(UERJ - 2001) CARTAS DE LEITORES J conhecemos nossos governantes e polticos, suas ndoles, seus defeitos, suas capacidades limitadas para solues e amplas para confuses. S no conhecamos ainda nossos manifestantes, se que assim se pode dizer. Nada justifica a agresso fsica, seja qual for a manifestao, seja quem for o agredido ou o agressor. Nada justificar, jamais, a agresso sofrida pelo governador Mrio Covas, por mais digna que fosse a manifestao. O que causa espanto que se tratava de uma manifestao de professores. esse o papel de um educador? (VILA, Marcelo Maciel. O Globo, 03/06/2000) O pas est chocado com as agresses que os representantes do povo esto sofrendo. As autoridades e a imprensa nacional tm-se manifestado severamente contra esses atos. Primeiro foi uma paulada no governador de So Paulo, depois um ovo no ministro da Sade e, em 1 de junho, outro ataque ao governador Mrio Covas. O vice-presidente da Repblica disse que o governador merece respeito. Concordo. Mas os demais cidados brasileiros no merecem? O ministro da Justia cobrou punio judicial para os agressores, afirmando que a ltima manifestao transpusera os limites do tolervel. E a situao de extrema violncia que ns, cariocas, estamos vivendo? Quando o ministro vai achar que foram transpostos os limites do tolervel? (SILVA, Arthur Costa da. O Globo, 03/06/2000.) As duas cartas acima so de leitores expressando suas opinies sobre o episdio de agresso ao governador de So Paulo em manifestao de professores em greve. O veculo de publicao de cartas - o jornal - impe um limite de espao para os textos. Em funo desse limite de espao, os dois textos apresentam como trao comum:
(Uerj 2001) CARTAS DE LEITORES J conhecemos nossos governantes e polticos, suas ndoles, seus defeitos, suas capacidades limitadas para solues e amplas para confuses. S no conhecamos ainda nossos manifestantes, se que assim se pode dizer. Nada justifica a agresso fsica, seja qual for a manifestao, seja quem for o agredido ou o agressor. Nada justificar, jamais, a agresso sofrida pelo governador Mrio Covas, por mais digna que fosse a manifestao. O que causa espanto que se tratava de uma manifestao de professores. esse o papel de um educador? (VILA, Marcelo Maciel. O Globo, 03/06/2000) O pas est chocado com as agresses que os representantes do povo esto sofrendo. As autoridades e a imprensa nacional tm-se manifestado severamente contra esses atos. Primeiro foi uma paulada no governador de So Paulo, depois um ovo no ministro da Sade e, em 1 de junho, outro ataque ao governador Mrio Covas. O vice-presidente da Repblica disse que o governador merece respeito. Concordo. Mas os demais cidados brasileiros no merecem? O ministro da Justia cobrou punio judicial para os agressores, afirmando que a ltima manifestao transpusera os limites do tolervel. E a situao de extrema violncia que ns, cariocas, estamos vivendo? Quando o ministro vai achar que foram transpostos os limites do tolervel? (SILVA, Arthur Costa da. O Globo, 03/06/2000.) Em geral, esse tipo de carta no jornal busca convencer os leitores de um dado ponto de vista. Por causa dessa inteno, possvel verificar que ambas as cartas transcritas se caracterizam por:
(Uerj 2001) (...) No resguardei os apontamentos obtidos em largos dias e meses de observao: num momento de aperto fui obrigado a atir-los na gua. Certamente me iro fazer falta, mas ter sido uma perda irreparvel? Quase me inclino a supor que foi bom privar-me desse material. Se ele existisse, ver-me-ia propenso a consult-lo a cada instante, mortificar-me-ia por dizer com rigor a hora exata de uma partida, quantas demoradas tristezas se aqueciam ao sol plido, em manh de bruma, a cor das folhas que tombavam das rvores, num ptio branco, a forma dos montes verdes, tintos de luz, frases autnticas, gestos, gritos, gemidos. Mas que significa isso? Essas coisas verdadeiras podem no ser verossmeis. E se esmoreceram, deix-las no esquecimento: valiam pouco, pelo menos imagino que valiam pouco. Outras, porm, conservaram-se, cresceram, associaram-se, e inevitvel mencion-las. Afirmarei que sejam absolutamente exatas? Leviandade. (...) Nesta reconstituio de fatos velhos, neste esmiuamento, exponho o que notei, o que julgo ter notado. Outros devem possuir lembranas diversas. No as contesto, mas espero que no recusem as minhas: conjugam-se, completam-se e me do hoje impresso de realidade. (...) (RAMOS, Graciliano. Memrias do crcere. Rio, So Paulo: Record, 1984.) A relao entre autor e narrador pode assumir feies diversas na literatura. Pode-se dizer que tal relao tem papel fundamental na caracterizao de textos que, a exemplo do livro de Graciliano Ramos, constituem uma autobiografia - gnero literrio definido como relato da vida de um indivduo feito por ele mesmo. A partir dessa definio, possvel afirmar que o carter autobiogrfico de uma obra reconhecido pelo leitor em virtude de:
(UERJ 2001) At o sculo XVII, o papel dos espermatozoides na fertilizao do vulo no era reconhecido. O cientista italiano Lazaro Spallanzani, em 1785, questionou se seria o prprio smen, ou simplesmente o vapor dele derivado, a causa do desenvolvimento do vulo. Do relatrio que escreveu a partir de seus estudos sobre a fertilizao, foi retirado o seguinte trecho: ... para decidir a questo, importante empregar um meio conveniente que permita separar o vapor da parte figurada do smen e faz-lo de tal modo que os embries sejam mais ou menos envolvidos pelo vapor. Dentre as etapas que constituem o mtodo cientfico, esse trecho do relatrio um exemplo de:
(UERJ - 2001) A Internet o portal da nova era, mas apenas 3% da populao brasileira tm hoje acesso rede. (O Globo. 09/07/2000) Analisando o emprego do conectivo MAS na construo acima, possvel concluir que, alm de ligar duas partes da frase, ele desempenha a seguinte funo:
(Uerj 2001) Efetivamente a cidade teve um progresso rpido. Muitos homens adotaram gravatas e profisses desconhecidas. Os carros de bois deixaram de chiar nos caminhos estreitos. O automvel, a eletricidade e o cinema. E impostos. RAMOS, Graciliano. So Bernardo. So Paulo: Record. 1988 - original de 1934. Talvez possa dizer que esse desencontro entre a sociedade e a economia seja um dos segredos da prosperidade dos negcios. As expanses do capital beneficiam-se das condies adversas sob as quais os trabalhadores so obrigados a produzir, no campo e na cidade. (...) Os setores sociais participantes tm uma base na explorao dos excludos. IANNI, Octavio. A Ideia do Brasil Moderno. So Paulo: Brasiliense, 1992. No texto do romancista apresentam-se aspectos de um processo criticado de modo significativo no texto do socilogo lanni. O processo e o principal indicador crtico referidos nos textos podem ser identificados em:
(UERJ - 2001) Dois elementos recm-descobertos, X e Y, no aparecemainda nas tabelas peridicas dos livros de Qumica.O experimento que levou a essa descoberta consistiuna acelerao de tomos de criptnio-86 contra umachapa metlica de chumbo-208. Nesse processo, formou-seo nucldeo X e houve emisso de um nutron. Onucldeo X sofreu decaimento natural por emisso alfa,produzindo o nucldeo Y, que possui em seu ncleo 116prtons. Determine o nome da famlia a que pertence onucldeo X e o nmero de massa do nucldeo Y.
(Uerj 2001)(...) O consumo nacional de derivados de petrleo acusa uma ascenso regular, que traduz o desenvolvimento das atividades do pas, no s quanto ao transporte mas tambm quanto indstria. No entanto (...) essa ascenso constante do consumo implica necessariamente um aumento das importaes, com dispndios crescentes de divisas, que podero ser empregadas na compra de outras utilidades estrangeiras, quando o permitir a produo brasileira de leo mineral. (DEL PRIORE, Mary et alli (orgs). Documentos de Histria do Brasil: de Cabral aos anos 90. So Paulo: Scipione, 1997. Esse texto parte da mensagem enviada por Getlio Vargas ao Congresso Nacional, em 1951, propondo a criao da Petrobrs. A leitura do texto permite concluir que o principal objetivo da Petrobrs era:
(Uerj 2001) Leia o quadro e o texto. (VICENTINO, C. "Rússia antes e depois da URSS". São Paulo: Scipione, 1995.) "Um elemento que contribui para a difusão do nacionalismo entre as minorias é o colapso das instituições do Estado. O fracasso em preencher necessidades básicas das pessoas e a inexistência de estruturas alternativas satisfatórias são fatores-chave para a compreensão da inesperada proliferação de movimentos nacionalistas na antiga União Soviética, onde novas estruturas de Estado estão em processo de estabelecimento, mas ainda não podem prover a segurança e o bem-estar de seus componentes.(Adaptado de GUIBERNAU, M. "Nacionalismos: o estado nacional e o nacionalismo no século XX", Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editora, 1997.) Muitos dos problemas políticos vividos hoje nas ex-repúblicas soviéticas decorrem da política de expansão das populações, a consequência política que pode ser identificada é:
(UERJ 2001) A doença de Chagas foi descrita em 1909 pelo médico brasileiro Carlos Chagas, na região norte de Minas Gerais. Lá verificou a existência de um inseto chamado popularmente de barbeiro, que, à noite, picava os habitantes da região. Quando Chagas examinou o barbeiro viu, em seu intestino, microorganismos que ele batizou de Tripanossoma cruzi, em homenagem a Oswaldo Cruz. Chagas pôde concluir que este inseto era o responsável pela doença quando encontrou o tripanossoma em amostras humanas de:
(Uerj 2001) Dalton, em 1803, considerava o peso atômico como o peso de um átomo em relação ao peso do hidrogênio. Muitos valores por ele encontrados estavam errados, pela utilização de proporções erradas dos átomos nas moléculas. Dalton considerava que a fórmula da água seria HO e não H2O e que seriam necessários 5,5 gramas de oxigênio para cada grama de hidrogênio em sua formação. A tabela a seguir mostra, em A, os valores que ele encontrou; em B estão indicados os valores que encontraria se utilizasse as proporções corretas. De acordo com a tabela, pode-se concluir que, para Dalton, as fórmulas do anidrido carbônico e da amônia seriam, respectivamente: