(UFPR - 2021 - 1ª FASE) Leia os textos a seguir.
Texto 1 Ponto de vista
Compositores: Eduardo Lyra Krieger / Joao Cavalcanti
Do ponto de vista da terra quem gira é o sol
Do ponto de vista da mãe todo filho é bonito
Do ponto de vista do ponto o círculo é infinito
Do ponto de vista do cego sirene é farol
Do ponto de vista do mar quem balança é a praia
Do ponto de vista da vida um dia é pouco
Guardado no bolso do louco
Há sempre um pedaço de deus
Respeite meus pontos de vista
Que eu respeito os teus
Às vezes o ponto de vista tem certa miopia
Pois enxerga diferente do que a gente gostaria
Não é preciso por lente nem óculos de grau
Tampouco que exista somente
Um ponto de vista igual
O jeito é manter o respeito e ponto final
O jeito é manter o respeito e ponto final
Texto 2
Imunização não protege apenas quem recebe a injeção, mas também as pessoas que não podem, por motivo de saúde, tomar o medicamento
Juliana Contaifer A notícia mais aguardada pela maioria da população é o dia em que a vacina contra a Covid-19 será considerada segura e eficaz o suficiente para imunizar a população e a vida voltar ao normal. Porém, para o vírus ser completamente controlado, não basta apenas ir ao posto de saúde tomar a injeção – a vacina é um compromisso coletivo, não só pessoal – e a maioria da população precisa estar imunizada para o coronavírus parar de circular. Mônica Levi, diretora da Sociedade Brasileira de Imunologia (SBIm), conta que, na história da humanidade, apenas a varíola foi completamente erradicada. A poliomielite está quase lá: a Organização Mundial de Saúde (OMS) confirmou, no último mês, que não há mais vírus circulando na África e, no momento, apenas dois países têm casos da doença. No Brasil, tétano neonatal, rubéola e síndrome congênita da rubéola, febre amarela, difteria, meningite e sarampo são alguns exemplos de enfermidades controladas pelas vacinas. Nos últimos anos, a cobertura vacinal caiu muito (pela escassez de medicamento e pela confiança na não incidência de doenças que aterrorizavam o mundo, mas quase não existem mais). Por isso, o Brasil perdeu o selo de controle do sarampo e viu vários casos pipocarem no último ano. O movimento antivacina não é forte e organizado no Brasil, segundo Mônica, mas a disseminação de medo pelas redes sociais pode causar problemas. “Não ajuda em nada a nossa cobertura vacinal. As pessoas ficam confusas, paralisadas. Chamamos de hesitantes. Não são antivacinistas, só pessoas com medo”, explica. Para a professora Anamélia Lorenzetti Bocca, coordenadora do laboratório de Imunologia Celular no Instituto de Biologia da Universidade de Brasília (UnB), a educação é o caminho para a adesão. “A maioria das pessoas quer a vacina e está disposta a tomar. Se fizermos uma campanha explicando como foi desenvolvida, esclarecendo os mínimos efeitos colaterais, agregaremos mais pessoas”, afirma.
O ideal é que todas as pessoas passíveis de contágio sejam imunizadas, mas algumas não podem ser vacinadas. É o caso de pessoas imunossuprimidas ou com algum problema de saúde que inviabilize o uso de vacinas. Se a porcentagem for atingida, o vírus para de circular e essas pessoas também ficam protegidas.
“A vacina dá recursos para o organismo combater eficientemente o vírus quando o paciente entrar em contato com ele. Com a imunidade coletiva, evitamos que o vírus infecte outras pessoas e morra no hospedeiro. Quem toma a vacina não está só se protegendo, como também as pessoas que não podem tomar a imunização”, explica Anamélia.
(Disponível em: https://www.metropoles.com/saude/entenda-por-que-tomar-vacina-nao-e-uma-decisao-pessoal-mas-coletiva. Texto adaptado. Publicado em 12/09/2020 18:06. Atualizado em 12/09/2020 19:58. Acesso em: 09/01/2021.)
Elabore um texto dissertativo-argumentativo, a partir dos textos-fonte, que deverá:
- identificar a tese principal e eventuais teses secundárias de cada texto;
- manifestar e defender, fundamentada em argumentos, sua opinião a respeito;
- respeitar as características discursivo-formais do gênero solicitado; e
- ter no mínimo 12 e no máximo 15 linhas.