(IFCE - 2020) Quarto de Despejo - Dirio de uma Favelada Carolina Maria de Jesus 17 DE MAIOLevantei nervosa. Com vontade de morrer.1J que os pobres esto mal colocados, pra que viver?2Ser que os pobres de outro pas sofrem igual aos pobres do Brasil?3Eu estava4discontente que at cheguei a brigar com o meu filho Jos Carlos sem motivo... ...5Chegou um caminho aqui na favela. O motorista e o seu ajudante jogam umas latas. linguia enlatada. Penso: assim que fazem esses comerciantes insaciaveis. Ficam esperando os preos subir na ganancia de ganhar mais. E quando apodrece jogam para os corvos e os infelizes favelados. 6No houve briga.7Eu at estou achando8isso aqui monotono. Vejo as crianas abrir as latas de linguia e exclamar satisfeitas: Hum! T gostosa! A Dona Alice deu-me uma para experimentar.9Mas a lata est estufada. J est podre. Trecho disponvel em: JESUS, Carolina Maria de. Quarto de despejo -dirio de uma favelada. So Paulo: tica, 2001. Considerando a norma culta da lngua portuguesa, observa-se um desvio quando flexo verbal em
(IFCE - 2020) Pedrinho, na varanda, lia um jornal. De repente parou e disse Emlia, que andava rondando por ali: V perguntar vov o que quer dizer folk-lore. V? Dobre a sua lngua. Eu s fao coisas quando me pedem por favor. Pedrinho, que estava com preguia de levantar-se, cedeu exigncia da ex-boneca. Emilinha do corao1 disse ele , faa-me o maravilhoso favor de ir perguntar vov que coisa significa apalavra folk-lore, sim, teteia? Emlia foi e voltou com a resposta. Dona Benta disse que folk quer dizer gente, povo; e lore quer dizer sabedoria, cincia. Folclore so as coisas que o povo sabe por boca, de um contar para o outro, de pais a filhos. Os contos, as histrias, as anedotas, as supersties, as bobagens, a sabedoria popular etc. e tal. Por que pergunta isso, Pedrinho? O menino calou-se. Estava pensativo, com os olhos l longe. Depois disse: Uma ideia que eu tive. Tia Nastcia o povo. Tudo que o povo sabe e vai contando de um para outro, ela deve saber. Estou com o plano deespremer Tia Nastcia para tirar o leite do folclore que h nela. Emlia arregalou os olhos. No est m a ideia, no, Pedrinho! s vezes, a gente tem uma coisa muitointeressante em casa e nem percebe. Fonte: do livro Histrias de Tia Nastcia. So Paulo: Globo, 2009. A funo sinttica da expresso contida no trecho Emilinha do corao (ref. 1)
(IFCE 2019) um texto jornalstico, informativo e impessoal, sem teor opinativo. Alm disso, produes desse gnero no so assinadas pelo autor e tm uma linguagem clara, formal e objetiva, que narra fatos reais do cotidiano. A descrio trata do gnero textual
(IFCE - 2019) As palavras aguardente e pontap formaram-se, respectivamente, por
(IFCE - 2019) Pode-se encontrar o sentido de concesso na orao subordinada adverbial
(IFCE 2016) O desmonte silencioso dos Cursos das Casas de Cultura As Casas de Cultura Estrangeira (CCE) da UFC enfrentam h anos dificuldades na oferta de seus cursos, problemas causados em especial pelo baixo nmero de professores. Com a lei N 12.772, de 28.12.2012, esperava-se assegurar o prosseguimento deste fabuloso projeto dedicado comunidade cearense desde sua criao nos anos 1960 pelo Reitor-Fundador Antnio Martins Filho. Em setembro passado, o CH e a Pr-Reitoria de Gesto de Pessoas propuseram que cada professor das CCE fosse obrigado a dar, no mnimo, uma disciplina num curso de graduao da UFC, sendo esta disciplina determinada pela graduao. Se levada