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Questões de Redação - ITA 2022 | Gabarito e resoluções

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Questão
2022Redação

(ITA - 2022 - 2 fase) Com base no seu conhecimento e em pelo menos um dos itens da coletnea, discorra argumentativamente sobre o seguinte tema:a influncia do medo nas aes humanas. Item 1.Ao princpio esperana, contrapomos o princpio da responsabilidade, e no o princpio medo. Mas, certamente, o medo pertence responsabilidade, tanto quanto a esperana. A esperana uma condio de toda ao, pois ela supe ser possvel fazer algo e diz que vale a pena faz-lo em uma determinada situao. Para o homem experimentado, e mesmo para o favorecido pela sorte, pode tratar-se de algo mais do que esperana: da certeza daquele que confia em si mesmo. Mas, por maior que seja a confiana em si, s se poderia ter a esperana de que os desdobramentos daquilo que j se obteve ser, no fluxo imprevisvel das coisas, aquilo que se desejou. Os homens experientes sabem que um dia podem desejar ter agido desta ou daquela forma. O medo de que falo no se refere a esse tipo de incerteza, ou ele pode estar presente apenas como um efeito secundrio. Com efeito, uma das condies da ao responsvel no se deixar deter por esse tipo de incerteza, assumindo-se, ao contrrio, a responsabilidade pelo desconhecido, dando o carter incerto da esperana; isso o que chamamos de coragem para assumir a responsabilidade. O medo que faz parte da responsabilidade no aquele que nos aconselha a no agir, mas aquele que nos convida a agir. Trata-se de um medo que tem a ver com o objeto da responsabilidade. A responsabilidade o cuidado reconhecido como obrigao em relao a um outro ser, que se torna preocupao, quando h uma ameaa sua vulnerabilidade. Mas o medo est presente na questo original, com o qual podemos imaginar que se inicie qualquer responsabilidade ativa: o que pode acontecer a ele, se eu no assumir a responsabilidade por ele? Quanto mais obscura a resposta, maior se delineia a responsabilidade. Quanto mais no futuro longnquo situa-se aquilo que se teme, quando mais distante do nosso bem-estar ou mal-estar, quanto menos familiar for o seu gnero, mais necessitam ser diligentemente mobilizadas a lucidez da imaginao e a sensibilidade dos sentidos. Torna-se necessria uma heurstica* do medo capaz de investigar, que no s descubra e represente o novo objeto como tal, mas que tome conhecimento do interesse moral particular, ao ser interpretado pelo objeto, algo que jamais teria ocorrido antes. *Heurstica: mtodo para chegar resoluo de problemas, inveno ou descoberta; arte ou cincia de inventar, de descobrir, hiptese provisria adotada para investigar os fatos.Fonte: Hans Jonas. O princpio da responsabilidade, ensaio de uma tica para a civilizao tecnolgica [adaptado]. Trad.: Marijane Lisboa, Luiz Barros Montez. Rio de Janeiro. Contraponto; Editora PUC-Rio, 2006, p. 351-352. Item 2. Congresso internacional do medo Provisoriamente no cantaremos o amor, que se refugiou mais abaixo dos subterrneos. Cantaremos o medo, que esteriliza os abraos, no cantaremos o dio porque esse no existe, existe apenas o medo, nosso pai e nosso companheiro, o medo grande dos sertes, dos mares, dos desertos, o medo dos soldados, o medo das mes, o medo das igrejas, cantaremos o medo dos ditadores, o medo dos democratas, cantaremos o medo da morte e o medo de depois da morte, depois morreremos de medo e sobre nossos tmulos nascero flores amarelas e medrosas. Fonte: Carlos Drummond de Andrade.Antologia potica. 1 ed. So Paulo: Companhia das Letras, 2012, p. 139. Item 3. Desenho sem ttulo de Pawel Kuczynski, publicado em 15/10/16, no perfil do artista no Instagram. Fonte:https://www.instagram.com/p/BLlzqbWj5Kj/. Acesso em 22/08/21.

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