(UFPR - 2007) "Moradores dos 'sertões', instalados além das cidades coloniais, transformaram tais espaços físicos em espaços humanos. (...) A presença desses nossos antepassados é de fundamental importância para entendermos por que, no Brasil Colônia, houve mais do que a pura e simples plantation de cana. A 'visão plantacionista', que considera todas as atividades não voltadas para a exportação como irrelevantes, embaçou durante muito tempo a contribuição que milhares de agricultores - responsáveis pela agricultura de subsistência ou pelo abastecimento do mercado interno - deram à história de nosso mundo rural."
(DEL PRIORE, Mary e VENÂNCIO, Renato. "Uma história da vida rural no Brasil". Rio de Janeiro: Ediouro, 2006, p. 47-48.)
Com base no texto e nos conhecimentos sobre a organização social do Brasil no período colonial, é correto afirmar:
Os autores do texto destacam um elemento característico da vida social durante a Colônia: a inexistência de núcleos econômicos situados além das cidades coloniais.
Confirma-se no texto a exclusividade da lavoura exportadora como atividade responsável pela ocupação dos espaços agrícolas nacionais.
No Brasil Colônia, uma característica fundamental da agricultura de alimentos foi a variedade de técnicas e de ferramentas utilizadas para o manejo das terras.
A atividade agrícola dos moradores dos 'sertões' era essencial para a produção e o mercado colonial de gêneros alimentícios.
A imensa disponibilidade de terras não cultivadas contribuiu para uma ocupação intensiva do solo, o que evitou a dispersão demográfica pelo território nacional.