(Mackenzie 2014)
China acumula reservas de terras-raras e gera temores
(The Wall Street Journal, de Xangai 7/02/2011)
A China está acumulando reservas estratégicas de metais de terras-raras, uma iniciativa que pode dar ao governo chinês um maior poder de influenciar os preços e ofertas mundiais de um setor que ele já domina [...]. A China não é a única a procurar estocar terras-raras. Os governos japonês e sul-coreano afirmam que acumularam algumas reservas, e analistas americanos também reivindicaram uma iniciativa similar. Mas o país parece estar à frente dos outros países [...]. Em seus poucos comentários sobre reservas estratégicas de terras-raras, autoridades chinesas citaram a necessidade de proteger os recursos naturais, reduzir a poluição e poupar energia, os mesmos fatores que usou para explicar as cotas de exportação.
O acúmulo estratégico de “terras-raras” é um tema que vem dinamizando as discussões geopolíticas mundiais. A respeito do tema “terras-raras”, é correto afirmar que:
a China tem interesse em acumular reservas estratégicas, podendo assim melhorar a qualidade dos solos na porção Noroeste do país, praticamente, inóspita do ponto de vista produtivo.
os debates internacionais sobre o acúmulo de “terras-raras” se intensificaram por sua importância em aplicações para o desenvolvimento de alta tecnologia como: armas guiadas a laser, baterias de carros híbridos, painéis solares e smartphones.
o Brasil decidiu, desde 2010, manter a neutralidade em relação à intrincada questão geopolítica visto que não possui reminiscências de terras-raras em seu extenso território.
a China lidera o ranking de países detentores de reservas estratégicas seguida pela Malásia e a Austrália, que ocupam o segundo e o terceiro lugar, respectivamente.
a OMC admite a supremacia chinesa em relação à acumulação de terras-raras não impondo, portanto, restrições ao possível monopólio dos recursos nas próximas décadas por tratar-se de um país emergente.