(MACKENZIE 2016)
Se precisamos estar em constante contato com os outros, é evidente que a comunicação é essencial para a vida humana e a organização social. Também é óbvio que, desde o começo de nossa existência, participamos do complexo processo de adquirir regras de comunicação e pô-las em prática. Na maioria das vezes, não discutimos os códigos e os modos de usá-los; simplesmente nos comunicamos por meio deles. Como afirmamos, isso acontece porque somos eminentemente sociais, incapazes de viver isolados.
Aliás, mesmo solitários, estabelecemos um modo de comunicação a que a psicologia se refere como intrapessoal, quando nos questionamos internamente, a partir de nossos sentimentos, nossas dúvidas, nossas motivações interiores. Paralelamente, estamos em constante comunicação interpessoal, aquela que se dá entre duas pessoas, ou grupal, que acontece entre uma pessoa e um grupo, ou viceversa, além de recebermos os apelos da comunicação de massa, que se concretiza pelos meios tecnológicos, como o rádio, o jornal, a televisão, entre outros, acionados por jornalistas e publicitários, que geram e difundem informações e anúncios.
Como fenômeno social, a comunicação dá-se por intermédio de algum tipo de linguagem que, como vimos, se altera de acordo com o uso que as pessoas fazem dela. Verbais ou não verbais, criamos sinais que têm significado especial para o grupo humano do qual fazemos parte. A variedade de línguas faladas no mundo é um exemplo bem evidente do fenômeno, mas existem outros. O significado que atribuímos às cores é um deles: se para nós, ocidentais, o vermelho pode significar poder [...], para algumas culturas africanas, ele está ligado ao luto, pois evoca luta, sangue, morte.
Vera Teixeira de Aguiar, O verbal e o não verbal
O texto pode ser classificado como uma:
notícia, pois, pela exploração de fatos do cotidiano, apresenta como função principal tratar de assuntos ocorridos em momentos específicos da sociedade.
elaboração poética, perceptível no emprego destacado de figuras de linguagem e de palavras em sentido conotativo.
mensagem de valor informativo, uma vez que, ao elaborar seus argumentos, procura divulgar didaticamente saberes sobre a linguagem.
mensagem com função instrucional, porque seu objetivo central é a orientação de comportamentos sociais.
narração, uma vez que há o desenvolvimento de um enredo que chega a uma conclusão por meio do suspense que cria no leitor.