento onde ao radiante matiz da aurora sucedem os fulgores sinistros da procela. a) Segundo o narrador, Berta uma contradio viva, cujo gnio o ser e o no ser. Como essa caracterstica da personagem se relaciona principal funo que ela desempenha na trama do romance? b) Considerando a expresso anjo-demnio no contexto cultural da poca em que foi escrito o romance, justifica-se o fato de o narrador classific-la como anttese banal? Explique resumidamente.
(FUVEST 2014 - 2 fase) No poema Sentimento do mundo, que abre o livro homnimo de Carlos Drummond de Andrade, dizem os versos iniciais: Tenho apenas duas mos e o sentimento do mundo, Considerando esses versos no contexto da obra a que pertencem, responda ao que se pede. a) Que desejo do poeta fica pressuposto no verso Tenho apenas duas mos? b) No poema de abertura do primeiro livro de Carlos Drummond de Andrade Alguma poesia (1930) apareciam os conhecidos versos Mundo mundo vasto mundo mais vasto meu corao. Quando, anos depois, o poeta afirma ter o sentimento do mundo, ele ratifica ou altera o ponto de vista que expressara nos citados versos de seu livro de estreia? Explique sucintamente.
(FUVEST - 2014) Em seu contexto de origem, o quadro acima corresponde a uma
(FUVEST 2014) Com base na leitura da obra A cidade e as serras, de Eça de Queirós, publicada originalmente em 1901, é correto concluir que, nela, encontra-se
(FUVEST - 2014) No texto, empregam-se, de modo mais evidente, dois recursos de intertextualidade: um, o prprio autor o torna explcito; o outro encontra-se em um dos trechos citados abaixo. Indique-o
(FUVEST - 2014) A tirinha tematiza questes de gnero (masculino e feminino), com base na oposio entre
(FUVEST 2014) Leia o seguinte texto, que faz parte de um anúncio de um produto alimentício: EM RESPEITO A SUA NATUREZA, SÓ TRABALHAMOS COM O MELHOR DA NATUREZA Selecionamos só o que a natureza tem de melhor para levar até a sua casa. Porque faz parte da natureza dos nossos consumidores querer produtos saborosos, nutritivos e, acima de tudo, confiáveis. www.destakjornal.com.br, 13/05/2013. Adaptado. Procurando dar maior expressividade ao texto, seu autor