(Uel 2008) Leia o texto a seguir:Como argumentaram com muita propriedade diversos críticos da tradição sociológica [...]. As nações e os estados nacionais não interagem simplesmente entre si; sob as condições modernas, eles formam – ou tendem a formar – um mundo, isto é, um contexto global com os seus próprios processos e mecanismos de integração. A forma nacional de integração, dessa forma, desenvolve-se e funciona em conexão íntima e num conflito mais ou menos acentuado com a forma global. [...]Para apreender a sua relevância em relação à análise do nacionalismo, é necessário ter em mente que a globalização de modo algum é sinônimo de homogeneização [...]. Pelo contrário, ela deve ser entendida como uma nova estrutura de diferenciação.(ARNASON, J. P. Nacionalismo, globalização e modernidade, In: FEATHERSTONE, M. (Org.) Cultura global: nacionalização, globalização e modernidade. Petrópolis: Vozes, 1994. p. 238.) De acordo com o texto, é correto afirmar:
(Uel 2008) Leia o texto a seguir:Uma notável virada na história do casamento teve início na década final do século XX, com a institucionalização oficial do casamento homossexual, ou “parceria”. [...] O reconhecimento da homossexualidade como forma legítima de sexualidade foi parte da revolução sexual do ocidente. Ela está agora descriminalizada onde era ainda um delito, e em 1973 foi retirada da lista de desordens mentais da Associação Psiquiátrica Americana.Em 1975, a Comissão de Serviços Civis dos EUA retirou sua interdição à contratação de homossexuais.Logo, a discriminação dos homossexuais é que passou a ser considerada um delito. A igualdade em relação à “orientação sexual” esteve nas normas para a nomeação de prefeitos na Holanda na década de 1980, por exemplo. Grande avanço internacional foi sua inclusão na Constituição Sul-Africana pós-apartheid [em 1996].[...] Entretanto, o que é interessante nesse nosso contexto particular são as reivindicações de gays e lésbicas pelo direito ao casamento e a aceitação parcial de suas exigências. O maior progresso aconteceu no norte da Europa [...]. [...] as parcerias de mesmo sexo foram inicialmente institucionalizadas na Escandinávia como tantas outras coisas da moderna mudança da família. Desde 1970, as autoridades suecas reconheciam alguns direitos gerais de coabitação dos parceiros do mesmo sexo, reconhecimento sistematizado em 1987 no Ato dos Coabitantes Homossexuais. A primeira legislação nacional sobre parcerias registradas entre casais do mesmo sexo foi aprovada na Dinamarca, em 1989, e serviu de modelo para outros países escandinavos.Na Holanda, a lei sobre parcerias registradas está em efeito desde 1998, na França desde 1999, abrangendo também relações pessoais solidárias que não apenas homossexuais. [...] No Brasil, um projeto de lei do Partido dos Trabalhadores, então na oposição, foi apresentado antes das eleições de 2002, mas não foi ainda votado. O casamento não está desaparecendo. Está mudando.(THERBORN, G. Sexo e poder: a família no mundo, 1900-2000. São Paulo: Contexto, 2006. p.329-331.) Os direitos dos homossexuais relatados no texto constituem-se em demandas expostas pelos
(Uel 2008) Na República, Platão faz a seguinte consideração sobre os poetas: [...] devemos começar por vigiar os autores de fábulas, e selecionar as que forem boas, e proscrever as más. [...] Das que agora se contam, a maioria deve rejeitar-se. [...] As que nos contaram Hesíodo e Homero – esses dois e os restantes poetas. Efectivamente, são esses que fizeram para os homens essas fábulas falsas que contaram e continuam a contar. Por seu turno, na Poética, Aristóteles diz o seguinte a respeito dos poetas: [...] quando no poeta se repreende uma falta contra a verdade, há talvez que responder como Sófocles: que representava ele os homens tais como devem ser, e Eurípides, tais como são. E depois caberia ainda responder: os poetas representam a opinião comum, como nas histórias que contam acerca dos deuses: essas histórias talvez não sejam verdadeiras, nem melhores; [...] no entanto, assim as contam os homens. (ARISTÓTELES. Poética. Tradução de Eudoro de Souza. São Paulo: Abril Cultural, 1973. p. 468. Os Pensadores IV.) Com base nos textos acima e nos conhecimentos sobre o pensamento estético de Platão e de Aristóteles, assinale a alternativa correta.
