ENEM

ITA

IME

FUVEST

UNICAMP

UNESP

UNIFESP

UFPR

UFRGS

UNB

VestibularEdição do vestibular
Disciplina

(Pucsp 2008)CIDADÃOS COM CIDADANIARUY CASTRORIO DE

Português | Gramática | período composto por subordinação
PUC 2008PUC PortuguêsTurma ENEM Kuadro

(Pucsp 2008)

CIDADÃOS COM CIDADANIA

RUY CASTRO

RIO DE JANEIRO – Um chiclete ou toco de cigarro jogado na rua atrai outro chiclete ou toco de cigarro. Uma garrafa pet atirada na pista pela janela de um carro induz a que outro cretino, passando de carro, atire outra garrafa. Um monte de lixo não recolhido na calçada leva o indivíduo a despejar mais lixo na calçada, achando que o ponto está liberado para vazadouro.
Uma faixa com os dizeres "Maricotinha, te amo" ou "Obrigado a santo Agapito pela graça alcançada", estendida de poste a poste, de um lado a outro da rua, estimula que alguém pendure outras faixas apregoando "Vendem-se túmulos" ou "Jazigos abaixo do custo", como já vi perto de cemitérios, penduradas de árvore a árvore.
Uma tabuleta na porta de um açougue prometendo "Coxão mole a xis reais o quilo", empatando metade da calçada, é um convite a que farmácias, lanchonetes, locadoras de vídeo etc. atravanquem o resto da via pública com seus anúncios. Um carro estacionado com duas rodas no passeio está a um passo de botar as outras duas rodas no passeio e interrompê-lo de vez.
Uma pichação na fachada de um prédio leva outro pichador a emporcalhar o prédio ao lado ou a tentar competir com o primeiro, pichando os andares mais altos. Um grafiteiro autorizado a cobrir uma parede com seus horrendos desenhos estará apenas se prevalecendo da coação que sua categoria impõe ao poder público – ou este libera o grafite, por ser uma "arte", ou os grafiteiros vão na marra e pintam do mesmo jeito.
Tanta imundície revela abandono e é uma porta aberta para a criminalidade – bandidos sentem-se bem em meio a ela. Algumas prefeituras fazem sua parte, mas os cidadãos precisam ajudar, exercendo a cidadania. Embora pertença a todos, o espaço público não é a casa da mãe joana.

(Folha de S. Paulo, Opinião A2. 19 de maio de 2008)

Considere o seguinte trecho:

Uma tabuleta na porta de um açougue prometendo “Coxão mole a xis reais o quilo”, empatando metade de calçada, é um convite a que farmácias, lanchonetes, locadoras de vídeo, etc. atravanquem o resto da via pública com seus anúncios.

A forma nominal do verbo “prometer” pode ser reescrita de várias formas (ainda que com alterações de sentido), como se observa nas alternativas a seguir, exceto em:

A

(...) desde que prometa “Coxão mole a xis reais o quilo”...

B

(...) caso prometa “Coxão mole a xis reais o quilo”...

C

(...) que promete “Coxão mole a xis reais o quilo”...

D

(...) na qual promete “Coxão mole a xis reais o quilo”...

E

(...) por meio da qual se promete “Coxão mole a xis reais o quilo”...