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Questões de Sociologia - UFPR 2019 | Gabarito e resoluções

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Questão 1
2019Sociologia

(UFPR - 2019 - 2 FASE) Ao analisar a relao entre fora e poder em Maquiavel, Maria Tereza Sadek argumenta que um governante virtuoso procurar criar instituies que facilitem o domnio. Consequentemente, sem virt, sem boas leis, geradoras de boas instituies, e sem boas armas, um poder rival poder impor-se. [...] A fora explica o fundamento do poder, porm a posse de virt a chave por excelncia do sucesso do prncipe. (SADEK, Maria Tereza. Nicolau Maquiavel: o cidado sem fortuna, o intelectual de virt. In: WEFFORT, Francisco (org). Os clssicos da poltica. Vol. 01. So Paulo: tica, p. 23. 12. ed.) Para a autora, em que consiste a virt, necessria ao exerccio do poder pelo prncipe?

Questão 2
2019Sociologia

(UFPR - 2019 - 2 FASE)Referindo-se a Alexis de Tocqueville (1805-1859), o filsofo Grard Lebrun afirma que a expresso mundo livre sem dvida tem um sentido quando a opomos a mundo totalitrio. Mas no nos enganemos: at mesmo nos pases ditos livres, do Ocidente capitalista, a liberdade declina tanto como realidade jurdica quanto como ideal poltico. E a viso premonitria de Tocqueville em 1840 est a caminho de realizar-se lentamente. Assistimos ao advento de um novo despotismo, menos tirnico que administrativo. (LEBRUN, Gerard. O que poder. So Paulo: Brasiliense, 2004, p. 36). Seguindo a linha de argumentao de Lebrun, como podemos relacionar o declnio da liberdade no Ocidente capitalista com o surgimento de um novo despotismo?

Questão 3
2019Sociologia

(UFPR - 2019 - 2 FASE)Ao comparar a educao samoana com a norte-americana, Margaret Mead demonstra que as crianas americanas passam horas em escolas aprendendo tarefas cuja relao visvel com as atividades de suas mes e seus pais muitas vezes impossvel de reconhecer. Sua participao nas atividades dos adultos d-se em termos de brinquedos, aparelhos de ch, bonecas e carrinhos. [...] Assim, nossas crianas constroem um falso conjunto de categorias, trabalho, brincadeira e escola. [...] Essas falsas distines tendem a produzir toda espcie de atitudes estranhas: o tratamento aptico de uma escola que no tem nenhuma relao conhecida com a vida; a falsa dicotomia entre trabalho e diverso, que pode resultar em pavor do trabalho [...] ou desprezo posterior da brincadeira, qualificada como infantil. (MEAD, Margaret. A adolescncia em Samoa. In: CASTRO, Celso (org.). Cultura e personalidade: Ruth Benedict, Margaret Mead, Edward Sapir. Rio de Janeiro: Zahar, 2015, p. 58-60.) Como a anlise comparada entre duas culturas distintas e seus processos educacionais pode auxiliar na compreenso das falsas distines apontadas pela autora?

Questão 4
2019Sociologia

(UFPR - 2019 - 2 FASE)Anthony Giddens afirma que o conceito de raa fundamental para a existncia do racismo o preconceito baseado em distines fsicas socialmente significativas. [...] Um indivduo pode professar suas convices racistas ou pode participar de um grupo, como uma organizao de supremacia branca, que promove uma agenda racista. Todavia, muitos defendem a noo de que o racismo mais que simplesmente um conjunto de ideias nas quais um pequeno nmero de indivduos extremistas acreditam, mas antes encontra-se incorporado na prpria estrutura e no funcionamento da sociedade. A ideia de racismo institucional sugere que o racismo permeia todas as estruturas da sociedade de um modo sistemtico. De acordo com essa viso, instituies como a polcia, o servio de sade e o sistema educacional, todas elas promovem polticas que favorecem certos grupos enquanto discriminam outros. (GIDDENS, Anthony. Sociologia. Porto Alegre: Artmed, 2005, p. 209.) Como podemos relacionar o racismo institucional com o novo racismo, ou racismo cultural, a que se refere o autor?