a cabo, esta proposta retiraria completamente das CCE a relativa autonomia que possuem em gerir seus cursos, tendo como consequncia o corte imediato de vagas e o desmonte de um projeto de extenso presente no imaginrio do cearense como um espao de aprendizado de lnguas e de oferta de oportunidades. A Administrao afirma que a atuao das CCE seria ilegal, pois os cursos ali oferecidos seriam s Extenso e no Ensino tal como no trip Ensino-Pesquisa-Extenso e aludiu a uma advertncia do MEC sobre o problema, porm no apresentou tal documento comunidade diretamente atingida, servidores docentes, tcnico-administrativos e alunos. H nesta proposta a real preocupao em defender o interesse da comunidade? Se assim for, est na hora de chamar a principal interessada a sociedade cearense para se inteirar e participar do debate acerca do futuro dos cursos das CCE da UFC. Rogria C. Pereira (Adaptado de http://www.opovo.com.br/app/opovo/opiniao/2015/10/22/noticiasjornalopiniao,3522594/o-desmonte-silencioso-dos-cursos-das-casas-de-cultura.shtml. Acesso em: 24 jul. 2016) O texto acima pode ser classificado, quanto sequncia e ao gnero textuais, como, predominantemente,
(G1/IFCE - 2016) Marque a alternativa sintaticamente correta.
(G1/IFCE - 2016) Na frase Isto lhe ser bastante til, o termo em destaque um
(IFCE - 2016) No perodo importanteque ele no falte reunio, a orao sublinhada
(G1/IFCE - 2016) Observe as frases abaixo e aponte a alternativa que preenche, respectiva e corretamente, as lacunas. I. Vossa Senhoria __________ melhor agora? II. Qual de ns __________ a loua hoje? III. Ana ou Sofia __________ o carro durante a viagem. IV. Praia ou serra me __________. V. Nem um nem outro entrevistado __________ condies de passar no teste
(IFCE - 2014) Estas mos Olha para estas mos de mulher roceira, esforadas mos cavouqueiras. Pesadas, de falanges curtas, sem trato e sem carinho. Ossudas e grosseiras. (...) Mos que varreram e cozinharam. Lavaram e estenderam roupas nos varais. Pouparam e remendaram. Mos domsticas e remendonas. Minhas mos doceiras... jamais ociosas. Fecundas. Imensas e ocupadas. Mos laboriosas. Abertas sempre para dar, ajudar, unir e abenoar. Mos de semeador... Afeitas sementeira do trabalho Caminheira de uma longa estrada. [...] (Cora Coralina 1889-1985 Meu livro de cordel) A tirinha e o poema Estas mos, embora pertenam a gneros textuais diferentes, so semelhantes no que se refere
(IFCE - 2014) Estas mos Olha para estas mos de mulher roceira, esforadas mos cavouqueiras. Pesadas, de falanges curtas, sem trato e sem carinho. Ossudas e grosseiras. (...) Mos que varreram e cozinharam. Lavaram e estenderam roupas nos varais. Pouparam e remendaram. Mos domsticas e remendonas. Minhas mos doceiras... jamais ociosas. Fecundas. Imensas e ocupadas. Mos laboriosas. Abertas sempre para dar, ajudar, unir e abenoar. Mos de semeador... Afeitas sementeira do trabalho Caminheira de uma longa estrada. [...] (Cora Coralina 1889-1985 Meu livro de cordel) Considerando a tirinha acima, na frase Entendi oporquda mo, o termo destacado assume vrias grafias na lngua. Preencha as lacunas com o mesmo vocbulo, levando em conta as variaes grficas e, a seguir, opte por um item que preenchacorretamenteas lacunas. I. Os jovens foram s ruas ............. pretendiam reivindicar seus direitos. II.............., muitas vezes, no assumimos nossos prprios erros? III. No sabemos............. h tanta impunidade no pas.