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Questões de Português - UEL 2011 | Gabarito e resoluções

1-3 de 3
Questão 8
2011Português

Texto Bom-Crioulo não pensou em dormir, cheio, como estava, de ódio e desespero. Ecoavam-lhe ainda no ouvido, como um dobre fúnebre, aquelas palavras de uma veracidade brutal, e de uma rudez pungente: Dizem até que está amigado! Amigado, o Aleixo! Amigado, ele que era todo seu, que lhe pertencia como o seu próprio coração: ele, que nunca lhe falara em mulheres, que dantes era tão ingênuo, tão dedicado, tão bom!... Amigar-se, viver com uma mulher, sentir o contacto de outro corpo que não o seu, deixar-se beijar, morder, nas ânsias do gozo, por outra pessoa que não ele, Bom-Crioulo!... Agora é que tinha um desejo enorme, uma sofreguidão louca de vê-lo, rendido, a seus pés, como um animalzinho; agora é que lhe renasciam ímpetos vorazes de novilho solto, incongruências de macho em cio, nostalgias de libertino fogoso... As palavras de Herculano (aquela história do grumete com uma rapariga) tinham-lhe despertado o sangue, fora como uma espécie de urtiga brava arranhando-lhe a pele, excitando-o, enfurecendo-o de desejo. Agora sim, fazia questão! E não era somente questão de possuir o grumete, de gozá-lo como outrora, lá cima, no quartinho da Rua da Misericórdia: - era questão de gozá-lo, maltratando-o, vendo-o sofrer, ouvindo-o gemer... Não, não era somente o gozo comum, a sensação ordinária, o que ele queria depois das palavras de Herculano: era o prazer brutal, doloroso, fora de todas as leis, de todas as normas... E havia de tê-lo, custasse o que custasse! Decididamente ia realizar o seu plano de fuga essa noite, ia desertar pelo mundo à procura de Aleixo. Inquieto, sobre-excitado, nervoso, pôs-se a meditar. O grumete aparecia-lhe com uma feição nova, transfigurado pelos excessos do amor, degenerado, sem aquele arzinho bisonho que todos lhe admiravam, o rosto áspero, crivado de espinhas, magro, sem cor, sem sangue nos lábios... Pudera! Um homem não resiste, quanto mais uma criança! Aleixo devia de estar muito acabado; via-o nos braços da amante, da tal rapariga - ele novo, ela mocinha, na flor dos vinte anos -, via-o rolar em espasmos luxuriosos, grudado à mulher, sobre uma cama fresca e alva - rolar e cair extenuado, crucificado, morto de fraqueza... Depois a rapariga debruçava-se sobre ele, juntava boca à boca num grande beijo de reconhecimento. E no dia seguinte, na noite seguinte, a mesma cousa. (CAMINHA, Adolfo. Bom-Crioulo. São Paulo: Ediouro, s/d. p. 73-74.) Observe as formas excitando-o e maltratando-o, presentes no 3 parágrafo. Assinale a alternativa correta.

Questão
2011Português

(Uel 2011) Assinale a alternativa que apresenta o mesmo sentido do trecho Enquanto iam-lhe cicatrizando as feridas roxas do corpo tatuado pela chibata, abria-se-lhe na alma rude de marinheiro um grande vácuo [...] (p. 61), retirado do romance Bom-Crioulo de Adolfo Caminha.

Questão
2011Português

(UEL - 2011) Texto Mas quando todas as luzes da pennsula se apagaram ao mesmo tempo, apagn lhe chamaram depois em Espanha, negrum numa aldeia portuguesa ainda inventora de palavras,quando quinhentos e oitenta e um mil quilmetros quadrados de terras se tornaram invisveis na face do mundo, ento no houve mais dvidas, o fim de tudo chegara. Valeu a extino total das luzes no ter durado mais do que quinze minutos, at que se completaram as conexes de emergncia que punham em aco os recursos energticos prprios, nesta altura do ano escassos, pleno vero, Agosto pleno, seca, mngua das albufeiras, escassez das centrais trmicas, as nucleares malditas, mas foi verdadeiramente o pandemnio peninsular, os diabos solta, o medo frio, o aquelarre, um terramoto no teria sido pior em efeitos morais. Era noite, o princpio dela, quando a maioria das pessoas j recolheram a casa, esto uns sentados a olhar a televiso, nas cozinhas as mulheres preparam o jantar, um pai mais paciente ensina, incerto, o problema de aritmtica, parece que a felicidade no muita, mas logo se viu quanto afinal valia, este pavor, esta escurido de breu, este borro de tinta cado sobre a Ibria, No nos retires a luz, Senhor, faz que ela volte, e eu te prometo que at ao fim da minha vida no te farei outro pedido, isto diziam os pecadores arrependidos, que sempre exageram. (SARAMAGO, Jos. A jangada de pedra. So Paulo: Companhia das Letras, 1988. p.35-36.) Sobre o emprego de conectivos no texto, considere as afirmativas a seguir. I. No trecho [...] at que se completaram as conexes de emergncia [...], a expresso em destaque expressa noo temporal e pode ser substituda por quando. II. No trecho [...] isto diziam os pecadores arrependidos, que sempre exageram, o pronome relativo que inicia orao que acrescenta uma caracterstica ao termo antecedente. III. Em [...] e eu te prometo que at o fim da minha vida [...] o conectivo e equivale a mas, iniciando uma orao coordenada adversativa. IV. O uso do conectivo mas em [...] parece que a felicidade no muita, mas logo se viu quanto afinal valia expressa oposio, portanto introduz uma orao coordenada adversativa. Assinale a alternativa correta.

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