(UEL - 2008) Leia o texto a seguir:
“Um dos primeiros atos dos marinheiros portugueses que, a 22 de abril de 1500, alcançaram a costa sobrecarregada de floresta do continente sul-americano nos 17 graus de latitude sul, foi derrubar uma árvore. Do tronco desse sacrifício ao machado de aço, confeccionaram uma cruz rústica - para eles o símbolo da salvação da humanidade. [...] Presas à cruz de madeira estavam as insígnias e divisas do rei, um sinal inequívoco da identidade entre os objetivos e a autoridade do Estado e da Igreja. [...] os portugueses tropeçaram em um meio continente, movidos por cobiça e virtude [...]. A Mata Atlântica os deixava impassíveis ou atônitos.”
(DEAN, W. A ferro e fogo. São Paulo: Companhia das Letras, 1996. p. 59-60.)
Com base no texto e nos conhecimentos sobre o processo histórico de produção no Brasil, é correto afirmar:
A biodiversidade da Mata Atlântica, por ser pobre em relação à quantidade de plantas e animais, foi, desde a colonização, explorada no processo histórico de cultivo de lavouras de clima temperado.
Os exploradores portugueses, usando de técnicas modernas de agricultura tropical praticadas na metrópole, retiraram de nossas florestas uma imensa riqueza que amparou a Companhia das Índias orientais.
O sinal inequívoco da identidade entre os objetivos e a autoridade do Estado e da Igreja, marcado pelas insígnias e divisas do rei forjadas na cruz, tornou-se expressão da ideologia republicana.
Os mananciais que abasteciam a cidade de São Paulo foram progressivamente substituídos pelo aqüífero Guarani, devido à intensa devastação da Mata Atlântica.
Os colonizadores portugueses, ao explorarem e descreverem as terras brasileiras, contribuíram para a compreensão dos costumes de seus habitantes e do conhecimento da biodiversidade.