Questão 5
2019Sociologia

(UFPR - 2019 - 2 FASE)Considere a passagem a seguir: O processo de formao do povo brasileiro, que se fez pelo entrechoque de seus contingentes ndios, negros e brancos, foi, por conseguinte, altamente conflitivo. Pode-se afirmar, mesmo, que vivemos praticamente em estado de guerra latente, que, por vezes, e com frequncia, se torna cruento, sangrento. Conflitos intertnicos existiram desde sempre, opondo tribos indgenas umas s outras. Mas isso se dava sem maiores consequncias, porque nenhuma delas tinha possibilidade de impor sua hegemonia s demais. A situao muda completamente quando entra nesse conflito um novo tipo de contendor, de carter irreconcilivel, que o dominador europeu e os novos grupos humanos que ele vai aglutinando, avassalando e configurando como uma macroetnia expansionista. (RIBEIRO, Darcy. O povo brasileiro: a formao e o sentido do Brasil. So Paulo: Cia da Letras, 1995, p.168.) Por que, segundo Darcy Ribeiro, a violncia foi um componente essencial na formao daquilo que ele prprio denominou de empresa Brasil?

Questão 6
2019Sociologia

(UFPR - 2019 - 2 FASE)Grard Lebrun escreve que o liberal um homem de quem se deve ter pena, porque est s voltas com um problema insolvel: determinar at que ponto pode serrar o galho no qual est sentado, sem correr o risco de quebr-lo. tambm, por princpio, um cidado insatisfeito. [...] Uma posio to incmoda bem poderia decorrer de uma iluso fundamental. Esta me parece consistir num profundo desconhecimento da relao moderna entre o social e o poltico representada como um antagonismo entre os indivduos, por um lado, e o poder enquanto mando, por outro. Como uma partida que ope dois times. Se, espontaneamente, o leitor assim pensa a coisa poltica, no tenha dvidas: ele liberal, sem o saber. (LEBRUN, Gerard. O que poder. So Paulo: Brasiliense, 2004, p. 32.) Para o autor, por que o social e o poltico devem estar correlacionados nas anlises sobre o liberalismo e suas iluses de liberdade?

Questão 7
2019Sociologia

(UFPR - 2019 - 2 FASE)Considere a passagem abaixo: O ponto de vista de Marx estava fundado no que ele chamava de concepo materialista da histria. De acordo com essa concepo, no so as ideias ou os valores que os seres humanos guardam as principais fontes da mudana social. Em vez disso, a mudana social estimulada primeiramente por influncias econmicas. Os conflitos de classe proporcionam a motivao para o desenvolvimento histrico [...]. Nas palavras de Marx: toda a histria humana at aqui a histria da luta de classes. (GIDDENS, Anthony. Sociologia. Porto Alegre: Artmed, 2005, p. 32.) Por que, para Marx, a luta de classe a expresso concreta da concepo materialista da histria?

Questão 68
2019FilosofiaSociologia

(UFPR - 2019- 1 FASE) Eis como ainda no incio do sculo XVII se descrevia a figura ideal do soldado. O soldado antes de tudo algum que se reconhece de longe; que leva os sinais naturais de seu vigor e coragem, as marcas tambm de seu orgulho: seu corpo o braso de sua fora e de sua valentia. [...] Na segunda metade do sculo XVIII, o soldado tornou-se algo que se fabrica; de uma massa informe, de um corpo inapto, fez-se a mquina de que se precisa; corrigiram-se aos poucos as posturas; lentamente uma coao calculada percorre cada parte do corpo, se assenhoreia dele, dobra o conjunto, torna-o perpetuamente disponvel e se prolonga, em silncio, no automatismo dos hbitos. (FOUCAULT, Michel. Os corpos dceis. In: FOUCAULT, Michel. Vigiar e Punir. Petrpolis: Vozes, 1999, p. 162.) Levando em conta essa passagem e a obra em que est inserida, correto afirmar que, para Michel Foucault, instituies como escolas, quartis, hospitais e prises so exemplos de espaos em que, a partir do sculo XVIII, os indivduos:

Questão 78
2019Sociologia

(UFPR - 2019- 1 FASE) Considere o seguinte excerto do texto intitulado Adolescncia em Samoa, da antroploga Margaret Mead: Nas partes mais remotas do mundo, sob condies histricas muito diferentes daquelas que fizeram Grcia e Roma florescer e declinar, grupos de seres humanos desenvolveram padres de vida to diferentes dos nossos que no podemos arriscar a conjectura de que iriam chegar algum dia s nossas prprias solues. Cada povo primitivo escolheu um conjunto de valores humanos e moldou para si mesmo uma arte, uma organizao social, uma religio, que so sua contribuio singular para a histria do esprito humano. Samoa apenas um desses padres diversos e graciosos, mas, assim como viajante que um dia se afastou de casa mais sbio que o homem que nunca foi alm da soleira da prpria porta, o conhecimento de outra cultura deveria aguar nossa capacidade de esquadrinhar com mais sobriedade, de apreciar mais amorosamente, a nossa prpria cultura. (MEAD, Margaret. Adolescncia em Samoa. In: CASTRO, Celso (org.). Cultura e personalidade: Ruth Benedict, Margaret Mead e Edward Sapir. Rio de Janeiro: Zahar, 2015, p. 28.) A partir dessa considerao feita pela autora, correto afirmar:

Questão 79
2019Sociologia

(UFPR - 2019- 1 FASE) O filsofo Grard Lebrun, em seu livro intitulado O que o poder, discorre sobre diferentes abordagens do conceito de poder. Na apresentao da obra, tece consideraes sobre o binmio poder/dominao, tendo como referncia a obra de Michel Foucault. Escreve Lebrun Quando a questo compreender como foi e continua sendo possvel a resignao, quase ilimitada, dos homens perante os excessos do poder, no basta invocar as disciplinas e as mil frmulas de adestramento que, como mostra Foucault, so achados relativamente recentes da modernidade. Sua origem e seu sucesso talvez se devam a um sentimento atvico dos deserdados, de serem por natureza excludos do poder, estranhos a este talvez derivem da convico de que opor-se a ele seria loucura comparvel a opor-se aos fenmenos atmosfricos. Ainda que o poder no seja uma coisa, ele se torna uma, pois assim que a maioria dos homens o representa. preciso situar a tese de Foucault dentro de seus devidos limites: o homem condicionado, adestrado pelos poderes, o privilegiado, o europeu. No o colonizado, no o proletrio do Terceiro Mundo (assim como no era o proletrio europeu do sculo XIX). Estes, o poder no pensa sequer em domesticar: domina-os e muito de cima. (LEBRUN, Grard. O que poder. So Paulo: Brasiliense, 2004, p. 08.) Com base na reflexo desenvolvida por Lebrun, correto afirmar que:

Questão 80
2019Sociologia

(UFPR - 2019- 1 FASE) Considere o seguinte excerto da obra O povo brasileiro, do antroplogo Darcy Ribeiro: A classe dominante empresarial-burocrtico-eclesistica, embora exercendo-se como agente de sua prpria prosperidade, atuou tambm, subsidiariamente, como reitora do processo de formao do povo brasileiro. Somos, tal qual somos, pela forma que ela imprimiu em ns, ao nos configurar, segundo correspondia a sua cultura e a seus interesses. Inclusive, reduzindo o que seria o povo brasileiro, como entidade cvica e poltica, a uma oferta de mo-de-obra servil. Foi sempre nada menos que prodigiosa a capacidade dessa classe dominante para recrutar, desfazer e reformar gentes aos milhes. Isso foi feito no curso de um empreendimento econmico secular, o mais prspero de seu tempo, em que o objetivo jamais foi criar um povo autnomo, mas cujo resultado principal foi fazer surgir como entidade tnica e configurao cultural um povo novo, destribalizando ndios, desafricanizando negros e deseuropeizando brancos. Ao desgarr-los de suas matrizes, para cruz-los racialmente e transfigur-los culturalmente, o que se estava fazendo era gestar a ns brasileiros tal qual fomos e somos em essncia. Uma classe dominante de carter consular-gerencial, socialmente irresponsvel, frente a um povo-massa tratado como escravaria, que produz o que no consome e s se exerce culturalmente como uma marginlia, fora da civilizao letrada em que est imerso. (RIBEIRO, Darcy. O povo brasileiro: a formao e o sentido do Brasil. So Paulo: Cia das Letras, 1995. p.178-179.) Levando em considerao a hiptese do autor, em relao formao da sociedade brasileira, s dinmicas sociais e s formas de dominao, correto afirmar:

Questão 81
2019FilosofiaSociologia

(UFPR - 2019- 1 FASE) Considere a passagem abaixo: A substituio do reino do dever ser, que marca a filosofia anterior, pelo reino do ser, da realidade, leva Maquiavel a se perguntar: como fazer reinar a ordem, como instaurar um Estado estvel? O problema central de sua anlise poltica descobrir como pode ser resolvido o inevitvel ciclo de estabilidade e caos. Ao formular e buscar resolver esta questo, Maquiavel provoca uma ruptura com o saber repetido pelos sculos. Trata-se de uma indagao radical e de uma nova articulao sobre o pensar e fazer poltica, que pe fim ideia de uma ordem natural eterna. A ordem, produto necessrio da poltica, no natural, nem a materializao de uma vontade extraterrena, e tampouco resulta do jogo de dados do acaso. Ao contrrio, a ordem tem um imperativo: deve ser construda pelos homens para se evitar o caos e a barbrie, e, uma vez alcanada, ela no ser definitiva, pois h sempre, em germe, o seu trabalho em negativo, isto , a ameaa de que seja desfeita. (SADEK, Maria Tereza. Nicolau Maquiavel: o cidado sem fortuna, o intelectual de virt. In: WEFFORT, Francisco (org.). Clssicos da poltica, vol. 01. So Paulo: tica, 2001. p. 17-18.) Considerando o argumento de Maria Tereza Sadek, em seu texto intitulado Nicolau Maquiavel: o cidado sem fortuna, o intelectual de virt, correto afirmar:

Questão 82
2019Sociologia

(UFPR - 2019- 1 FASE) O estudo objetivo e sistemtico da sociedade e dos comportamentos humanos um desenvolvimento relativamente recente, cujos primrdios datam de fins do sculo XVIII. Um desenvolvimento-chave foi o uso da cincia para compreender o mundo a ascenso de uma abordagem cientfica ocasionou uma mudana radical na perspectiva e na sua compreenso. Uma aps a outra, as explicaes tradicionais e baseadas na religio foram suplantadas por tentativas de conhecimento racionais e crticas. [...] O cenrio que d origem sociologia foi a srie de mudanas radicais introduzidas pelas duas grandes revolues da Europa dos sculos XVIII e XIX. [...] A ruptura com os modos de vida tradicionais desafiou os pensadores a desenvolverem uma compreenso tanto do mundo social como do natural. Os pioneiros da sociologia foram apanhados pelos acontecimentos que cercaram essas revolues e tentaram compreender sua emergncia e consequncias potenciais. (GIDDENS, Anthony. Sociologia. Porto Alegre: Artmed, 2005. p. 27-28.)

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