(Uel 2008) Leia o texto a seguir. A razão humana, num determinado domínio dos seus conhecimentos, possui o singular destino de se ver atormentada por questões, que não pode evitar, pois lhe são impostas pela sua natureza, mas às quais também não pode dar respostas por ultrapassarem completamente as suas possibilidades. (KANT, I. Crítica da Razão Pura (Prefácio da primeira edição, 1781). Tradução de ManuelaPinto dos Santos e Alexandre Fradique Morujão. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1994, p. 03.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre Kant, o domínio destas intermináveis disputas chama-se
(UEL -2008) Leia a citao a seguir. Encontrar uma forma de associao que defenda e proteja a pessoa e os bens de cada associado com toda fora comum, e pela qual cada um, unindo-se a todos, s obedece contudo a si mesmo, permanecendo assim to livre quanto antes. (ROUSSEAU, J. J. Do contrato social. Traduo de Lourdes Santos Machado. So Paulo: Nova Cultural, 1987. p. 32. Os Pensadores.) Com base na citao acima e nos conhecimentos sobre o pensamento poltico de Rousseau, considere as seguintes afirmativas. I. O contrato social s se torna possvel havendo concordncia entre obedincia e liberdade. II. A liberdade conquistada atravs do contrato social uma liberdade convencional. III. Por meio do contrato social, os indivduos perdem mais do que ganham. IV. A liberdade conquistada atravs do contrato social a liberdade natural. Assinale a alternativa que contm todas as afirmativas corretas, mencionadas anteriormente.
(UEL - 2008) Quatro tipos de causas podem ser objeto da cincia para Aristteles: causa eficiente, final, formal e material. Assinale a alternativa correta em que as perguntas correspondem, respectivamente, s causas citadas.
(UEL - 2008) Leia o seguinte texto de Descartes: Essas longas cadeias de razes, todas simples e fceis, de que os gemetras costumam se utilizar para chegar s demonstraes mais difceis, haviam-me dado oportunidade de imaginar que todas as coisas passveis de cair sob domnio do conhecimento dos homens seguem-se umas s outras da mesma maneira e que, contanto que nos abstenhamos somente de aceitar por verdadeira alguma que no o seja, e que observemos sempre a ordem necessria para deduzi-las umas das outras, no pode haver, quaisquer que sejam, to distantes s quais no se chegue por fim, nem to ocultas que no se descubram. (DESCARTES, R. Discurso do mtodo. Traduo de Elza Moreira Marcelina. Braslia: Editora da Universidade de Braslia; So Paulo: tica, 1989. p. 45.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre o pensamento de Descartes, correto afirmar que:
(Uel 2008)De acordo com a ética do discurso, os argumentos apresentados a fim de validar as normas [...] têm força de convencer os participantes de um discurso a reconhecerem uma pretensão de validade, tanto para a pretensão de verdade quanto para a pretensão de retidão. [...] Ele [Habermas] defende a tese de que as normas éticas são passíveis de fundamentação num sentido análogo ao da verdade. (BORGES, M. de L.; DALLAGNOL, D. ; DUTRA, D. V.Ética. Rio de Janeiro: DPA, 2002, p. 105.) Assim, é correto afirmar que a ética do discurso defende uma abordagem cognitivista da ética (HABERMAS, J.Consciência moral e agir comunicativo. Tradução Guido Antonio de Almeida. Rio de Janeiro: Tempo Brasileira, 1989. p. 62 e 78.) Sobre o cognitivismo da ética do discurso, é correto afirmar:
(UEL - 2008) Leia o seguinte texto de Descartes: [...] considerei em geral o que necessrio a uma proposio para ser verdadeira e certa, pois, como acabara de encontrar uma proposio que eu sabia s-lo inteiramente, pensei que devia saber igualmente em que consiste essa certeza. E, tendo percebido que nada h no penso, logo existo que me assegure que digo a verdade, exceto que vejo muito claramente que, para pensar, preciso existir, pensei poder tomar por regra geral que as coisas que concebemos clara e distintamente so todas verdadeiras. (DESCARTES, R. Discurso do mtodo. Traduo de Elza Moreira Marcelina. Braslia: Editora da Universidade de Braslia; So Paulo: tica, 1989. p. 57.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre o pensamento cartesiano, correto afirmar:
