(PUC-PR Verão 2014) Pesquisadores brasileiros apresentaram duas novas espécies de aracnídeos pertencentes à ordem Schizomida, descobertas em cavernas úmidas em regiões áridas do Ceará e do Rio Grande do Norte. Em artigo publicado na revista PLoS One no dia 22 de maio, o biólogo Adalberto J. Santos, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), e seus colegas descreveram Rowlandius ubajara (Ceará) e Rowlandius potiguar (Rio Grande do Norte) como “aracnídeos de coloração marrom-avermelhada”. Ambos estavam em cavernas profundas de calcário onde não há luz. Eles vivem em meio às fezes de morcegos, colonizadas por pequenos insetos, como os das ordens dos colêmbolos e dos tisanuros, que provavelmente são o alimento dos aracnídeos. “As principais diferenças entre essas duas novas espécies são o formato do flagelo [rabicho] do macho e detalhes dos órgãos genitais internos da fêmea, que precisam ser dissecadas e examinadas no microscópio”, explica o professor da UFMG. “Algo interessante sobre o R. potiguar é o fato de existirem dois ‘tipos’ de machos”, diz. Uns, observa o pesquisador, têm pedipalpos [apêndices ao lado da boca] longos, enquanto outros apresentam pedipalpos curtos, parecidos com as fêmeas. Os animais são chamados de pelos próprios pesquisadores que fizeram a descoberta de “micro escorpião-vinagre” ou “escorpião-vinagre de flagelo curto”. O nome vem de glândulas que produzem uma secreção rica em ácido acético (daí o “vinagre” do nome popular), que é lançada contra possíveis agressores.
Fonte: http://revistapesquisa.fapesp.br/2013/06/07/pesquisadoresdescobrem-novas-especies-de-aracnideos-no-brasil/. Acesso em: 01 set. 2013.
Sobre a descoberta dessas novas espécies e seus hábitos, é CORRETO afirmar:
Rowlandius ubajara e Rowlandius potiguar referese ao nome científico, composto pelo gênero que inicia com maiúsculo e o epíteto específico minúsculo, essas duas espécies pertencem à mesma família.
Ambos estavam em cavernas profundas de calcário onde não há luz. O fato de esses insetos viverem em ambiente sem luz fez com que eles não desenvolvessem olhos.
Essas novas espécies apresentam pedipalpos, característica típica de aracnídeos, bem como a presença de um par de antenas e oito patas.
A nomenclatura científica identifica os novos animais como: “micro escorpião-vinagre” ou “escorpião-vinagre de flagelo curto”, por ser trinominal, trata-se de subespécies.
As novas espécies de aracnídeos estão incluídas no filo dos artrópodes na classe dos insetos.