(UEL - 2005) "É bem verdade que outros colonizadores europeus estavam também ocupando espaços, mas impressiona no caso da América inglesa, a velocidade assim como a variedade das formas de ocupação e de atividades econômicas. Impressiona também a convicção de um direito divino, assim como de uma missão especial desse povo na América. Essa crença na própria excepcionalidade resultava de uma tradição religiosa (puritana) que realçava a realização da virtude individual, assim como de uma tradição republicana que fundava as instituições políticas na ação e na vontade de homens livres."
(MOURA, Gerson. "Estados Unidos e América Latina". São Paulo: Contexto, 1991. p. 11.)
Com base no texto e nos conhecimentos sobre a colonização das Américas anglo-saxônica, portuguesa e hispânica, é correto afirmar:
As colonizações das Américas estiveram fortemente marcadas por uma cultura urbana, sendo que, desde o início, a penetração rumo ao interior e a fundação de cidades, com suas instituições políticas, foram os aspectos que as aproximaram.
A colonização da América anglo-saxônica recebeu famílias camponesas pobres endividadas, burguesas ou nobres, vítimas de perseguições político-religiosas; no entanto, em ambos os casos, colonizar foi sinônimo de dominação econômica, política e religiosa.
As concepções políticas e religiosas semelhantes nas colonizações das Américas foram decisivas para estruturar modelos de desenvolvimento similares, de valorização das capacidades individuais.
Na América hispânica e portuguesa, a adoção da escravidão negra e do catolicismo subverteu o modo de colonizar ibérico e explica os eficientes processos de emancipação política nos diferentes países latino-americanos.
Ao contrário dos povos que colonizaram a América anglo-saxônica, aqueles que colonizaram as Américas hispânica e portuguesa foram incapazes de desenvolvê-las economicamente, em razão das disposições naturais adversas nelas encontradas, a exemplo do clima e das condições geográficas.