(UEL - 2008) Para Kant, a moral no a doutrina que nos ensina como nos tornamos felizes, mas sim a doutrina que ensina como devemos agir para nos tornarmos dignos da felicidade. (KANT, I. Crtica da razo prtica. Traduo de Artur Moro. Lisboa: Ed. 70, 1986. p. 149.) Com base nos conhecimentos sobre a moral em Kant, correto afirmar:
(UEL - 2008) Leia o texto a seguir: Certamente, temos aqui ao menos uma proposio bem inteligvel, seno uma verdade, quando afirmamos que, depois da conjuno constante de dois objetos, por exemplo, calor e chama, peso e solidez, unicamente o costume nos determina a esperar um devido ao aparecimento do outro. Parece que esta hiptese a nica que explica a dificuldade que temos de, em mil casos, tirar uma concluso que no somos capazes de tirar de um s caso, que no discrepa em nenhum aspecto dos outros. A razo no capaz de semelhante variao. As concluses tiradas por ela, ao considerar um crculo, so as mesmas que formaria examinando todos os crculos do universo. Mas ningum, tendo visto somente um corpo se mover depois de ter sido impulsionado por outro, poderia inferir que todos os demais corpos se moveriam depois de receberem impulso igual. Portanto, todas as inferncias tiradas da experincia so efeitos do costume e no do raciocnio. (HUME, D. Investigao acerca do entendimento humano. traduo de Anoar Aiex. So Paulo: Nova Cultural, 1999. pp. 61-62.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre o pensamento de David Hume, correto afirmar:
(UEL - 2008) Leia o texto a seguir. Como o costume nos determina a transferir o passado para o futuro em todas as nossas inferncias, esperamos se o passado tem sido inteiramente regular e uniformeo mesmo evento com a mxima segurana e no toleramos qualquer suposio contrria. Mas, se temos encontrado que diferentes efeitos acompanham causas que em aparncia so exatamente similares, todos estes efeitos variados devem apresentar-se ao esprito ao transferir o passado para o futuro, e devemos consider-los quando determinamos a probabilidade do evento. (HUME, D. Investigaes acerca do entendimento humano. Traduo de Anoar Aiex. So Paulo: Nova Cultural, 1996, p. 73.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre Hume, correto afirmar:
(UEL - 2008) amplamente conhecido, na histria da filosofia, como Descartes coloca em dvida todo o conhecimento, at encontrar um fundamento inabalvel; uma espcie de princpio de reconstituio do conhecimento. Neste processo, Descartes elege uma regra metodolgica que o orientar na busca de novas verdades. A regra geral que orientar Descartes na busca de novas verdades
(UEL -2008) Para Locke, o estado de natureza um estado de liberdade e de igualdade. (LOCKE, J. Segundo tratado sobre o governo civil. Traduo de Magda Lopes e Marisa Lobo da Costa. Petrpolis: Vozes, 1994. p. 83.) Com base nos conhecimentos sobre a filosofia poltica de Locke, assinale a alternativa correta.
(UEL 2010) Leia o texto a seguir: O principal argumento humeano contra a explicao da inferncia causal pela razo era que este tipo de inferncia dependia da repetio, e que a faculdade chamada razo padecia daquilo que se pode chamar uma certa insensibilidade repetio, ou seja, uma certa indiferena perante a experincia repetida. Em completo contraste com isso, o princpio defendido por nosso filsofo, um princpio para designar o qual props os nomes de costume ou hbito, foi concebido como uma disposio humana caracterizada pela sensibilidade repetio, podendo assim ser considerado um princpio adequado explicao dos raciocnios derivados de experincias repetidas. (MONTEIRO, J. P.Novos Estudos Humeanos. So Paulo: Discurso Editorial, 2003, p. 41) Com base no texto e nos conhecimentos sobre o empirismo, correto afirmar que Hume