(FUVEST 2015 - 2 fase) Examine a seguinte matria jornalstica: Sem-teto usa topo de pontos de nibus em SP como cama s 9h desta segunda (17), ningum dormia no ponto de nibus da rua Augusta com a Caio Prado. Ningum a no ser Joo Paulo Silva, 42, que chegava oitava hora de sono em cima da parada de coletivos. Eu sempre durmo em cima desses pontos novos. gostoso. O teto tem um vidro e uma tela embaixo, ento no d medo de que quebre. s colocar um cobertor embaixo, pra ficar menos duro, e ningum te incomoda, disse Silva depois de acordar e descer da estrutura. No dia, entretanto, ele estava sem a coberta, por causa do calor de matar. Por no ter trabalho em local fixo (Cato lata, ajudo numa empresa de carreto. Fao o que d), ele varia o local de pouso. s vezes aqui no centro, j dormi em Pinheiros e at em Santana. Mas sempre nos pontos, porque eu no vou dormir na rua. www1.folha.uol.com.br, 19/03/2014. Adaptado. a) Qual o efeito de sentido produzido pela associao dos elementos visuais e verbais presentes na imagem acima? Explique. b) O vocbulo pra, presente nas declaraes atribudas a Joo Paulo Silva, prprio da lngua falada corrente e informal. Cite mais dois exemplos de elementos lingusticos com essa mesma caracterstica, tambm presentes nessas declaraes.
(FUVEST 2015 - 2 fase) Leia o seguinte texto jornalstico: PARA PARA Numa de suas recentes crticas internas, a ombudsman desta Folha props uma campanha para devolver o acento que a reforma ortogrfica roubou do verbo parar. Faz todo sentido. O que no faz nenhum sentido ler So Paulo para para ver o Corinthians jogar. Pior ainda que ler ter de escrever. Juca Kfouri, Folha de S. Paulo, 22/09/2014. Adaptado. a) No primeiro perodo do texto, existe alguma palavra cujo emprego conota a opinio do articulista sobre a reforma ortogrfica? Justifique sua resposta. b) Para evitar o para para que desagradou ao jornalista, pode-se reescrever a frase So Paulo para para ver o Corinthians jogar, substituindo a preposio que nela ocorre por outra de igual valor sinttico-semntico ou alterando a ordem dos termos que a compem. Voc concorda com essa afirmao? Justifique sua resposta.
(FUVEST 2015 - 2 fase) Leia o seguinte texto: Mal traadas Canad planeja extinguir os carteiros No mundo inteiro, os servios de correio tentam se adaptar disseminao do e-mail, do Facebook, do SMS e do Skype, que golpearam quase at a morte os hbitos tradicionais de correspondncia, mas em nenhum lugar se chegou to longe quanto no Canad. Em dezembro, o Canada Post anunciou nada menos que a extino do carteiro tal como o conhecemos. A meta acabar com o andarilho uniformizado que, faa chuva ou faa sol, distribui envelopes de porta em porta e, s vezes, at conhece os rostos por trs dos nomes dos destinatrios. Os adultos de amanh se lembraro dele tanto quanto os de hoje se recordam dos leiteiros, profetizou o blog de assuntos metropolitanos do jornal Toronto Star, conformado marcha inelutvel da modernidade tecnolgica. Claudia Antunes, http://revistapiaui.estadao.com.br. Adaptado a) Qual a relao de sentido existente entre o ttulo Mal traadas e o assunto do texto? b) Sem alterar o sentido, reescreva o trecho conformado marcha inelutvel da modernidade tecnolgica, substituindo a palavra conformado por um sinnimo e o adjetivo inelutvel pelo verbo lutar, fazendo as modificaes necessrias. Exemplo: marcha inevitvel da modernidade tecnolgica = marcha da modernidade tecnolgica que no se pode evitar.
(FUVEST - 2015 - 2 FASE) Leia a seguinte mensagem publicitria de uma empresa da rea de logstica: A gente anda na linha para levar sua empresa mais longe Mudamos o jeito de transportar contineres no Brasil e Mercosul. Atravs do modal ferrovirio, oferecemos solues logsticas econmicas, seguras e sustentveis. a) Visando a obter maior expressividade, recorre-se, no ttulo da mensagem, ao emprego de expresso com duplo sentido. Indique essa expresso e explique sucintamente. b) Segundo o anncio, uma das vantagens do produto (transporte ferrovirio) nele oferecido o fato de esse produto ser sustentvel. Cite um motivo que justifique tal afirmao.
