(Ufg 2013) Leia o texto a seguir.
Para dar-lhes uma ideia das dimensões da Terra, eu lhes direi que, antes da invenção da eletricidade, era necessário manter, para o conjunto dos seis continentes, um verdadeiro exército de quatrocentos e sessenta e dois mil quinhentos e onze acendedores de lampiões. Isto fazia, visto um pouco de longe, um magnífico efeito. Os movimentos desse exército eram ritmados como os de um balé de ópera. Primeiro vinha a vez dos acendedores de lampiões da Nova Zelândia e da Austrália. Esses, em seguida, acesos os lampiões, iam dormir. Entrava por sua vez a dança dos acendedores de lampiões da China e da Sibéria. E também desapareciam nos bastidores. Vinha a vez dos acendedores de lampiões da Rússia e das índias. Depois os da África e da Europa. Depois os da América do Sul. Os da América do Norte. E jamais se enganavam na ordem de entrada, quando apareciam em cena. Era um espetáculo grandioso.
SAINT-EXUPÉRY, A. O pequeno príncipe. Tradução de Dom Marcos Barbosa. Rio de Janeiro: Agir, 2006. p. 30. (Adaptado).
O “balé dos acendedores de lampiões”, referido no texto, é uma construção metafórica que faz uma
menção ao atraso econômico das regiões do planeta.
crítica à diversidade dos habitantes da Terra.
alusão à variação climática na superfície do planeta.
referência aos diversos fusos horários da Terra.
sátira ao movimento de translação do planeta.