(UFPB - 2006) O Império Bizantino dominou vastas regiões de diferentes etnias, em três continentes (Europa, Ásia e África), sob a égide de um modelo teocrático centralizado, conhecido como cesaropapismo, no qual o Basileus concentrava, em suas mãos, a chefia suprema do exército, da administração do Estado (Poder de César) e da religião cristã (Poder de Papa). Por conseguinte, os conflitos de natureza política, econômica, social e cuIturaI se manifestavam como questões de religião: as famosas "querelas religiosas" bizantinas.
Sobre essas querelas, é correto afirmar
O Monofisismo, uma corrente religiosa europeia, concebia o caráter unicamente humano de Cristo, contrapondo-se ao poder central e à influência das províncias asiáticas, que defendiam a dupla natureza de Cristo (divina e humana).
A Questão IconocIasta expressou as divergências entre os sacerdotes orientais (egípcios e maronitas) - defensores do culto das imagens - e os sacerdotes ocidentais (gregos e latinos) - contrários ao culto das imagens.
O Cisma do Oriente (1054) dividiu o Cristianismo em duas Igrejas, a Católica Romana e a Cristã Ortodoxa, significando um dos passos decisivos para a afirmação do poder papal na Europa Ocidental e da influência bizantina no leste europeu.
O Tribunal do Santo Ofício (a Inquisição) servia para garantir a ortodoxia da Igreja e foi criado pelo Basileus como instrumento de controle do poder central sobre as heresias, que eprodiram primeiramente no Império Bizantino.
O Arianismo, uma heresia religiosa, foi responsável pela conversão dos povos germânicos (os "Bárbaros") ao cristianismo, defendendo a superioridade dos povos arianos sobre asiáticos e semitas.