(FUVEST 2015 - 2 fase)Limite inferior Aprendi muito com o economista-filsofo Roberto de Oliveira Campos, particularmente quando tive a honra e a oportunidade de conviver com ele durante anos na Cmara dos Deputados. Sentvamos juntos e assistamos aos mesmos discursos, alguns muito bons e sbios. Frequentemente, diante de alguns incontrolveis colegas que exerciam uma oratria de alta visibilidade, com os dois braos agitados tentando encontrar uma ideia, Roberto me surpreendia com a afirmao: Delfim, acabo de demonstrar um teorema. E sacava uma mordaz concluso crtica contra o incauto orador. Um belo dia, um falante e conhecido deputado ensurdeceu o plenrio com uma gritaria que entupiu os ouvidos dos colegas. A quantidade de sandices ditas no longo discurso com o ar de quem estava inventando o mundo fez Roberto reagir com incontida indignao. Soltou de supeto: Delfim, constru um axioma, uma afirmao preliminar que deve ser aceita pela f, sem exigir prova: a ignorncia no tem limite inferior. E completou, com a perversidade de sua imensa inteligncia: Com ele poderemos construir mundos maravilhosos. Antonio Delfim Netto, Folha de S. Paulo, 17/09/2014. Adaptado a) Explique por que o axioma formulado por Roberto de Oliveira Campos tornaria possvel construir mundos maravilhosos. b) Identifique o trecho do texto que explica o emprego da expresso oratria de alta visibilidade.
(FUVEST - 2015 - 2 FASE) Examine a tirinha. a) De acordo com o contexto, o que explica o modo de falar das personagens representadas pelas duas traas? b) Mantendo o contexto em que se d o dilogo, reescreva as duas falas do primeiro quadrinho, empregando o portugus usual e gramaticalmente correto.
(FUVEST 2015) Considerando-se o intervalo entre o contexto em que transcorre o enredo da obra Memórias de um sargento demilícias, de Manuel Antônio de Almeida, e a época de sua publicação, é correto afirmar que a esse período corresponde o processo de
(FUVEST 2015 - 2 fase) Andai, ganha-pes, andai; reduzi tudo a cifras, todas as consideraes deste mundo a equaes de interesse corporal, comprai, vendei, agiotai. No fim de tudo isto, o que lucrou a espcie humana? Que h mais umas poucas de dzias de homens ricos. E eu pergunto aos economistas polticos, aos moralistas, se j calcularam o nmero de indivduos que foroso condenar misria, ao trabalho desproporcionado, desmoralizao, infmia, ignorncia crapulosa, desgraa invencvel, penria absoluta, para produzir um rico? Que lho digam no Parlamento ingls, onde, depois de tantas comisses de inqurito, j deve de andar orado o nmero de almas que preciso vender ao diabo, o nmero de corpos que se tm de entregar antes do tempo ao cemitrio para fazer um tecelo rico e fidalgo como Sir Roberto Peel, um mineiro, um banqueiro, um granjeeir ou seja o que for: cada homem rico, abastado, custa centos de infelizes, de miserveis. Almeida Garrett, Viagens na minha terra., a) Destas reflexes feitas pelo narrador de Viagens na minha terra, deduz-se que ele tinha em mente um determinado ideal de sociedade. O que caracteriza esse ideal? Explique resumidamente. b) Identifique, em Viagens na minha terra, o tipo social sobre o qual, principalmente, ir recair a crtica presente nas reflexes do narrador, no trecho aqui reproduzido. O que, de acordo com o livro, caracteriza esse tipo social?
(FUVEST 2015 - 2 fase) Responda ao que se pede a) Qual a relao entre o sistema de filosofia do Humanitismo, tal como figurado nas Memrias pstumas de Brs Cubas, de Machado de Assis, e as correntes de pensamento filosfico e cientfico presentes no contexto histrico-cultural em que essa obra foi escrita? Explique resumidamente. b) De que maneira, em O cortio, de Alusio Azevedo, so encaradas as correntes de pensamento filosfico e cientfico de grande prestgio na poca em que o romance foi escrito? Explique sucintamente.
(FUVEST 2015 - 2 fase)A uma religiosidade de superfcie, menos atenta ao sentido ntimo das cerimnias do que ao colorido e pompa exterior, quase carnal em seu apego ao concreto (...); transigente e, por isso mesmo, pronta a acordos, ningum pediria, certamente, que se elevasse a produzir qualquer moral social poderosa. Religiosidade que se perdia e se confundia num mundo sem forma e que, por isso mesmo, no tinha foras para lhe impor sua ordem. Srgio Buarque de Holanda, Razes do Brasil. Adaptado Tendo em vista estas reflexes de Srgio Buarque de Holanda a respeito do sentido da religio na formao do Brasil, responda ao que se pede. a) Essas reflexes se aplicam sociedade representada nas Memrias de um sargento de milcias, de Manuel Antnio de Almeida? Justifique resumidamente. b) Os juzos aqui expressos por Srgio Buarque de Holanda encontram exemplificao em Memrias pstumas de Brs Cubas, de Machado de Assis, especialmente na parte em que se narra o perodo de formao do menino Brs Cubas? Justifique sucintamente.
(FUVEST 2015 - 2 fase) Leia o poema de Drummond para responder s questes relativas a dois versos de sua ltima estrofe. Considerando-se a Elegia 1938 no contexto de Sentimento do mundo, explique sucintamente a) a que se refere o eu lrico com a expresso felicidade coletiva? b) o que simboliza, para o eu lrico, a ilha de Manhattan?
(FUVEST - 2015) Examine a figura. Os versos de Carlos Drummond de Andrade que mais adequadamente traduzem a principal mensagem da figura acima so:
(FUVEST - 2015) Como sabemos, o efeito de um livro sobre ns, mesmo no que se refere simples informao, depende de muita coisa alm do valor que ele possa ter. Depende do momento da vida em que o lemos, do grau do nosso conhecimento, da finalidade que temos pela frente. Para quem pouco leu e pouco sabe, um compndio de ginsio pode ser a fonte reveladora. Para quem sabe muito, um livro importante no passa de chuva no molhado. Alm disso, h as afinidades profundas, que nos fazem afinar com certo autor (e portanto aproveit-lo ao mximo) e no com outro, independente da valia de ambos. CANDIDO, Antonio. Dez livros para entender o Brasil. Teoria e debate. Ed. 45, 01/07/2000. Traduz uma ideia presente no texto a seguinte afirmao:
(FUVEST - 2015) Como sabemos, o efeito de um livro sobre ns, mesmo no que se refere simples informao, depende de muita coisa alm do valor que ele possa ter. Depende do momento da vida em que o lemos, do grau do nosso conhecimento, da finalidade que temos pela frente. Para quem pouco leu e pouco sabe, um compndio de ginsio pode ser a fonte reveladora. Para quem sabe muito, um livro importante no passa de chuva no molhado. Alm disso, h as afinidades profundas, que nos fazem afinar com certo autor (e portanto aproveit-lo ao mximo) e no com outro, independente da valia de ambos. CANDIDO, Antonio. Dez livros para entender o Brasil. Teoria e debate. Ed. 45, 01/07/2000. Constitui recurso estilstico do texto I. a combinao da variedade culta da lngua escrita, que nele predominante, com expresses mais comuns na lngua oral; II. a repetio de estruturas sintticas, associada ao emprego de vocabulrio corrente, com feio didtica; III. o emprego dominante do jargo cientfico, associado explorao intensiva da intertextualidade. Est correto apenas o que se indica em:
(FUVEST - 2015) Considere os seguintes comentrios sobre diferentes elementos lingusticos presentes no texto: I.Em alcanou o capanga um casal de velhinhos (L. 1-2), o contexto permite identificar qual o sujeito, mesmo este estando posposto. II. O verbo sublinhado no trecho que seguiam diante dele o mesmo caminho (L. 2-3) poderia estar no singular sem prejuzo para a correo gramatical. III.No trecho que destinavam eles uns cinquenta mil-ris (L. 5), pode-se apontar um uso informal do pronome pessoal reto eles, como na frase Voc tem visto eles por a?. Est correto o que se afirma em